|EPÍLOGO|

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Alguns meses depois.

Janna escovava seu longo cabelo diante do espelho da penteadeira. Seu olhar estava vidrado e o movimento com a mão era repetitivo. Com os olhos ardendo ela abriu a gaveta diante dela de maneira brusca e ficou paralisada ao ver um monte com vários envelopes em um canto da mesma.

A memória de Louis escrevendo todas as noites enquanto ela se preparava para dormir a visitou. Janna alcançou o monte de papéis com as mãos trêmulas e os abraçou desesperadamente enquanto rompia em um pranto sentido. Passado aquele momento emocional ela conferiu os envelopes e viu que alguns estavam endereçados à ela e outros à Ludovic.

— Querida?— Janna estremeceu ao ouvir a voz da sogra.

Melanie estava parada na porta com o pequeno bebê ainda sonolento em seus braços. Janna se levantou vestiu um robe de veludo, prendeu o cabelo e tomando as cartas foi até a senhora que a aguardava com uma expressão confusa. Janna beijou o rosto dela e a abraçou em seguida afagou a cabeça do filho.

— Pode ficar com ele para mim só até eu voltar? Prometo que serei rápida.— Pediu.

— Mas é claro!— Melanie concordou imediatamente.

— Obrigada.— Janna beijou o rosto dela novamente e saiu.

Enquanto caminhava pelo jardim o vento frio da manhã esfriava a pele de seu rosto e ela se sentiu mais disposta. Ao se aproximar da árvore perto da orla do lago Janna diminuiu os passos. Quando viu a lápide reluzindo ao mínimo feixe de luz seu coração se afundou e duas lágrimas quentes deslizaram em suas bochechas.

Alcançando os envelopes ela rasgou o primeiro e caminhou até o Deck de madeira escura onde os barcos atracavam perto da areia e se sentou.

Meu amor, posso imaginar que você esteja se sentindo triste mas quero que saiba que me sinto muito grato por ter sido seu marido e poder passar tanto tempo com você.

E pensar que eu estava condenado à morte quando te conheci mas alcancei graça diante de Deus e pude viver anos maravilhosos ao seu lado.

E Ludovic, ele é e sempre será a nossa herança.

Peço que não fique triste com Deus pois nosso encontro foi orquestrado por ele. Lembra daquela frase no relógio?

Se, a princípio, nos desencontrarmos, não desanimes.
Se não me achares aqui, procura-me ali; em algum lugar estarei esperando por ti.

Agora você sabe que o lugar onde nos encontraremos um dia é o melhor lugar que existe no universo.

Meu maior desejo era continuar vivendo para cuidar de você e do Ludovic mas os planos de Deus são maiores e melhores que os nossos e não devemos questionar isso. E não se esqueça: o lugar mais seguro do mundo é o centro da vontade de Deus.

E mais: Todas as coisas cooperam juntas para o nosso bem.

Nunca duvide do amor de Deus por você, e nem do meu!

Sinceramente, o seu Louis.













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Gente eu fiquei muito sentida com esse final mas teve que ser assim. A vida nem sempre segue roteiros de contos de fadas e algumas histórias também não.

Espero que tenham apreciado essa história assim como eu!

Que nos mantenhamos firmes em Deus e guardemos a nossa fé e esperança nele!

Atenciosamente, Brenda, 25 de Abril de 2024.






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