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"Finally I see the light shining"
Maio de 2023

Barcelona, Espanha.

ELISA CLARK

E

ntro no quarto e fecho a porta atrás de mim, permitindo-me um momento para processar tudo o que acabou de acontecer.

Meu coração ainda está acelerado pelo beijo, e não consigo deixar de sorrir ao lembrar da sensação de seus lábios nos meus. Foi um momento mágico, cheio de emoção e ternura, e me sinto incrivelmente feliz por tê-lo experimentado.

Mas, ao mesmo tempo, uma onda de apreensão começa a surgir em mim.

Eu estou profundamente apaixonada por Levy, mas será que ele sente o mesmo por mim? Será que aquele beijo significava tanto para ele quanto significava para mim?

Sinto que ele gosta de mim, mas talvez seja na amizade, ou apenas uma atração.

A dúvida persiste, assombrando meus pensamentos. E se ele não compartilha dos mesmos sentimentos que eu? E se eu estiver me iludindo, apegando-me a uma esperança que nunca se realizará?

Respiro fundo, tentando acalmar as turbulências dentro de mim. Sei que não posso controlar os sentimentos de Levy, apenas os meus próprios. E, por mais assustador que seja admitir, estou disposta a correr o risco de me machucar se isso significar ter a chance de viver algo a maior que amizade.

Afinal, mesmo que ele não sinta o mesmo, pelo menos terei a lembrança desse momento mágico que compartilhamos juntos. E isso, por si só, já vale a pena.

...

Acordo após um sono pesado. Nunca dormi tão bem em minha vida, sinto-me renovada.

Tomo um banho e visto uma roupa confortável, hoje irei para a universidade e depois irei almoçar com meu pai.

Desço as escadas devagar e já escuto a voz do Levy e a risada das crianças.

Sento na cadeira em frente ao balcão, aproveitando o momento tranquilo antes de começar o dia. Logo, Liza e Nicholas se aproximam com seus passos curtos e suas expressões animadas.

"Titia  voxê pode nos levar escolinha hoje?" - liza pede com os olhinhos brilhantes.

"Leva nox" - é a vez de Nicholas pedir.

"Liza, Nicholas, eu já disse que não podemos incomodar a Elisa com isso. Ela tem seus próprios compromissos" - Levy reclama com as crianças.

Faço um cara feia em sua direção ele sorri.

"papai..." - a menininha fala com o biquinho nos lábios.

"Está tudo bem, Levy. Eu posso levá-los para a escolinha hoje" - respondo. E as crianças pulam de alegria e me abraçam.

"Vocês dois são uns amores. Vamos nos preparar para sair" - digo retribuindo o carinho.

Meu amores.

Nich e Lisa sobem para o quarto para buscarem a mochila.

"Obrigado por ser tão incrível com as crianças, Elisa. Eles te adoram" - Levy diz quebrando o silêncio.

"Eu gosto tanto deles" - digo não conseguindo evitar a alegria que minha expressão mostra.

Levy sorri e se vira, pegando um prato e colocando uma panqueca e me entregando.

"Aqui, eu fiz essas panquecas para você. Espero que goste" - sua voz me faz sentir borboletas no estômago.

"Obrigada" - sinto minhas bochechas vermelhas.

Doce Amizade, Amargo AmorWhere stories live. Discover now