Capítulo 06

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A noite passou rápida demais, senti que não descansei o bastante. Definitivamente não tenho mais idade e capacidade de beber todas que eu ver pela frentre, isso estava nítido quando coloquei tudo para fora ao chegar em casa. Eu precisava de duas coisas: massagem nos pés e um remédio para dor de cabeça. 

Sentei na mesa e já logo revirei os olhos pela manhã ao ouvir a voz de Rafe me zoando pela minha ressaca. Apenas ignorei e cumprimentei Rose e Wheezie e comi em paz, já que ignorar Rafe fez com que ele se calasse. As duas mulheres na mesa, não contando comigo, conversavam entre si. Acho que preciso de mais um pouco de cama. Odeio acordar pela manhã quando estou de ressaca, parece que minha cabeça me obriga a abrir os olhos. 

Ao terminar, subo para meu quarto para me preparar para um dia de negócios hoje. Meu pai comprou um pequeno prédio de quatro andares e bem espaçoso no centro da ilha, onde ficam as empresas. Essa semana inauguraria nosso trabalho novamente em Outer Banks e pelos burburinhos que ouvi na festa de noivado, algumas pessoas estão ansiosas e querendo fazer negócios e entrar para o meio. A única empresa que desbanca é a Cameron Development, a nossa está em segundo lugar. Mas isso não me incomoda e não ligo para quem é a melhor, modéstia a parte eu acho a da minha família bem mais preparada e organizada. 

Ouço alguém bater na porta, peço para esperar um pouco. Estava colocando uma roupa adequada para conferir a empresa e depois ir na loja de John B e Sarah. Abro a porta um pouco que apressada e vejo Rafe, relaxo o rosto não muito satisfeita. Quando eu ia dizer algo, ele já me interrompe entrando no meu quarto. Bela privacidade! 

— Isso é para você! -jogou uma cartela de remédio em minhas mãos. — Não tinha em casa, então fui comprar para você. Recomendo beber bastante água hoje também. 

— Obrigada! -agradeci olhando a cartela. Era remédio de dor de cabeça e para ajudar na ressaca. 

— Não pense que fiz isso por você. Wheezie ficou falando na minha cabeça, tive que ir comprar. Ela gosta de você, não a decepcione. -Rafe disse indo em direção a porta. 

— Jamais faria isso. 

— Ah, e outra coisa. -virou para mim. — Saímos em dez minutos. -assenti. 

Rafe saiu do meu quarto e me joguei na cama. Já estava pronta mesmo. Estou me sentindo extremamente limitada nessa casa, nessa vida, nessa ilha. O único dia bom que tive foi ontem na festa. Eu preciso viver. Estou quase a própria rapunzel presa na torre, só que no caso é nessa mansão. Preciso e vou conversar com Rafe sobre isso. Ele mesmo disse que não quer me prender aqui e me deixar livre a fazer o que bem entendesse, não sei porque ainda não me deu tempo para viver. 

Encontrei ele no carro e fomos a metade do caminho em silêncio. Rafe estava de mau humor hoje, então estava receosa de ir direto ao assunto, preciso ir com calma. É tipo amaciar a carne. Ainda mais Rafe, que se irrita e se ofende com qualquer coisa. E eu não estou muito afim de me irritar com ele, ainda não tive esse privilégio desde que cheguei e sinceramente? Não quero ter. Sinto coisas dentro de mim e quero confiar nos meus instintos. 

— Rafe? -o chamei. Ele me olhou de rabo de olho. — Me olha de verdade se você não está bravo comigo. -ele me olhou rindo. 

— Por que eu estaria bravo com você, Aubrey? -mais uma vez, ele me olha. Ele estava dirigindo. 

— Não sei, você me tratou tão frio em casa. 

— Não foi você que disse que eu era assim? Sempre fui e sempre vou ser? Achei que você pediu para eu parar de fingir. -abaixei a cabeça com o que ele disse. 

— É, mas achei que você pudesse mudar. Eu estava te dando um toque. -o olhei. Seus olhos mantinham fixos na rua. 

— Não, Aubrey! Você não estava me dando um toque, você estava realmente me ofendendo. -agora ele me olhou de verdade, com o carro parado no semáforo. 

Um casamento&meioDove le storie prendono vita. Scoprilo ora