PERIGO IMINENTE

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A escuridão era muito intensa. Bento logo teve de acender uma tocha, utilizando pedras para provocar faíscas, e um pedaço de pano embebido em gordura de porco selvagem.

As únicas coisas que podiam distinguir eram aquelas que as chamas lambiam, alaranjadas e cambaleantes. Zayan sentia os pés úmidos à medida que penetravam cada vez mais fundo. Havia lodo nas paredes calcadas pelas formações rochosas, e um cheiro de mofo enchia suas narinas.

— Aqui está bom — disse Bento, após a luz da entrada ter desaparecido por completo. — Vamos sentar e esperar que eles nos deem por perdidos, e voltem para suas vilas imundas.

Zayan concordou, e sentaram-se de cócoras no solo úmido. Logo, alguma coisa se mexeu, acordada pelos ruídos provocados pelos dois invasores. Grandes dentes e uma língua bifurcada mostravam-se nos interiores dos muitos túneis. Eles haviam despertado a fera.

ZAYAN DO ESPAÇOWhere stories live. Discover now