Capítulo 22

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— Aubrey, volta aqui. -escutei seu grito, mas ignorei com a chave de seu carro em minhas mãos.

Eu não estava querendo ir embora com o carro de Rafe, só queria pegar minha bicicleta e ir para casa, ou talvez encontrar Jj. Parece que quando estou com ele meus problemas acabam e eu esqueço de tudo. Só espero que não perguntem o porque estou com uma cara diferente, não saberia responder o motivo. Realmente não sei porque meu rosto está molhado com as lágrimas ardendo meus olhos. Nunca pensei ouvir de alguém que eu dou nojo à ela, nunca me disseram isso, nem alguém que me odiasse tanto em toda a minha vida.

— Aubrey, não vai embora, não. -Rafe apareceu, segurando a porta traseira.

— Não quero ficar perto de alguém que tem nojo de mim. -disse, ainda sem olhá-lo.

— Eu não tenho nojo de você, é apenas dos pogues.

— Estava indo tudo tão bem para você estragar, não é, Rafe? -me viro para ele de mãos vazias, mostrando que eu estava brava. — Você disse perfeitamente que tinha nojo de mim quando lembrava que sou como os pogues.

— Eu me expressei errado. Aubrey, eu não tenho nojo de você. É isso que importa! -Rafe disse calmo, passando seus dedos no meu rosto limpando minhas lágrimas. — Se eu tivesse nojo de você eu não teria coragem de tocar meus lábios nos seus e pensar todas as noites que eu gostaria tanto de te tocar. -empurrei ele, pela parte de querer me tocar.

— Não repete mais isso. Não diz que quer me tocar. Se essas suas frases automáticas fazem as meninas que você pega caírem no seu papo furado, sinto muito em dizer que comigo não funciona. -fechei a porta do carro em seguida, ouvindo sua risada. Cruzei os braços. — Do que você está rindo?

— Você fechou a porta do carro sem pegar essa sua bicicleta rosa. Parece que funcionou, já está pronta para voltar à praia comigo. -Rafe continuava rindo.

— Me erra, Rafe. Não quero voltar para a praia com você. -revirei os olhos, ainda de braços cruzados.

— Aubrey, -Rafe chegou mais perto. — não quero jogar truques baratos em você, não quero te bajular o suficiente para você ficar comigo. Eu sei o quanto é importante para as meninas perderem sua virgindade de um jeito especial, eu posso te proporcionar isso. Quero te fazer sentir especial em todos os aspectos.

— Você está achando que minha virgindade é um prêmio para você, Rafe? -arqueei as sobrancelhas.

— Claro que não, Aubrey. Eu sou um louco, eu sei disso. Estou tentando melhorar a cada dia que passa, mas tem pessoas que eu não tenho coragem de fazer algum mal.

— É meio difícil de acreditar nisso diante de todas as coisas bizarras que você já fez. -voltei dois passos.

— Já te fiz algum mal? -ele pergunta, se aproximando esses dois passos.

— Mas fez as pessoas com quem eu me importo. Para provar para mim que não faria mal a mim, terá de parar de fazer com eles. Ferindo eles você me fere. -encarei ele de perto. Rafe assente calado, olhando para baixo.

— Não posso te prometer uma coisa que eu não consigo cumprir. -ele continua olhando para baixo, pegando minhas mãos. — Mas eu te garanto que a você eu nunca faria nada. -beijou minha mão, me olhou. — Nem a você e nem a Wheezie. -sorriu, com a boca fechada.

— Obrigada! -agradeci o olhando. — Precisamos voltar. Já está escurecendo e aqui a área é dos pogues, podem te ver e não gostar.

— Já estive aqui a tarde inteira e ninguém falou comigo. Embora eu seja bem conhecido pela ilha. -levantei as sobrancelhas concordando. — Quero te contar umas coisas. Se eu não te falar isso vai me matar por dentro. -riu, pegando minhas mãos e me levando para a areia.

Um casamento&meioUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum