Capítulo VI - Apenas tristeza e medo ou ansiedade desmedida e depressão?

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       A depressão é um transtorno mental grave, de curso episódico, recorrente ou persistente ao longo do tempo, que traz prejuízos funcionais nas esferas psicológica, comportamental, sociais, familiares e ocupacionais. Quando não tratada adequadamente, pode levar à incapacitação. Podem incluir alterações ideativas também, como pessimismo, arrependimento, desejo de "dormir para sempre" e ideação de planos e atos suicidas. As síndromes e as reações depressivas surgem com muita frequência após perdas significativas: de pessoa muito querida, emprego, moradia, status socioeconômico, ou de algo puramente simbólico. Seus sintomas são diversos, como por exemplo:

Sentimento de melancolia;

Choro fácil ou frequente;

Apatia;

Tédio;

Irritabilidade;

Angústia ou ansiedade;

Desespero;

Baixa autoestima;

Desesperança;

Fadiga;

Insônia;

Perda ou aumento de apetite;

Os sofrimentos decorrentes das questões da vida são comuns a todos. Ninguém está livre de perdas, imprevistos, separações, lutos, problemas financeiros, quebra de expectativas por não receber uma promoção ou um cargo, frustações amorosas, problemas familiares, doenças, notícias de morte na família etc. Contudo esses sofrimentos podem gerar situações de ansiedade ou outros sintomas que, se não cuidados a tempo, irão se agravar. O sofrimento mental e psíquico pode levar a estados patológicos de síndromes e de transtornos mentais que devem ser abordados como qualquer doença "orgânica": eles têm uma história clínica, um início desencadeado por determinado evento patológico que leva a alterações de neurotransmissores, causando sofrimento, que possuem fatores de melhora e de piora. Mas todos eles possuem, sobretudo, estratégias de prevenção e formas seguras de tratamento. Do ponto de vista individual, algumas ações podem ser feitas para ampliar os cuidados em situações de acúmulo de estresse e de sofrimento psíquico:

Reconhecer os limites e manter uma visão realista de si;

Evitar comparações;

Possuir flexibilidade para as mudanças necessárias na vida;

Estar aberto ao diálogo;

Permitir-se tempo para lazer e para socialização;

Ter relações afetivas com amigos e família;

Cuidar do sono;

Realizar atividade física;

Expressar emoções e sentimentos sem violência;

Desenvolver a espiritualidade;

Pedir ajuda profissional quando necessário (quando as dores ou perdas estiverem intervindo na qualidade de vida, na capacidade de realizar o trabalho e manter relações afetivas estáveis e saudáveis);

Cuidar dos pensamentos para que não sejam repetitivos, ameaçadores, autopunitivos e rígidos. 






Da Luta ao LutoWhere stories live. Discover now