03. POR FAVOR FIQUE.

1.3K 103 35
                                    

✘ Esse é o último capítulo envolvendo o relacionamento da Sabrina com o Gómez.

META: 20 votos e 15 comentários.

✘ META: 20 votos e 15 comentários

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

↪︎ DOIS DIAS DEPOIS...

Mesmo tendo consciência de que todos um dia vão partir, a gente nunca estará preparado para esse momento. Preferimos pensar que esse momento está bem longe, que as pessoas que amamos tem muitos anos pela frente. E acho que é por esse motivo que o baque é muito maior e inesperado.

Como meu pai era policial, seu departamento que ficou responsável pelo seu funeral. Minha mãe se recusou a vir ao enterro do seu próprio marido e meu irmão continuava desaparecido.

— Chamando o delegado Hernandez, é a última chamada para o delegado Hernandez. Sem resposta. O rádio número dois seis está fora de serviço depois de doze anos e quatro meses na força policial. Se foi mas não será esquecido. —

O atual delegado faz sua última chamada para o rádio que pertencia o meu pai, seu caixão estava fechado e tinha a bandeira da Colombia em cima junto com a do Brasil. Poucas pessoas sabem, mas meu pai é colombiano e veio morar no Brasil a pedido da minha mãe, aqui ele iniciou sua carreira como policial e construiu sua tão sonhada família.

Meu pai se doou tanto, faz das tripas coração para fazer nossa família dar certo, para no final ser morto pelo seu próprio filho com dois tiros no peito. Ele não era perfeito, mas seus filhos eram prioridades sempre, uma pena que seu esforço nunca será reconhecido por aqueles que ele mais amou.

A cerimônia continua acontecendo, vários parentes e amigos do meu pai dão discursos. Mas eu não conseguia dizer nada, fazia dois dias que eu lutava contra mim mesma, não falava nem com o Gustavo. Me distanciei dele, morávamos debaixo do mesmo teto mas parecia que morávamos a quilômetros de distância.

Após todos falarem o que queria, aconteceu finalmente o enterro dele. Meu pai agora estava a sete palmos do chão, dentro de um caixão sendo engolido pela natureza aos poucos. Coloco um boque de rosas vermelhas perto de sua lápide, eram suas flores favoritas.

— Eu sinto muito pai, mas agora você está com a minha avó ai em cima, cuidando de mim como sempre fez. — digo com a voz embargada sentindo lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

— Mi amor, temos que ir, vamos para casa. — Gustavo fala com a sua mão em meu ombro, assinto me levantando e indo com ele.

Quando estávamos próximos do carro dele, ouço uma mulher chamar pelo meu nome. Seu sotaque era desconhecido para mim, mas mesmo assim me viro na direção dela e ela vem correndo até mim. E quando ela já estava frente a frente comigo percebo que ela estava acompanhada e era por...Richard?

𝐎𝐁𝐒𝐂𝐔𝐑𝐀 | Richard RiosOnde histórias criam vida. Descubra agora