004 - partida

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"você me libertou por favor fique"
Março de 2018

San Diego - Califórnia, EUA.

Elisa Clark

Sozinha, triste, decepcionada é assim que me sinto. Faz um mês desde que meu pai e minha mãe se separaram, meu pai está na Espanha e minha mãe está se afundando no trabalho.

"Elisa você vai se atrasar" - minha mãe diz pela quinta vez - "já tô indo" - termino de me arrumar e sigo para a sala.

Nesse último mês tudo parece ser mais difícil, minha mãe trabalha de mais, meu pai está a quilômetros de distância, Débora está ocupada demais.

Débora sonhar em ser patinadora, e ela irá conseguir já que se esforça e tem um dom para isso, sinto um orgulho imenso da minha amiga.

Já eu e Levy, bem nossa amizade continua a mesma, soube ontem a noite que ele e Dominique não estão mais ficando. Pelo que parece ela estava muito emocionada e Levy só queria se divertir.

"Mãe já estou indo" - grito já na porta - "tudo bem, te amo" - responde da cozinha.

Sigo até o portão e meu coração acelera ao ver o carro do Levy. Ele abaixa o vidro e e assim posso ver seu sorriso.

"Oi princesa" - diz.

"Oi, meu Uber particular" - digo entrando no carro.

Ele ri, aqueles dentes aliados - "só seu meu raio de sol" - responde - "meu e de metade das garotas de San Diego" - afirmo brincalhona e ele sorri.

"Você sabe que não, você é exclusiva amor" - meu rosto cora, Levy e eu sempre tivermos intimidade, sempre nos tratamos com apelidos fofos tipo amor, vida, linda. Para ele é normal, já para mim faz meu coração errar uma batida todas as vezes que ele me chama assim.

"Vamos, não quero me atrasar" - meu pedido é uma ordem, e então ele da partida no carro.

O caminho até o colégio é divertido, coloco minha música favorita e vamos cantando.

"Chegamos linda" - diz parando o carro em frente a minha escola - "obrigada" - agradeço.

"Vamos almoçar juntos hoje?" - pergunta, batendo os dedos no volante.

"Não vai dá, tenho que fazer faxina em casa" - respondo.

"Chata" - responde.

Olho meu relógio, já estou atrasada. Me despeço de Levy com um beijo na bochecha e saio do carro.

Vejo Dominique no portão, a cumprimento porém ele não me responde.

...

As aulas correm normal, quando o sinal toca indicando que os alunos podem ir embora pego minhas coisas e sigo até saída, porém sou impedida por Dominique.

"Sua vaca, pensei que você era minha amiga" - diz apertando meu braço - "puta" - sua voz é alta.

"Oi, Dominique. O que está acontecendo?" - pergunto confusa, apesar de me sentir ofendida pelos xingamentos, prefiro ignorar. Dominique é uma desequilibrada.

Doce Amizade, Amargo AmorWhere stories live. Discover now