dois: bomba!

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FRANÇA – PARIS
PONTO DE VISTA DE NEYMAR

— Seu celular tá tocando, de novo. — Jota veio na minha direção, estendendo o meu celular para mim.

Pego o aparelho da mão dele, observando o número desconhecido, que eu já havia decorado de tantas vezes que a pessoa havia ligado para mim —, estampado na tela.

Reviro os olhos e ignoro a ligação mais uma vez, deixando meu celular em cima do braço do sofá.

— Quem é? Já é a sexta vez que teu celular toca só hoje e você não atende. — Rafaella se aproximou, me olhando com curiosidade.

— Advinha? — Olhei com tédio para ela, que cruzou os braços e estreitou os olhos, fingindo estar pensando.

— Alguma das suas peguetes querendo saber se pode vir para cá pra ficar com você? — Debochou, me fazendo revirar os olhos.

— Leo Dias. — Respondo vendo ela abrir a boca, surpresa.

— O Leo Dias? O fofoqueiro? — Assenti. — E o que ele quer com você?

— Não sei e nem quero saber.

— Tá bom. — Deu de ombros. — Vamos falar de coisa boa. Vai ter um desfile da Dior na próxima semana aqui. A gente vai ficar aqui até o dia do desfile?

— Não sei. Eu quero resolver as últimas coisas que tenho para resolver aqui em Paris, com o clube, e quero voltar logo para a Arábia. — Respondo, checando as horas no relógio em meu pulso.

Rafaella assentiu e eu levantei, indo para o meu quarto. Quando eu me deitei para descansar da viagem, meu celular voltou a tocar. Dessa vez era o meu pai, me avisando que teríamos uma reunião com o presidente do PSG pela tarde.

Revirei os olhos entediado e coloquei meu celular no silencioso, voltando a fechar os olhos.

(...)

Abri os olhos ao escutar batidas incessantes na porta do meu quarto. Bufo irritado e levanto da cama contra à minha própria vontade.

Caminho até a porta e, assim que abro, tenho a visão da Rafaella e do Gilmar, ambos com o celular nas mãos e com umas caras de quem está prestes a dar alguma notícia ruim.

— Já tá sabendo? — Gilmar perguntou, entrando no quarto.

— De quê? — Pergunto, voltando para a cama.

— Da matéria que saiu no portal do Leo Dias. — Falou e eu revirei os olhos ao escutar o nome daquele fofoqueiro meia boca.

— Ah, pelo amor de Deus! Vocês me acordaram à essa hora pra isso? — Olhei  seriamente para eles e em seguida fechei os olhos, querendo voltar a dormir. — O que foi que ele inventou sobre mim dessa vez? — Perguntei sem dar muita importância.

De repente, um silêncio se instalou no quarto. Abri os olhos novamente, olhando para eles que me encaravam. Eles pareciam estar pensando se deveriam mesmo me contar sobre a tal matéria daquele rato.

— É tão grave assim? — Pergunto e eles balançam a cabeça afirmando. — O que foi que ele disse dessa vez? Que eu atropelei uma pessoa? — Ironizo e os dois permanecem sérios. — Caralho, falem logo!

VESTÍGIOS DO NOSSO AMOR ▪︎ BrumarWhere stories live. Discover now