|FILHO AMADO|

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Liubliana, Eslovênia 1 ano depois

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Liubliana, Eslovênia 1 ano depois.

O dia ainda estava prestes a amanhecer quando uma mulher de jaleco e quepe brancos atravessou a ala externa da universidade com uma lamparina na mão. Um homem alto e de pele morena vinha ao encontro dela e a cumprimentou com um beijo na bochecha.

— Como ele está?— o doutor indagou reconhecendo a urgência nas expressões da mulher.

— Ele chorou a noite toda. Tive medo de um novo colapso por isso não fui te procurar antes.

Damir apressou os passos e ao entrar na sala acendeu todas as luzes. A maioria dos pacientes ainda estavam dormindo e muitos começaram a reclamar da claridade. O médico viu seu paciente encolhido no leito e olhando para a enfermeira disparou:

— Hoje teremos uma atividade nova! Levaremos todos para ver o sol nascer na estufa!— a expressão no rosto de Damir era de uma criança travessa.

Um burburinho tomou conta do local e naquele momento dois enfermeiros chegaram para a troca de turno e foram informados da novidade. Começou uma mobilização entre os funcionários para levar os pacientes para o lado de fora da ala hospitalar. Eram cerca de doze pessoas, todas portadoras de síndromes raras. O sol já começava a dar sinais de que ia surgir no horizonte quando a sala ficou vazia e o médico se aproximou da cama.

— Você sente alguma dor?— Indagou aferindo a pressão arterial de Louis.

O Duque apenas comprimiu os lábios enquanto as lágrimas se amontoavam ao redor de seus olhos. Damir o fitou por um longo tempo sentindo algo enchendo seu interior. Já tinha sentido aquela sensação antes, sabia que era a presença do Pai.

— Você finalmente está pronto para recebê-lo, não é?— O médico se ajoelhou ao lado da cama.

Com as mãos trêmulas Louis pegou o bloco de notas que costumava ficar no armário de cabeceira ao lado de seu leito e se pôs a escrever. Algumas gotas quentes caíram de seus olhos manchando o papel timbrado.

Durante toda essa noite Deus me fez sentir meus pecados.

— Você reconhece agora que pecou e que precisa de um salvador, Louis de Savoie?— Damir perguntou assim que leu.

Eu reconheço.

Foi a resposta em letras grandes e garrafais.

— Então ore comigo.— O médico conduziu a oração.— Senhor Jesus eu o recebo em meu coração como meu único salvador. Perdoa os meus pecados e por onde eu for guia os meus caminhos.— ao erguer a cabeça percebeu que Louis soluçava aos prantos.— Amém.

Com Amor, Eu Creio.Where stories live. Discover now