20 - Eu estava com saudades 🔞

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Anne estava ansiosa para ver Azaziel depois de tanto tempo. Ela nunca contou seus verdadeiros motivos para se afastar, apenas o fez. Agora, estava cheia de expectativas sobre o viria a seguir.

Foi até o endereço que lembrava, na expectativa dele morar no mesmo lugar. Entrou no elevador, subiu até o devido andar e caminhou a passos lentos até a porta esverdeada. Seu coração palpitava por conta da ansiedade. O problema é que, assim que se aproximou, ouviu alguns barulhos peculiares.

Ela não queria acreditar que havia chegado justamente naquele momento, mas de longe identificaria aqueles ruídos. Eram...

— Gemidos. Muitos gemidos. Altos. — Anne fala consigo mesma sem esconder a careta que surge em seu rosto com a a conclusão. — Que merda.

Anne reflete se deve, ou não tocar a campainha. Ao mesmo tempo que quer ver Azaziel, não quer atrapalhá-lo em seu momento íntimo com outra pessoa. Não quer ser intrometida. Diante da reflexão, deu de costas para o local e até ensaiou sair dali, contudo, algo dentro de si lhe fez parar.

Não podia mais adiar isso, esse contato. Estava carregando dentro de si há três anos a motivação de ter sumido repentinamente da vida daquele homem tão diferenciado. Agora, que estava tão perto, não podia simplesmente sair por conta de simples gemidos. Foda-se que tem uma mulher ali dentro. Isso não lhe intimidaria.

Ela toca a campainha duas vezes seguidas e fica balançando o corpo ansiosamente em frente à porta. Passam-se exatos cinco minutos até que um homem alto e corpulento a atenda.

Aze não mudou nada. Talvez alguns fios brancos a mais, mas, para Anne, isso apenas intensificava sua beleza. Visualmente falando, entre os dois, ela havia envelhecido muito mais. Sem dúvidas.

Assim que a porta se abre, a expressão de Azaziel, que está com a cintura enrolada em uma toalha branca - o que faz sua peça ficar bem evidente -, é de irritação. Contudo, quando ele nota Anne ali, parada, com um olhar de cachorro abandonado, todo o estresse se esvai.

Sem falar absolutamente nada, Azaziel puxa a garota para um abraço apertado, sem se importar com o fato de estar apenas com uma toalha tampando sua peça. Assim como Anne, durante estes três anos, sentiu falta dela.

Imaginou, inclusive, que nunca mais a veria, o que, na sua concepção, não fazia muito sentido. Não tinha feito nada. E nada do que aconteceu foi entre eles.

Sentiu raiva por muito tempo. Depois de alguns meses, o sentimento transformou-se em mágoa.

— Espero que não seja tarde demais para me explicar... — Anne se afasta calmamente do corpo de Azaziel e observa seu rosto. — Também espero que esteja disposto a me ouvir.

O mais velho suspira, pega o rosto de Anne e segura seu rosto, observando todas as suas feições, tentando entender se ela é real, ou não. Em seguida, fecha os olhos e passa a mão nos cabelos cabelos suados.

— Admito que não quero, mas preciso. Preciso entender o porquê disso. — Ele fala e, em seguida, demonstra certo constrangimento. — Mas, antes, preciso dispensar alguém. Se importa? — Pergunta e a garota sacode a cabeça negativamente.

Após obter a aprovação da mais nova, o homem entrou no apartamento com o objetivo de pedir que a mulher presente se retirasse. Enquanto isso, Anne, apesar de se sentir constrangida e visivelmente incomodada com a situação, desejava apenas conversar com Azaziel, então relevou seus sentimentos e os guardou em um potinho em seu interior.

Após alguns minutos, que mais pareceram horas, uma ruiva extremamente irritada saiu de dentro do apartamento. Antes de seguir seu caminho, ela parou de frente para Anne, a observou de cima a baixo e cuspiu palavras de ira.

Néctar - PAUSADAWhere stories live. Discover now