Eu não costumo ser impulsivo. Sendo sincero, eu gosto de pensar e repensar antes de agir, gosto mesmo. Mas ter Jungkook prestes a ir embora para não voltar mais, ligou a minha anteninha de que eu precisava fazer alguma coisa, qualquer que fosse, para impedir isso.
Agora, dentro do seu carro e sentado em seu colo, eu sei que fiz o certo, mesmo que seja arriscado e mesmo que eu tenha inúmeras chances de me machucar. Eu preciso dele tanto quanto ele precisa de mim.
— Seu beijo é o melhor que já provei, Ji. — Ele murmura contra a minha boca, e seus lábios deslizam por meu queixo até meu pescoço.
E é inevitável, minha cabeça enche com o eco de sua fala. Será que é o melhor mesmo? Melhor que o beijo dele?
— Ji, não tem como isso dar certo se tudo você ficar se comparando. O meu passado é isso, passado. — Ele me olha. — Eu estou com você, não estou?
— Me perdoa, é incontrolável. — Peço, acomodado em seu colo feito um bebê.
Jungkook reclina um pouco o banco e me conforta mais em seus braços, não parecendo nada incomodado com meu peso sobre ele.
— Você não precisa me pedir desculpas, eu sei que se sente assim. — Ele afirma. — Mas preciso que confie em mim. Você sabe que eu não posso mentir, bebê.
Eu apenas concordo e mudo meu foco para a sua boca outra vez, rendido e viciado em seus beijos. Ele me segura com firmeza pela cintura e me aperta mais contra seu corpo, me fazendo sentir calor.
— Eu preciso dirigir, querido. — Ele murmura, descendo a mão da minha cintura até meu quadril.
— Não, você precisa me beijar. — Faço manhã, soltando um gemido quando sua mão me apalpa com firmeza.
— Vamos para minha casa. — Ele me apalpa de novo, agora uma mão em cada lado. — Eu consigo dirigir e beijar você ao mesmo tempo. Você sabe que eu sou incrível.
Um terror se apossa de mim quando ele realmente dá partida e passa a dirigir, mas ele me garante que nunca me colocaria em perigo. E eu confio nele, completamente.
Durante o percurso, eu recebo mais apertos e nós trocamos beijos apressados e outros mais lentos. O problema é que isso me faz sugar o pouco de energia que o resta e ele parece a cada instante mais frágil.
Portanto que, assim que chegamos, eu o percebo fraco até mesmo para sair do carro.
— Goo, você precisa se alimentar. — Sussurro, vendo seus olhos fundos e cada vez mais escuros. — Tome a minha energia, eu quero ver você bem.
Mas ele nega de modo afoito e eu saio do carro devagar quando vejo que ele precisa de espaço. É estranho colocar o pé no chão após um mês, mas me apoiando na porta do carro eu consigo de um jeito mais tranquilo do que eu imaginava e tudo parece em seu devido lugar.
Jungkook também sai, quase cambaleando, e se apoia no veículo.
— E se eu buscar sangue para você? — Me ofereço, mesmo sabendo o quão absurdo isso parece.
— Porra, minha cabeça parece tão cheia. — Ele murmura. — Mais cedo eu sequer ouvia os seus pensamentos, agora parece que todos os do prédio ecoam em volume máximo.
— Goo, se concentra em mim. — Peço, mas sei que nesse momento é em vão.
Vampirinho, foca em mim, olha para mim e se concentra apenas em mim. Peço por meio dos meus pensamentos, segurando seu rosto com cuidado. Eu cuido de você, só presta atenção em mim e esquece o resto do mundo.
Jungkook parece voltar a raciocinar lentamente. Ele coloca a mão no bolso e me entrega seu cartão rico de crédito e, em seguida, me segura mais uma vez.
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