Me apaixonei pelo dono do morro [FINALIZADA]

Capitulo 15

Acordei com o Gustavo me olhando, sorri pra ele e fui no banheiro fazer minhas higienes.
Assim que desci estavam sentados no sofá o Gustavo, o meu irmão, O D2 e Gabi.
— Bom dia gabi, bom dia Guto.
E fui entrando na cozinha pra beber agua.
— Manuela, a gente precisa conversar - disse meu irmão.
Peguei meu copo e sentei no sofá na frente deles.
— Eu vim pedir perdão, eu não to agindo como seu irmão, aquela pessoa que tu conhecia ta ligada? Mas tem muita nóia na minha cabeça e ajudar o D2 a comandar isso é estressante e..
— Oh Matheus, tu pode calar a boca e me poupar de lenga lenga ta? Meu irmão morreu pra mim, eu não quero saber mais de você. Tu pode ir embora.
— Manu..
— Matheus, se você veio só pra falar comigo, pode ir.
— Você é obrigada a me ouvir tiu.
— Não sou, porque essa não é a sua casa. Agora você pode ir.
— Para de ser criança e escuta seu irmão. - disse o D2
— Uau, você falando sobre eu ser criança? O moleque que pega uma pra fazer ciumes na outra? Tu cuida tanto dessa favela que não vê os chifres que a Karen te dá. Se cuida porque a fama pega.
Quando vi já tinha falado e tava vendo a hora que o D2 ia meter a mao na minha cara.
— Eu quero essa guria fora da minha favela ate o fim da noite Matheus. Não vou deixar essa folgada da sua irmã na minha favela.
— COM TODO O PRAZER.
Peguei meu casaco, meu celular e desci o morro numa velocidade fora do normal. Só queria sumir. Tava tudo uma droga e eu queria sumir porque achava que tudo o que tava acontecendo era minha culpa.
Parei de andar quando cheguei na praia, sentei no banco e comecei observar as pessoas e tudo ao nosso redor que com a correria deixamos passar desapercebidos.
Eu comecei pensar que finalmente tinha chegado a hora de ir morar com a minha vó na Inglaterra.
Meu estomago embrulhou nessa hora, devia ser fome, mas eu não tinha pego minha carteira quando sai na correria, queria saber o que fazer ou pra onde ir.
Senti alguem atrás de mim e me virei pra olhar e era o Gustavo. A única pessoa que estava comigo em todo canto.
— Oi...
— Oi Gus...
— Como você ta?
— Perdida..
— Imagino... Mas tudo vai melhorar.
— E você? Ta estranho...
— Eu to com medo.
— De quê?
— Eu tenho uma coisa importante com uma pessoa que eu amo.
— Tipo..?
— Eu amo você Manu..
— Que..?
— Foi sem querer, mas eu.. Eu gosto de você, e eu não poderia gostar, eu fui contratado pra te observar e agora, eu gosto de você. Mas eu não posso deixar de fazer meu trabalho.
— Calma, não to entendendo nada.. O que você ta falando? Meu irmão te contratou, e agora acabou Gusta, você pode ir..
— Não posso.
E ele segurou tao forte no meu pescoço que antes mesmo dele me beijar já pensei "que pegada do caralho"
Foi um dos melhores beijos da minha vida e quando abri meus olhos, ele me encarava mais apreensivo do que no que inicio.
— Me perdoa Manu.
— Pelo quê?
Não entendi mais nada, mas logo senti algo em meu nariz e conforme eu respirava aquilo, minha visão ia ficando preta e embaçada.