2 - Anjo caído 🔞

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Abaddon Macedo

Não estava nos meus planos vir para a boate hoje, contudo, meu dia foi tão caótico que apenas algumas doses de uísque foram capazes de acalmar meus ânimos. E cá estou eu mais uma vez na Néctar.

O problema é que a porra do meu casamento já acabou há muito tempo. Não nos amamos mais há anos, tampouco nos desejamos, mas Gaia insiste em manter as aparências, afinal, não quer perder o posto de primeira-dama do império que construí ao lado do meu irmão, Azaziel.

Ao que tudo indica, engravidar a namorada do ensino médio não foi uma das minhas melhores ideias. Mas quem mandou ser um pirralho de 16 anos que apenas pensava em sexo, não é? Agora estou aqui, tendo de disfarçar minha infelicidade mais uma vez com álcool. Quem sabe essa atitude torne-se totalmente efetiva em algum momento.

Rio sozinho enquanto aguardo a morena que adentrou a área privada sem querer. Porra, ela deve ter a idade do meu filho... em outras circunstâncias, mandaria os seguranças da Néctar colocá-la para fora, entretanto, algo nessa garota me fez agir diferente. Sem contar que, aparentemente, ela de fato não fazia ideia de quem sou.

Tenho muito a perder se alguma pessoa mal-intencionada me flagrar com outra mulher. Gaia é uma mulher vingativa e, se descobrir que me relacionei com outra, dará início a uma guerra para me arrancar tudo que conquistei nos últimos anos. Isso definitivamente não está nos meus planos.

Sou despertado de meus devaneios quando percebo a morena saindo do banheiro. Encaro seu corpo de cima a baixo enquanto ela, que usa um vestido preto de alcinhas, vem desfilando lentamente na minha direção. E eu, neste meio tempo, observo cada um de seus passos, hipnotizado com o requebrar de seu quadril.

Uma perdição, eu diria. Fico refletindo se devo seguir com meus planos, entretanto, a reflexão começa a soar idiota quando ela senta ao meu lado e se debruça à bancada. Enquanto a morena observa a grande diversidade de garrafas que estão dispostas nas prateleiras, eu verifico, sem disfarçar, a profundidade de seus seios fartos.

Ainda encarando as bebidas, a garota sorri e fala.

— Você não é nada discreto. — Finalmente vira o olhar na minha direção.

— Não estava tentando ser. — Dou de ombros enquanto observo sua feição. Ela sorri, dando ênfase aos seus lábios carnudos. — Você não é da cidade. — Concluo e encho meu copo com uma dose de uísque.

— Isso faria alguma diferença? — Seu tom de voz é provocativo. — Continuo sendo uma desconhecida para você.

Sorrio diante do comentário ácido. É incrível que isso tenha saído de uma garota com um rosto tão angelical.

Estamos praticamente a sós, apesar da boate estar lotada. Isso porque o meu bar fica em um lugar isolado da área privada.

Sem contar que temos uma visão privilegiada do primeiro andar, que está lotado. Atrás de nós, antes da "fronteira" da qual a mulher ao meu lado ultrapassou sem querer, o cenário é o mesmo. Estamos no único local que dá para conversar.

— É que eu lembraria de um rosto como o seu. — Viro o tronco para frente e peço ao barman que prepare um drink de morango para ela. — É a sua primeira vez aqui?

— Não, na verdade. — Responde encarando meus lábios, o que me deixa levemente tentado a uni-los aos meus. — Mas não é algo costumeiro. E quando venho, costumo estar acompanhada. — Ela morde o lábio inferior e sorri provocativamente.

— Agora está. — Sorrio de volta e ergo o braço para pegar e entregar-lhe a bebida que o barman acabou de preparar. — Prazer, Abbadon.

Aqui está a correção ortográfica e de concordância do trecho fornecido, respeitando o conteúdo original:

Néctar - PAUSADAحيث تعيش القصص. اكتشف الآن