32 - volta para mim.

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ELISA CLARK

Alguns minutos se passaram, que pareceram uma eternidade. O ar estava pesado com a mistura de ansiedade e esperança. Finalmente, uma enfermeira veio me chamar, dizendo que eu podia ver Levy. Meu coração acelerou enquanto eu me levantava e segui a enfermeira pelo corredor. A cada passo, a expectativa e o medo se misturavam em meu peito.

Quando entrei na UTI, a visão de Levy ligado a todas aquelas aparelhos foi um choque. Ele estava deitado na cama, com tubos e fios conectados ao corpo, o som constante dos monitores preenchendo o ambiente. Os batimentos cardíacos dele estavam visíveis no monitor, cada bip uma confirmação de que ele estava vivo, de que ainda havia esperança.

Uma onda de felicidade me inundou ao saber que Levy estava bem, ou pelo menos estável. Caminhei até a cama, tentando segurar as lágrimas que ameaçavam cair. Ao me aproximar, segurei a mão dele, sentindo  sua pele contra a minha.

— Levy... — sussurrei, minha voz quebrando de emoção. — Eu te amo tanto. Preciso que você volte para mim.

Passei os dedos pelo cabelo dele, tentando ignorar os tubos e máquinas ao nosso redor. Inclinei-me para mais perto, deixando minhas lágrimas caírem sobre o lençol.

— Você pertence a mim, assim como eu pertenço a você. — continuei, a voz embargada. — Não consigo imaginar minha vida sem você ao meu lado. Por favor, Levy, lute. Lute por nós, por nossa família.

Lembrei-me de todas as nossas memórias juntos: os momentos felizes, as dificuldades que superamos, os planos para o futuro. A ideia de perder tudo isso era insuportável.

— As crianças precisam de você, Levy. — sussurrei, segurando sua mão com mais força. — Eu preciso de você. Prometi a mim mesma que sempre estaríamos juntos, não importa o que acontecesse. E eu sei que você é forte, que vai superar isso.

Fiquei ali, ao lado dele, sentindo o ritmo constante de seus batimentos cardíacos no monitor. O tempo parecia se dilatar, cada segundo uma eternidade enquanto esperava algum sinal, qualquer sinal de que ele estava ouvindo minhas palavras.

— Lembra quando dissemos que nada poderia nos separar? — perguntei, tentando sorrir apesar das lágrimas. — Quero acreditar nisso mais do que nunca. Então, por favor, acorde. Volte para nós.

Inclinei-me e beijei sua testa suavemente, sentindo a pele  contra meus lábios. Fechei os olhos por um momento, deixando que meu amor por ele inundasse cada fibra do meu ser. Era esse amor que nos manteria unidos, que lhe daria forças para lutar.

— Não posso perder você, Levy. — continuei, a voz um sussurro. — Você é o amor da minha vida, e precisamos de você aqui. Sei que você está lutando, e estou aqui, ao seu lado, para ajudar em cada passo dessa luta.

°°°

— Elisa, você precisa ir para casa. — Felipe fala se sentando ao meu lado. — você precisa descansar.

Ele estava certo, mas eu não conseguiria sair dali, não conseguiria ir para a casa, não conseguiria encontrar as crianças e fingir que tudo estava bem.

— eu te levo, vamos? — nego. — Elisa, você precisa descansar, nem que seja por alguns minutos. Por favor, o Levy não gostaria de te ver assim.

— vai Elisa. — Liam também pede. — descanse um pouco, qualquer coisa te ligamos.

— tudo bem.

Me despeço de forma rápida de minha mãe e de dona Jordana. Felipe me leva para casa, assim que adentramos a mansão, subo para meu quarto, preciso de um banho.

Doce Amizade, Amargo AmorWhere stories live. Discover now