treze: visita

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𝐁𝐑𝐀𝐒𝐈𝐋 – 𝐒𝐀̃𝐎 𝐏𝐀𝐔𝐋𝐎

𝐏𝐎𝐍𝐓𝐎 𝐃𝐄 𝐕𝐈𝐒𝐓𝐀 𝐃𝐄 𝐁𝐑𝐔𝐍𝐀

Cá estou eu, no meu quarto em meu apartamento aqui em São Paulo, terminando de me arrumar para ir até a casa da Nadine, ver os meus filhos,  depois de duas semanas longe deles.

Isso está me matando. Nunca fiquei tanto tempo assim longe deles antes.

Estou com tanta raiva do Neymar. Sei que ele está fazendo tudo isso movido pela raiva e pela mágoa, mas, mesmo assim, não consigo me sentir diferente.

Meu celular apitou, me tirando do meu transe. Peguei o mesmo em cima da cômoda, vendo que o meu uber já havia chegado. Peguei a minha bolsa e saí do apartamento.

Assim que entrei no carro, dei o endereço da casa da Nadine para o motorista, que logo deu partida.

Alguns minutos depois, o motorista estacionou o carro em frente à casa da Nadine e eu desci. A minha entrada no condomínio já estava liberada, então eu só entrei e segui até a casa dela.

Parei em frente à porta e toquei a campainha. Não demorou muito para a porta ser aberta pela Rafaella.

— Oi, Bru. — Ela abriu um sorriso ao me ver. — Entra. As crianças estão lá em cima no quarto, brincando.

Assenti e passei por ela, subindo as escadas e indo em direção ao quarto dos meus filhos.

Parei na porta do quarto, observando os meus filhos sentados no tapete, brincando animados. Senti um alívio e uma felicidade ao vê-los.

— Mamãe! — Sophie foi a primeira a perceber minha presença ali. Ela levantou e veio correndo na minha direção. Matteo logo veio atrás dela.

Eles pararam na minha frente, agarrando-se às minhas pernas, enchendo meu coração de amor. 

Me agachei, abraçando os dois ao mesmo tempo.

— Mamã! — Matteo começou a bater as mãozinhas, com euforia, fazendo meu coração derreter.

— A mamãe estava morrendo de saudades de vocês, meus bebês. — Sorri, depositando um beijo na testa deles.

— A gente também tava com saudades, mamãe. Muita! — Sophie falou e eu sorri ainda mais, acariciando seus cachinhos.

Meu sorriso sumiu, assim que percebi que a Laura também estava no quarto, sentada na cama, olhando para nós.

— Tem como você me deixar a sós com os meus filhos? — Perguntei, tentando não ser grossa. Não quero tratá-la mal na frente dos meus filhos. Apesar de tudo, ela sempre foi uma ótima babá para eles.

— Não.

— Como? — Franzi a sobrancelha.

— Ordens do Neymar, Bruna. Ele quer que eu esteja presente enquanto você estiver aqui, com as crianças. — Respondeu, cruzando os braços.

Isso só pode ser brincadeira.

— Eu não me sinto confortável com você aqui. Agora, por favor, me deixe a sós com os meus filhos. — Eu tentei me controlar, mas a minha voz saiu mais dura do que eu gostaria.

VESTÍGIOS DO NOSSO AMOR ▪︎ BrumarWhere stories live. Discover now