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Jay havia ganhado o jogo de baralho e estava muito feliz com o dinheiro em seu bolso.

O alfa havia conversado com Sunoo, e mandou ele não sair de perto de Jungwon em momento algum enquanto Park não estivesse por perto. Changkyun não era louco ainda, mas era imprevisível.

A aula do dia havia terminado. Eram por volta das 17:30 e a temperatura era de 0°, mas a sensação térmica era por volta de -3° ou -4°, afinal o vento estava forte naquele dia.

Jungwon só não tremia mais que uma vara de bambu porque Jay tinha lhe dado seu sobretudo e ficado apenas com sua camiseta térmica. O ômega não gostava de matar a moda usando roupas longas e feias no inverno, mas iria ter de fazer pois o alfa estava lhe dando um sermão sobre saúde a cerca de cinco minutos.

Iriam dormir na casa do alfa naquele dia. Os pais de Jay não paravam em casa momento algum.

Sua mãe era aeromoça e seu pai era piloto. Se conheceram assim, em um vôo internacional da Coreia para Londres.

Tinha uma irmã, Ryujin. Ela era uma alfa de vinte e três anos que trabalhava durante o dia e estudava durante a noite. Nunca se gostaram, mas aprenderam a conviver quando passaram a se ver somente uma ou duas vezes por semana.

Tinham uma condição financeira boa, mas não tinham o principal que era a relação familiar. Isso afetava muito Jay quando ele era mais novo, mas, com o passar do tempo o alfa acabou se acostumando a viver com os Yang na grande maioria dos dias.

Jungwon tinha falado que, primeiro, iriam para sua casa e depois para a do alfa. O garoto queria pegar algumas roupas, pois tinham combinado de jantar fora com os amigos naquela noite.

Amigos incluiam Jake.

Jake, que era amigo de todos

Mas tinha uma relação especial com Heeseung.

—Eles vão namorar com certeza. -Jungwon disse para si mesmo, enquanto tirava um chiclete do bolso da calça e oferecia para o alfa.

—Eles quem? -Jay questionou confuso, aceitando o chiclete que o ômega ofereceu.

—Jake e Heeseung -Jungwon disse, guardando o chiclete e caminhando junto do alfa até a Mercedes Benz que os esperava no estacionamento.

—Heeseung já disse e repetiu milhares de vezes que é hetero, Wonnie. -Jay disse para seu ômega, que revirou os olhos.

—Eu também dizia que era hetero antes de te conhecer. -Jungwon cruzou os braços e olhou o namorado.

—Jungwon, antes de me conhecer, você tinha oito anos. -Jay prendeu um riso.

—E dai? Eu era uma criança consciente -O ômega deu de ombros, abrindo a porta do carro.

—Tão consciente que é hetero até hoje. -Jay brincou e levou um tapa do ômega no braço.

—Jungwon hetero. -Changmin riu.

—Oi tio!

—Oi Jayjay! -Ele sorriu, dando partida no carro logo após de eles fazerem o toque secreto. -Seus pais vão estar em casa? -O homem questionou ao outro alfa

—Não. -Jay suspirou baixinho -Eles fizeram um vôo para a Austrália e decidiram passar alguns dias lá, mas a Ryujin vai. -Explicou e fez um biquinho, deitando a cabeça no ombro do namorado.

Jay sentia falta de seus pais, mesmo que fosse uma relação caótica. Sentia falta das saídas para McDonald's no meio da semana porque nenhum dos quatro sabia cozinhar, sentia falta de ver filmes com os pais e sentia falta de brincar na neve com eles, ou ouvir histórias de vôos de seu pai antes de dormir.

𝑃𝑎𝑖𝑛⇢𝐽𝑎𝑦𝑤𝑜𝑛⇢𝐴𝑏𝑜Kde žijí příběhy. Začni objevovat