●CAPÍTULO BÔNUS●

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Louis passou seu olhar afiado pelo cardápio da confeitaria

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Louis passou seu olhar afiado pelo cardápio da confeitaria. Quando aquela expressão surgia em seu rosto todos compreendiam porque o chamavam de o urso dos Alpes franceses.

— Se está querendo adiantar a minha morte poderia ter me dado um copo de veneno.— Resmungou enquanto lia.— Detesto café.

Lohan sorriu pedindo para a funcionária do estabelecimento preparar duas xícaras bem quentes de Kaapi um tradicional café indiano.

As mãos ágeis da jovem mulher começaram o preparo colocando o pó do café misturado à uma porção de chicória na parte superior de um recipiente com quatro partes de metal.

Louis se remexeu na cadeira atraindo os olhos atentos de seu secretário.

— O idioma que você acabou de falar com aquela mulher foi...

— Mandarim.

— Eu sabia!— Louis deu um soco no ar.

Sua reação provocou um olhar curioso da atendente ao que Lohan correspondeu com um sorriso gentil.

— Oque uma mulher chinesa está fazendo no Rajastão?— O Duque empertigou-se cruzando os braços na frente do corpo.— Vejo que esse país não é tão antiquado quando se trata de estrangeiros.

A atendente se aproximou com o café borbulhante em uma bandeija e em seguida trouxe batatas assadas com alecrim, lentilhas e pães Chapati, que eram muito parecidos com pão Sírio.

Lohan se virou para o Duque com um sorriso provocativo.

— Sua alteza ainda está tendo aulas para aprender os caracteres?

Louis o lançou um olhar ferido mas logo disfarçou.

— De onde você tirou essa ideia?— ele se remexeu na cadeira.— Como se houvesse uma só coisa em que eu não seja bom.

— Estou certo que não existe tal coisa.— Lohan assegurou.

Os dois desfrutaram de uma refeição tranquila e depois seguiram para a praça central no centro histórico de Jaipur onde se encontrariam com o investigador.

— Se, a princípio, nos desencontrarmos, não desanimes.
Se não me achares aqui, procura-me ali; em algum lugar estarei esperando por ti.*— Louis recitou essas palavras olhando para o céu cheio de nuvens.

O secretário havia ouvido aquele mantra inúmeras vezes. Imaginou que Louis se encontrava em algum conflito interno.

Foi quando uma chuva repentina começou a cair. Lohan, preocupado com a saúde frágil de seu amo anunciou:

— Deve haver um guarda-chuva em alguma daquelas lojas, eu já volto.—E saiu com a mão sobre a cabeça entre a multidão de pessoas que participavam de uma feira ao ar livre.

Com Amor, Eu Creio.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora