Capítulo 30

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                             Floris.

— Problema seu! Eu não ligo para o que você sente, é isso que você precisa entender. Você ferrou com tudo no passado, agora é a minha vez de cobrar. - vocifero, determinando com os dedos.

Algumas pessoas agem de má fé contigo e depois acham que o tempo cura tudo. Comigo, não. O tempo sou eu. E chegou o momento em que quero cobrar a mancada.

O que mais me irrita nesta situação é a sua incompetência, o seu vitimismo e mau caratismo. Repugno a ideia de ser considerado a vilã só por querer saber algumas coisas. Não posso confiar em qualquer pessoa, principalmente quando o assunto sou eu e o que possuo.

As consequências não me preocupam, desde que eu tenha convicção e confiança no que acredito. Elas são apenas reações às minhas atitudes, nada mais, nada menos.

— Quero todos os detalhes na minha mão! - aponto com o dedo para a palma da mão. — E se você ousar algo, eu farei da sua vida um inferno! - Aproximo-me e seguro em seu rosto, firmemente — Não ouse ultrapassar os limites, tá me entendendo? - Estou com a mandíbula trincada e com os olhos semicerrados, torcendo para que pise na bola e que eu possa acabar com a sua vidinha medíocre — Agora some da minha frente!

Estou sozinha, novamente.

Caminho até o mini bar que possuo no final da sala e alcanço a garrafa de uísque, despejando um pouco no copo. Alcanço o celular que vibra em cima do sofá e atendo a ligação. A bebida quente e forte rasga a minha garganta, fazendo-me arfar em seguida.

— Que saudade dessa voz deliciosa - sussurro, obtendo a certeza do estrago que faço quando quero provocá-la — Quando você vem me ver, hum? Tô com saudade.

Liya murmura um pouco, a voz diferente do habitual. Fecho os olhos, bebendo um pouco mais do que, provavelmente, aquecerá meu corpo. Estou subindo pelas paredes faz uns dias. E não nos vemos há exatas duas semanas. Tive que viajar de última hora para ver a minha mãe e resolver algumas coisas na minha cidade natal. Confesso que estou ardendo de vontade de foder com a minha mulher.

— Vem pra cá agora? Por favor - peço com tanta vontade, que acabo gemendo no final da frase — Quero você agora, Liya. Desesperadamente.

Não demora muito para que Liya surja na porta. Foi tão rápido que acreditei que estava sonâmbula. Giro a maçaneta e a cena que vejo acelera o meu coração. Deslizo o olhar pelo seu corpo todo, paralisando em seu decote delicioso que espreme os seus seios médios.

Inspiro, levando o restante do álcool à minha garganta. São quase duas da manhã, e pretendo fazer amor até que o sol apareça.

— Cacete - é tudo que falo. Puxo-a pelo braço, fechando a porta atrás dela logo em seguida. Encosto-a, travando seu corpo. Liya me olha com desejo, e eu agradeço mentalmente por ela estar sentindo o mesmo que eu. — Você está muito deliciosa, amor! - Alcanço seu pescoço, chupando-o desesperadamente.

Eu tenho pressa. Eu tenho sede. Estou completamente excitada, há dias. E somente agora posso descarregar a vontade que estou de foder Liya até que ela não aguente mais.

Firmo minhas mãos em sua cintura e a trago para mim, ainda marcando o seu pescoço com a minha boca. Os seus suspiros ofegantes contínuos, deixam-me ainda mais enlouquecida.

Floris - ela sussurra.

Subo com alguns beijos até o lóbulo da sua orelha, onde trago-o e mordisco lentamente. Seus cabelos caem como ondas em suas costas, e o cheiro dele é incrivelmente bom. Enrolo-o em minha mão e puxo um pouco para trás, tendo um pouco mais de acesso ao seu pescoço tão viciante.

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