004 - abandono

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"No vazio do abandono, ecoam as cicatrizes da alma. "
Fevereiro de 2018

San Diego - Califórnia, EUA

Elisa Clark

Dor, é a única coisa que sinto. Já faz uma semana desde que ajudei Levy a conquistar Dominique. Desde que enfim eles ficaram, não se desgrudam mais, confesso que estou com ciúmes.

Levy estuda em um renomado colégio aqui da Califórnia, diferente de mim que estudo em um colégio pequeno público.

Levy sempre venho a minha escola, muitas vezes para me buscar, porém dessa vez ele tem outro motivo.

Ele está abraçado a Dominique, enquanto conversam com outras pessoas, estou um pouco afastada, sentada em um banco da pequena praça em frente ao colégio.

Estou tao perdida em meus pensamentos que nem vejo Débora, minha melhor amiga se aproxima de mim.

"Ei, por que essa carinha triste? Não me diga que é ciúmes" - diz me abraçando, tento disfarçar meus sentimentos - "Ciúmes? Eu? Não, claro que não"

Débora sorri convencida - "Você sabe que pode me contar tudo. Por que não se declara para Levy de uma vez?" - sugere, porém nego.

"Não é ciúmes" - falo e ela ri - "E se ele não sentir o mesmo por mim" - argumento.

"E se ele sentir, e se ele também tiver sentimentos por você" - diz sugestivamente. Ergo meus olhos em direção do Levy, ele está beijando Dominique, uma tristeza toma meu corpo - "ele me ver apenas como amiga, e eu também não quero perder a amizade dele por causa de um amor platônico" - afirmo.

"Às vezes, é melhor arriscar do que se arrepender mais tarde. Não deixe o medo te impedir de ser feliz" - diz e dou um sorriso fraco - "Amigos verdadeiros entendem e aceitam. Não deixe o receio te impedir de seguir o coração" - diz séria.

"Talvez você tenha razão. Mas por enquanto, vou guardar meus sentimentos e torcer pela felicidade dele" - respondo decidida a ocultar meus sentimentos.

"Faça o que seu coração mandar, Elisa. Estou aqui para apoiar, seja qual for a sua escolha" - sorri e a abraço apertado.

Débora, a amiga leal que sempre esteve comigo, Débora é a única que conhece minha paixão secreta pelo Levy. Agradeço silenciosamente por ter alguém em quem confiar, mesmo que meus sentimentos permaneçam ocultos.

"Vamos, Elisa, está na hora de irmos para casa" - Débora diz.

Me levanto e seguimos até o portão, porém antes que pudéssemos sair Levy surge nos impedindo de sair.

Como de costume, Levy me abraça e deposita um beijo em minha testa, retribuo de forma rápida. L Levy bagunça o cabelo de Débora com as mãos.

Assim como eu, Débora também é filha de de uma empregada dos pais de Levy, Débora é filha de Maria.

"E aí, meninas! Que tal almoçarmos juntos hoje? Eu e Dominique vamos para um lugar legal" - Levy sugere e Débora da um pulinho de alegria.

"Claro, adoraríamos!" - Débora responde rápido - "não é Eliza" - ela me olha, disfarço a tristeza que estou sentindo.

"Ah, preciso ir para casa agora, mas vocês aproveitem. Divirtam-se!" - respondo delicadamente.

Doce Amizade, Amargo AmorHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin