31 - verdades secretas

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FELIPE

Sempre soube que aquele infeliz do Carlos não era um homem bom, mas nunca imaginei que seria um assassino. Corrupto, mentiroso e traidor ele sempre foi, agora tentar matar o genro tornou ele o pior dos vermes.

Há alguns meses atrás, eu e Levy descobrimos os desvios que Carlos faz da empresa. Desvios no milionários, dinheiro que ele gasta com prostitutas, jogos e vícios.


— Como você pode ser tão cínico? — pergunto quando nos afastamos, minha voz carregada de raiva. — Eu sei que o acidente foi armado e que você está por trás disso. Como pode ser tão monstruoso?

— Cuidado com suas palavras, Felipe. Não tem provas de nada. — diz dando de  ombros, um sorriso sarcástico nos lábios.

Avanço um passo, os olhos faiscando de fúria.

— Eu te odeio. Você é um monstro. Como uma pessoa tão desprezível como você pode ser o pai da Elisa, uma garota tão doce?

— Ah, isso é simples, Felipe. Elisa não é minha filha.

Fico sem palavras, a confusão evidente em meu rosto. Como esse infeliz não é pai da Elisa?

— O quê? O que você está dizendo?

Carlos apenas sorriu, um sorriso cheio de malícia, sem dar mais explicações. Senti a raiva crescer dentro de mim, mas antes que pudesse reagir, Carlos falou novamente, a voz baixa e ameaçadora.

— É melhor você ficar quieto, Felipe. Ou a próxima pode ser Morgana.

Felipe ficou paralisado por um momento, a ameaça atingindo-o como um soco. Eu não permitiria que ele machucasse a Morgana meu filho
— Você não ousaria... — começo a dizer, mas sou  interrompido pelo som da porta do hospital se abrindo.

Alice, a mãe de Elisa, entrou correndo, a preocupação evidente em seu rosto. Ela foi diretamente até Elisa, que ainda estava ao lado de Jordana, tentando confortá-la.Carlos, observou a cena com um ar de deboche, virou-se e  sussurrou.

— O jogo começou, meu caro. — E com isso, afastou-se.

Respiro fundo, tentando controlar a fúria que queimava dentro de mim. Observo Carlos se afastar, sabendo que agora precisava ser mais cauteloso do que nunca.

Alice abraçou Elisa com força, os olhos cheios de lágrimas.

ELISA CLARK

— Querida, o que aconteceu? Como está Levy? — minha mãe pergunta desesperada.

— Ele está na UTI, mãe. O médico disse que as próximas 24 horas são críticas...

Dona Jordana, também segurando as lágrimas, olhou para Alice.

— Estamos todos esperando, tentando ser fortes por Levy.
assentiu, apertando a mão de Elisa.

Meu pai se aproximou Carlos se aproximou lentamente de onde eu, minha mãe  e Jordana estávamos sentadas. Ele adotou uma expressão preocupada, mas seus olhos brilhavam com deboche, algo me dizia que ele estava fingindo preocupação.

Doce Amizade, Amargo AmorWhere stories live. Discover now