29 - pesadelo

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ELISA CLARK

Eu caminhava lentamente pelo labirinto, meus passos ecoando nas paredes de pedra fria. A luz  fraca de uma lanterna, me guiava por algo que parecia um. O silêncio era opressor, quebrado apenas pelo som da minha  respiração e dos passos que pareciam ecoar infinitamente pelos corredores estreitos.

— Levy? — chamo, minha voz vacilando na escuridão. — Onde você está?

A resposta foi apenas o silêncio. continuei  a caminhar. As paredes pareciam se mover, apertando-me. Sentia como se estivesse presa, sufocada por um pavor crescente.

De repente, algo chamou minha atenção. Um brilho fraco, um reflexo de algo à frente. Avançei, os dedos apertando a lanterna com mais força. Quando me aproximou, vi que era um pequeno espelho, cravado na parede. Meu próprio reflexo me  encarava, mas algo estava errado. A imagem parecia distorcida, como se um rosto sombrio estivesse espreitando por trás de mim.

Continuei o caminho, quase correndo.

Depois do que pareceram horas, virei outra esquina e parei bruscamente. Ali, no chão, estava Levy. Seu corpo inerte, olhos vidrados olhando para o teto,  cai de joelhos ao lado dele, a lanterna caindo de minhas mão e rolando para longe, deixando nos dois  na penumbra.

— Levy! — gritei, sacudindo-o pelo ombro. — Levy, por favor, acorde!

Mas não houve resposta. O toque em sua pele estava gelado, sem vida.  senti uma onda de pânico e tristeza esmagadora. Como isso havia acontecido? Por que ele estava ali, morto?

Enquanto lutava contra as lágrimas, uma voz suave e fria sussurrou atrás dela.

— é culpa sua.

....

Acordei  de repente, ofegante e suada. Meus olhos se abriram rapidamente, tentando se ajustar ao escuro do quarto. O coração ainda batia forte no peito, a respiração descompassada. Respiro aliviada, era tudo um pesadelo. Levy estava ao meu lado.

Meu gesto acaba acordando meu amor, que dormia sereno.

— Elisa, o que houve? — perguntou, a voz rouca de sono e preocupação, rapidamente ele acende as luzes do quarto.— Você está bem?

Respirei fundo, tentando acalmar os nervos. Lentamente, a realidade do quarto familiar começou a tomar forma. As paredes cinzas, e o calor reconfortante do corpo de Levy ao meu lado. Tudo estava bem. Não havia labirinto, não havia escuridão.

— Estou... estou bem, Levy. — disse, embora a voz ainda tremesse um pouco. — Foi só um pesadelo.

Levy se apoiou no cotovelo, olhando atentamente para mim.

— Quer falar sobre isso? — perguntou  gentilmente, acariciando o meu rosto.

hesitei. A lembrança do pesadelo ainda era vívida, mas a última coisa que queria era lembrá-lo, trazendo aquela sensação de pavor de volta à tona.  balanço a cabeça lentamente.

— Prefiro não falar sobre isso. — murmuro. — Foi só um sonho ruim.

Levy me observou por um momento, então inclinou-se e beijou minha testa suavemente.

Doce Amizade, Amargo AmorTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon