33 - é tão bom está em casa

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LEVY CÁRTER

Receber alta do hospital foi um alívio imenso. Após dias de incertezas e dores, eu finalmente poderia voltar para casa. Felipe veio me buscar, e eu estava ansioso para rever Elisa e as crianças, a minha família. Quando saímos  do hospital, ele me cumprimentou com um sorriso.

— Pronto para ir para casa, cara? — perguntou ajudando-me a entrar no carro.

— Mais do que pronto. — respondi, ajustando-me no banco. — Onde está a Elisa?

— Ela está na mansão com o resto da família. — disse  enquanto começava a dirigir.

No caminho, um pensamento me ocorreu. Lembrei que no dia do acidente, havia encomenda a uma joalheria para fazer uma aliança de compromisso para Elisa.

— Felipe, você pode fazer um desvio antes de irmos para casa?

— Claro, para onde?

— Preciso passar em uma joalheria.

Felipe me lançou um olhar curioso, mas não fez perguntas. Poucos minutos depois, paramos em frente a uma joalheria. Entrei, ainda um pouco fraco, mas determinado. Escolhi uma aliança simples e elegante, perfeita para Elisa do jeito que ela gosta. Assim que dei meu nome, a moça me entregou a caixinha. voltei para o carro, sentindo-me mais leve e animado.

Quando chegamos à mansão, fui recebido calorosamente pela família. As crianças correram em minha direção, seus rostos iluminados com sorrisos.

— Papai! — gritaram Nick e Lisa, tentando pular em meus braços.

— Ei, vocês dois! — disse com um sorriso, mas antes que pudesse pegá-los, minha mãe, Jordana, interveio.

— Nada de pegar peso, Levy. Você precisa de repouso! — disse ela, sua voz firme mas carinhosa.

Meu pai, se aproximou e colocou a mão no meu ombro.

— Como está se sentindo, filho?

— Estou bem, pai. Melhor agora que estou em casa. — respondi, sentindo-me verdadeiramente em casa pela primeira vez em dias.

Olhei ao redor e avistei Elisa, que estava um pouco afastada, observando a cena com um sorriso emocionado. Caminhei até ela, ignorando a dor que ainda sentia, e a beijei profundamente. Ao nosso redor, todos aplaudiram, celebrando o momento.

Passamos a tarde juntos, conversando e rindo. A presença da família me deixava feliz. Até conheci Valentin, atual namorado de Denise, ele é um homem gentil.

mas eventualmente, todos foram embora, deixando apenas Elisa e eu. Denise levou as crianças para o apartamento dela, permitindo-nos um pouco de privacidade.

Elisa me ajudou a subir as escadas, e juntos fomos para o nosso quarto. Deitei-me na cama, sentindo o conforto familiar, o cheiro de Elisa nos lençóis. Ela deitou-se ao meu lado, e eu a puxei para mais perto, acariciando seu rosto suavemente.

— Eu te amo, Elisa. — disse, olhando diretamente em seus olhos.

— Eu também te amo, Levy. — respondeu ela, com a voz embargada. — Eu tive tanto medo de te perder.

Aproximei-me mais e, com um sorriso, coloquei a mão no bolso da minha calça de moletom. Retirei a pequena caixa e entreguei a ela.

— Tenho algo para você. — disse, sentindo meu coração bater mais rápido.

Elisa abriu a caixa, e seus olhos se encheram de lágrimas ao ver a aliança. Ela olhou para mim, incrédula e emocionada.

— Levy...

Doce Amizade, Amargo AmorWhere stories live. Discover now