dezoito: O meu problema é você

497 35 14
                                    

𝐁𝐑𝐀𝐒𝐈𝐋 - 𝐑𝐈𝐎 𝐃𝐄 𝐉𝐀𝐍𝐄𝐈𝐑𝐎

𝐏𝐎𝐍𝐓𝐎 𝐃𝐄 𝐕𝐈𝐒𝐓𝐀 𝐃𝐄 𝐁𝐑𝐔𝐍𝐀

Eu respirei fundo e me forcei a me afastar dele. Não posso ceder a esses sentimentos. De novo não. Não depois de tudo que tem acontecido nesses últimos dias.

— Olha, eu... — Começo a falar, mas logo sou interrompida por ele.

— Você sabe que ele não quer ser só seu "amigo", não sabe? Você pode até querer que seja apenas amizade, mas, acredite em mim, ele não quer ser seu amigo.

— Vamos supor que ele queira ser mais que um amigo para mim. Qual o problema disso? — Questionei, sustentando seu olhar.

Ele é o problema, Bruna. Ele só vai te usar, te iludir e depois te deixar de lado. Ele não quer um relacionamento sério, só quer diversão. E eu não quero ver você se machucar por causa disso.

Fiquei em silêncio por alguns minutos, processando suas palavras e tentando entender o motivo dele estar tão preocupado comigo.

— Ah, jura? Você vai mesmo bancar o protetor comigo agora? — Disse, sarcástica.

Ele suspirou, frustrado.

— Olha, ele é... — Ele começou a falar, mas logo parou, semicerrando os dentes e desviando o olhar do meu. — Esquece. Não vou me intrometer na sua vida amorosa. Você sabe o que faz. — Deu de ombros e se afastou. — Só não quero ele perto da Sophie e do Matteo.

Suspirei pesadamente, cansada daquela conversa.

— E enquanto a ela?

— Ela quem? — Ele franziu o cenho, confuso.

— A Laura. O que está acontecendo entre vocês?

Ele pareceu um pouco desconcertado por um momento, mas logo recuperou sua postura arrogante.

— Nada que seja da sua conta. — Ele respondeu, desviando o olhar para um canto qualquer da sala.

Eu mordi os lábios com força, tentando não retrucar.

— Posso passar aqui amanhã para ver as crianças? — Perguntei, tentando me manter firme.

Ele hesitou por um momento, antes de assentir.

— Claro. Desde que você não se meta mais na minha vida pessoal.

Eu abri a boca, incrédula com tamanho cinismo. Quer dizer que ele pode se intrometer na minha vida, mas eu não posso fazer o mesmo? Ridículo.

Respirei fundo, controlando a raiva que ameaçava transbordar.

— Tudo bem, Neymar. A única coisa que eu quero é ver os meus filhos. — Respondi, tentando me manter calma.

Me aproximei do sofá, lutando para manter a compostura. Ele me olhou confuso com a minha proximidade e, eu tentei ignorá-lo, enquanto me inclinava para pegar a minha bolsa que estava jogada ao seu lado.

— Você vai continuar se encontrando com ele? — Perguntou, em um tom de voz baixo.

— Qual é a droga do seu problema? — Olhei irritada para ele. — Você tinha dito que não iria se meter na minha vida amorosa há alguns minutos atrás e agora está....

VESTÍGIOS DO NOSSO AMOR ▪︎ BrumarWhere stories live. Discover now