005 - concurso

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"dizem que o tempo cura todas as feridas"
Março de 2018

San Diego - Califórnia, EUA.

Elisa Clark

Ja está de manhã, Levy dormiu aqui em casa. Como é sábado, minha mãe foi a feira, ela já se despediu de Levy.

Estamos sentados no sofá da sala,Olho para o lado e Levy está me encarando.

Ele parece perceber a tristeza dos meus olhos e começa a fazer cócegas, rio devido ao desespero. Por um momento esqueci a dor que me envolvia. Mesmo assim ainda sentia meu coração esmagado,  pela cruel realidade.

"prometo que nossa amizade vai durar para sempre" - diz com um sorriso.

"Para todo sempre" - respondo o abraçando forte.

Eu o amo, queria poder ter dito antes.

Um buzina de carro indicou a hora de se despedir, o novo motorista da mansão cárter estava a espera do Levy.

"Até logo, Elisa. Vou sentir sua falta" - diz.

Me despeco com um abraço apertado, tentando conter as lágrimas. "Você é o melhor amigo que alguém poderia ter" - sussurro contra seu peitoral.

"Eu te amo" - sussurra de volta - "eu te amo muito meu raio de sol" - sussurra mais para si do que para mim.

Ele partiu, me deixando para trás com o eco do "eu te amo". Ao entrar em casa,  desabo em lágrimas durante  um bom tempo, meu coração partido e a saudade já apertando.

Entre soluços, desejei  sinceramente que Levy fosse feliz, guardando as lembranças de um amor não correspondido e a promessa de uma amizade eterna que, apesar de dolorosa, eu estava determinada a manter.

Vou para meu quarto, não quero ver ninguém.
Algumas horas depois escuto batidas na porta, minha mãe deve já ter chegado.

"Elisa querida, você precisa se arrumar. Daqui a pouco você tem sua apresentação" - diz, entrando no quarto. Quando ela percebe minha lágrimas, corre e me abraça.

"Querida, o que aconteceu? É por causa do Levy?" - pergunta.

balanço a cabeça, concordando. Minha mae me puxa para um abraço mais apertado.

"Ele significava muito para você, não é?" - sei que sua dúvida significa, no fundo acho que minha mãe suspeita do meu amor por Levy. Não consigo segurar a verdade.

"Sim, mãe. Eu... eu gosto dele" - digo baixinho.

"Não é por que ele se mudou, que a amizade de vocês precisa acabar" - afirma.

Hesito, mas finalmente admito.

"Não é só isso, mãe. Eu amo ele" - admito, olhando nos olhos dela.

A expressão de Alice mudou para uma mistura de surpresa e preocupação.

"Elisa, vocês são de classes sociais diferentes. Isso não pode acontecer, e..." - sua voz é furiosa.

Doce Amizade, Amargo AmorTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon