Aviso: classificação +16
Essa obra contém cenas se sexo, assédio, violência contra a mulher, tentativa de feminicidio e depressão. Recomendo cautela ao ler.
Alice, uma mulher de 35 anos, trabalha há quatro anos em uma cafeteira em Seul, porém semp...
Todos neste espaço estão prestando atenção em nós dois. Acalma o coração, Alice. Hoje não é o melhor dia para deixar sua ansiedade atrapalhar tudo. Tento me afastar um pouco de Jimin e o moreno me encara como se desejasse me devorar.
— Está se afastando por que? - Questiona enquanto nos aproximamos do grupo que veio com ele.
— Você prometeu... Estão todos nos olhando.
— Acho que a maioria está com uma pontada de inveja. - Responde baixinho. — Deixe que fiquem, sou eu que vou estar entre suas pernas depois.
— Meu Deus, garoto. - Eu definitivamente estou corada. Sinto o calor em minhas bochechas.
Como consegue ser tão descarado assim e passar essa vibe tranquila para todos? Minha nossa. Não é hora de ficar excitada.
Não tenho para onde correr. Sinto um formigamento bem característico entre minhas pernas e tento me controlar. Sem chamar atenção. Não, agora não, Alice. Jimin percebeu, tenho certeza. Aquele sorrido de satisfação surge e eu o conheço o suficiente para saber que está amando minha atual situação.
— Pessoal, esta é Alice. Querida, estes são alguns colegas de trabalho. Os meninos prometeram que virão outro dia.
— Oi, unnie*! Estou tão feliz. Eu sou a...
— Dahee, certo? Você está tão corada e saudável. Fico muito feliz em te ver assim. Quero vê-la debutar logo. - Digo lhe oferecendo a mão, porém, a jovem me surpreende ao me abraçar. Tão fofa quanto o primo. O que será que essa família come para ser assim? Retribuo o gesto com carinho. A tarde está sendo agradável. A presença de Jimin causa um grande impacto. Não importa se o cliente é jovem ou não, todos sorriem para ele.
— Misericórdia! - Exclamo, surpresa olhando para a entrada.
— Estava demorando. - Ele reclama discretamente se afastando um pouco.
— Quem foi que chamou a imprensa? - Escuto senhor Park indagar ao nosso lado.
— Pode ter sido qualquer um. - Dahee responde.
E agora? Isso pode ser muito, muito ruim. Espero que não tenham visto ele me abraçar.
— Jimin-sshi*! Alguma declaração? Bom, pergunto porque, não tinha nada oficial marcado para hoje em sua agenda então...
— Exatamente. Este é um compromisso particular. - Responde ele visivelmente irritado. Seja menos hostil por favor. Não quero te ver mal. — Estou aqui para prestigiar uma amiga. - Ouço vários "ós" reverberar em pelo café.
Meu rosto deve estar muito vermelho. Todo mundo olhando para nós. Aí céus! Sem ataques agora, Alice. Se controla, mulher. Consigo sentir todos os olhares queimando minha pele. Minhas pernas ficam bambas.
— E vocês se conhecem a muito tempo?
— Alice é uma grande amiga minha. Dona de um talento ímpar para confeitaria. - Senhor Park responde antes que Jimin fale qualquer coisa.
— Que tal uma entrevista oficial?
— Estamos aqui em caráter pessoal. Se quiserem uma entrevista, falem com a empresa. - Jimin responde.
— Senhores, peço que respeitem nossa privacidade. Podem voltar outra hora. Tenho certeza que a senhorita Alice ficará feliz em dar uma entrevista, mas, por hora, seria melhor que se retirassem. - Senhor Park pede gentilmente e como mágica, eles acatam.
Jesus! Preciso de alguns minutos. Antes de saírem, fico quase cega com tantos flashs. Fotos e mais fotos são tiradas. Me sinto sufocada.
— Lee! Min Nam! Cuidem de tudo. Eu já volto. Preciso de uns minutos.
— Quer que eu te acompanhe chefinha? - Hyo Jin questiona.
— Não precisa. Ajude o chefe Kim e os demais. Juro! Estou bem.
Pego o urso que Mino me deu e caminho em direção aos fundos da loja. O deixo em um dos balcões e entro em uma pequena dispensa que mantemos ali, só com as coisas que mais usamos. Amparo-me em uma das prateleiras, já imaginando um monte de army me caçando.
Sinto o cheiro dele me dominar, ouço a porta a abrir e fechar. Suas mãos tomam meu corpo para si e seus lábios acariciam a pele de meu pescoço. Jimin sabe exatamente como me dominar.
— Está muito tensa. Tem medo de que? - Questiona entre beijos.
— Do que você acha? Quero manter todos os dedos intactos.
— As demais não são tão ruins assim. Você é army também. Na verdade, acho que menos de 1% delas é tóxica. - Agora sua destra agarra um de meu seio e seu polegar massageia o bico, me fazendo arfar.
— E para o meu... Hhmm... Azar, a maior parte desse 1% está aqui, lembra?
— Não vai acontecer nada. Eu não vou deixar. Quer que eu te faça relaxar?
— Preciso. - Sussurro em resposta.
Sua mão livre desliza até a barra de meu vestido e em seguida, adentra a minha calcinha. Ali, ele pressiona meu clitóris inchado. Tento controlar o que sai de minha boca. Céus! Estamos com café lotado. Não posso simplesmente...
— Se gemer alto, vão nos descobrir. - Diz com a boca colada em meu ouvido.
Jimin começa movimentos circulares suaves. Estou tão perto. Seus dedos agora trabalham para me dar prazer. Me amparo nele. Minhas costas grudada em seu peito. Seus lábios engolindo meus gemidos e devorando minha boca. Ele me invade. Dois dedos, entrando e saindo. Pinçando no lugar exato. Me desmancho só para ele.
Eu quero fazer isso sempre. Todos os dias, o tempo todo... com ele... só com ele.
《《》》♡《《》》♡《《》》
O café já está funcionando há dois meses. Tenho visto pouco Jimin. Eu entendo, ele está sempre com a agenda cheia. Minha equipe é maravilhosa. Acabamos formando uma família. Hyo Jin se tornou uma confidente, praticamente irmã. Desconfio que ela tenha uma queda pelo JaeHyuk, mas, se perguntar a ela, dirá que nem em um milhão de anos.
— Um pão de queijo e um army-shake de morango, por favor. - Pede a cliente.
— Por favor, sente-se confortavelmente. Já levo seu pedido. - Mina diz sorrindo. Lee se aproxima de mim e começa a organizar tudo para a cliente. — Incrível como viramos um ponto de encontro dos armys. Esse lance do shake foi genial.
— Ideia do Ji. - Respondo feliz.
— Hhmm! Como estamos íntimos... Ji. - Lee brinca e apenas lhe dou um sorriso e continuo meu trabalho.
Realmente viramos um refúgio para vários tipos de clientes. Temos os que vêm ler, os amigos de escola, os da faculdade, os professores, os casais apaixonados, os armys, enfim, muitos.
Semana passada Namjoon passou uma tarde inteira sentado na mesa ao lado das estantes de livros. O menino literalmente, devorou um livro de mais de 500 páginas e no final deixou um autógrafo, que claro, virou atração. O Hobi é outro que vive aqui. Sempre que a agenda permite, o homem está aqui comendo mouse de maracujá.
Meu celular vibra e me apresso em ver de quem se trata. Essa é semana de reposição então temos a contagem de estoque e as compras com fornecedores.
"Gatinha, que tal um bom vinho e uma pizza? Finalmente tenho a noite livre." Abro um grande sorriso.
— Olha só a cara da nossa chefinha! Alguém vai se dar bem hoje. - Lee comenta rindo.
— Deixa de ser bobo.
"Não sei se posso. Muito trabalho." De repente, sinto o aparelho ser retirado de minhas mãos.
— Hyo Jin!
"Ela aceita! Vamos tomar conta de tudo aqui. Tome cuidado para não ser reconhecido."
— Não acredito que fez isso. - Fico de boca aberta.
— Me agradeça depois. Agora vai se arrumar. Cuidamos de tudo aqui.
Lhe dou um abraço e subo as escadas correndo. Acabo tropeçando e caindo em um dos degraus, já no primeiro andar. Que lindo, Alice. De nariz quebrado vai ser uma maravilha. Me levanto e verifico se estou inteira. Tudo certo. Nem ligo muito para a dor em meu joelho. Talvez fique roxo. Quebrado não está.
Assim que entro em casa, largo meu celular em cima da mesinha e ajeito Joel. Esse é o nome do urso que Mino me deu. Trato logo de ir me banhar, visto apenas uma lingerie vermelha e meu roupão. Estou terminando de ajeitar os cabelos quando ouço a porta abrir.
— Amor?! - Melodia para meus ouvidos.
— No quarto Ji! Já vou.
— Vou pegar o abridor e... Uau! - A cara que ele faz ao me ver praticamente nua, já que as peças que escolhi são transparentes, é impagável.
— Gostou?
— Tanto que até esqueci que estava com fome... De comida. - Sorri. — Só estou com um pouco de pena. Você vai ter que arrumar outra dessas. Não estou pensando em ser delicado.
— Tudo ao seu tempo. Não me importo se vai destruí-la. - Pego as taças e caminho até o sofá. - Traga o abridor.
Jimin senta-se ao meu lado com cuidado abre a garrafa de vinho, nos servindo na sequência. Brindamos a nós. Ele afasta meus cabelos e explora meu pescoço.
— Está ansioso hoje.
— Estou sempre, quando o assunto é você. - Eu também, Jimin! Eu também. Os beijos que trocamos vão se misturando com a bebida e o calor vai aumentando.
— Vamos para o quarto. - Pede sem tirar as mãos de mim.
— Desde quando é tão puritano assim? Pensei que pudéssemos ficar por aqui mesmo. Muitos lugares para se apoiar. Muitas posições a nossa disposição. - Digo me ajoelhando entre suas pernas. Só quero cair de boca.
— Tudo bem, mas antes... - Jimin levanta-se, agarra Joel e o atira longe. — Detesto essa coisa.
— Coitado. - Protesto.
— Coitado de mim. Jogue logo isso fora. - Diz autoritário.
— Sente tanto ciúmes assim? É só um urso. - Provoco, enquanto ele puxa um de meus seios para fora e o abocanha.
— Sim. Sinto ciúmes. Você está comigo e sabe que não confio nele. Essa coisa dele aparecer do nada me irrita. - Diz entre os carinhos. — Em quase todas as vezes que marcamos de nos encontrar, o cara aparecia no lugar. Da última, me controlei muito para não voar nele. Vou ter que escrever na sua testa que é minha namorada? - Na.mo.ra.da... Ele nunca me pediu em... Espera! Respira. - Achei que já tinha deixado isso bem explícito.
Jimin para de falar ao perceber que estou atônita. Tem tantas coisas se passando aqui dentro da minha cabeça, acho que ele não faz ideia da marca que acabou de deixar em mim. Ele ergue o olha para me encarar e sorri. Larga meu seio e trilha um caminho quente de beijos até minha boca, ali ele explora cada pedacinho que encontra, até me deixar sem ar.
— Eu te amo. -Diz.
Meu coração dispara como nunca. Fico paralisada por alguns segundos.
— Eu também te amo, Ji.
— Eu sei. - Convencido. Meu Convencido.
《《》》♡《《》》♡《《》》
Nossa noite foi maravilhosa. Infelizmente Jimin teve que sair cedo. Mas, já estou me acostumando com isso. Tomo um banho, visto meu uniforme e hoje opto pela calça, meu joelho realmente ficou roxo. Desço as escadas e esbarro em Hyo Jin.
— Oi, chefinha!
— Bom dia! Chegou cedo, menina.
— Preciso conferir o estoque hoje, lembra?
— Verdade. Se nós nos ajudarmos, terminamos antes de abrir. Você começa pela dispensa e eu lá em cima.
— O que for melhor.
Está realmente cedo, ainda nem amanheceu. Começo a contar os sacos de farinha e açúcar. Tem pelo menos uma caixa de cada lacrada ainda. Não é o suficiente para o resto do mês. Retiro tudo e desço com as caixas vazias. Hoje é dia de reciclado. Abro a porta com cuidado e sinto meu corpo ser empurrado na direção oposta. O impacto com o chão é forte o suficiente para me fazer gemer de dor. Com dificuldade, abro os olhos.
— Mino? - Questiono. Sinto sua mão agarrar meus cabelos e puxar minha cabeça para trás. Ele encosta a língua em meu pescoço e o lambe até próximo ao meu ouvido, me causando um desespero sem fim.
— Vamos conversar do jeito que eu sempre quis.
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Unnie: significa irmã mais velha e é usada por garotas para se referirem a outras garotas mais velhas.
Sshi: no final de um nome significa senhor. É como a nossa abreviação Sr.
Espero que tenham gostado. E agora? Só ladeira abaixo, já havido. Deixa uma estrilha e um comentário para que eu possa saber a opinião de vocês e fazer um bom trabalho.
Beijinho.
