"você me libertou por favor fique"
Março de 2018San Diego - Califórnia, EUA.
Elisa Clark
Sozinha, triste, decepcionada é assim que me sinto. Faz um mês desde que meu pai e minha mãe se separaram, meu pai está na Espanha e minha mãe está se afundando no trabalho.
"Elisa você vai se atrasar" - minha mãe diz pela quinta vez - "já tô indo" - termino de me arrumar e sigo para a sala.
Nesse último mês tudo parece ser mais difícil, minha mãe trabalha de mais, meu pai está a quilômetros de distância, Débora está ocupada demais.
Débora sonhar em ser patinadora, e ela irá conseguir já que se esforça e tem um dom para isso, sinto um orgulho imenso da minha amiga.
Já eu e Levy, bem nossa amizade continua a mesma, soube ontem a noite que ele e Dominique não estão mais ficando. Pelo que parece ela estava muito emocionada e Levy só queria se divertir.
"Mãe já estou indo" - grito já na porta - "tudo bem, te amo" - responde da cozinha.
Sigo até o portão e meu coração acelera ao ver o carro do Levy. Ele abaixa o vidro e e assim posso ver seu sorriso.
"Oi princesa" - diz.
"Oi, meu Uber particular" - digo entrando no carro.
Ele ri, aqueles dentes aliados - "só seu meu raio de sol" - responde - "meu e de metade das garotas de San Diego" - afirmo brincalhona e ele sorri.
"Você sabe que não, você é exclusiva amor" - meu rosto cora, Levy e eu sempre tivermos intimidade, sempre nos tratamos com apelidos fofos tipo amor, vida, linda. Para ele é normal, já para mim faz meu coração errar uma batida todas as vezes que ele me chama assim.
"Vamos, não quero me atrasar" - meu pedido é uma ordem, e então ele da partida no carro.
O caminho até o colégio é divertido, coloco minha música favorita e vamos cantando.
"Chegamos linda" - diz parando o carro em frente a minha escola - "obrigada" - agradeço.
"Vamos almoçar juntos hoje?" - pergunta, batendo os dedos no volante.
"Não vai dá, tenho que fazer faxina em casa" - respondo.
"Chata" - responde.
Olho meu relógio, já estou atrasada. Me despeço de Levy com um beijo na bochecha e saio do carro.
Vejo Dominique no portão, a cumprimento porém ele não me responde.
...
As aulas correm normal, quando o sinal toca indicando que os alunos podem ir embora pego minhas coisas e sigo até saída, porém sou impedida por Dominique.
"Sua vaca, pensei que você era minha amiga" - diz apertando meu braço - "puta" - sua voz é alta.
"Oi, Dominique. O que está acontecendo?" - pergunto confusa, apesar de me sentir ofendida pelos xingamentos, prefiro ignorar. Dominique é uma desequilibrada.
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Doce Amizade, Amargo Amor
RomanceEm um cenário de riqueza e emoções intensas, Levy e Elisa enfrentam os desafios da amizade verdadeira e dos sentimentos não correspondidos. Será possível que, entre esses dois corações, surja uma paixão capaz de romper as barreiras que eles mesmos...