30 - acidente.

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ELISA CLARK

Estava na sala de aula, tentando me  concentrar na explicação do professor, mas algo dentro de mim  estava inquieto. Era um sentimento ruim, uma sensação de que algo estava terrivelmente errado. Tento afastar o pensamento, mas a angústia só crescia.

Morgana, sentada ao lado, pareceu  notar minha expressão.

— Elisa, você está bem? — perguntou, baixinho para não interromper a aula.

Olhei para Morgana, tentando disfarçar a preocupação.

— Estou bem, só preciso ir ao banheiro. — digo me levantando rapidamente.

Saio da sala com passos apressados, a agonia preenchendo meu corpo. Enquanto caminhava pelo corredor, lembro  do pesadelo que tive. A imagem de Levy morto no labirinto veio à minha mente, fazendo meu corpo tremer. Precisava ouvir a voz dele, saber que estava tudo bem.

Assim que entro no banheiro, que estava vazio. Pego o celular e, com mãos trêmulas, começou a discar o número de Levy. Antes que pudesse completar a chamada, o telefone começou a tocar. Era Jordana.

Elisa atendeu imediatamente, o coração acelerado.

— Alô, Jordana?

— Elisa... Levy sofreu um acidente. — A voz de Jordana estava chorosa e trêmula do outro lado da linha.

Meu mundo parou,  senti como se o chão estivesse se abrindo sob meus pés. — O quê? Como assim, um acidente? Ele está bem?

Jordana soluçou. — Não sei, Elisa. Os médicos não nos dão respostas claras. Ele está no hospital e... eu estou tão assustada...

— Qual hospital, Jordana? Me diz onde ele está. —  pergunto, tentando manter a  voz firme apesar do desespero que sentia.

— No Hospital central. — respondeu Jordana, ainda chorando. Nesse momento sentia meu coração se apertar cada vez mais. Eu não possso perdê-lo.

— Estou a caminho. —  encerro a chamada.

Começou a correr pelo corredor, lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Ao virar uma esquina, esbarro em Felipe, quase o derrubando.

— Elisa, o que aconteceu? — perguntou, preocupado ao me ver chorando.

— Levy... ele sofreu um acidente. —  consigo  dizer entre soluços. — Eu preciso ir para o hospital agora.

— Eu vou com você. Vamos, eu dirijo.

Correram até o estacionamento. mal conseguia ver através das lágrimas, e Felipe tentava me manter  a calma. Mesmo Felipe estando claramente abalado, ele tentava se manter forte.

Cada segundo parecia uma eternidade, mas finalmente chegamos  ao Hospital,  Felipe estacionou o carro às pressas, e  corremos para dentro do prédio.

Ao entrar no pronto-socorro,  avisto j ordana sentada em uma cadeira, os olhos vermelhos de tanto chorar. Corri  até ela, sentindo uma nova onda de desespero.

— Jordana, onde ele está? — pergunto, ofegante.

Jordana me  abraçou com força,  choramos juntas.

Doce Amizade, Amargo AmorUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum