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Vargas.

Liberdade, porra.

Eu tava cansadao de tentar sobreviver naquela porra de cela. Todo dia uma coisa nova, uma provação diferente.

Cumpri minha pena todinha pô, agora tô limpo.

Puxei o 33, graças a Deus encontraram só esse bagulho.

Pensa só se descobrissem que eu matei, roubei? Tá maluco.

Peguei meus bagulho e sai dali, sentindo a brisa no meu rosto.

Que emoção, caralho.

Respirei fundo. Sentindo uma coisa estranha pra porra. Era indescritível a sensação de estar livre.

Os portões se abriram, e logo vi um carro preto em frente. Logo vi Freitas acenando pra mim.

Sorri de lado. Mó saudade.

Eu: Aê caralhooo... - fui correndo em direção do mesmo. - o pai tá como? Livre porra.

Freitas comemorou comigo, e ficamos igual dois bobos pulando no meio da rua.

Encarei o mesmo e fechei a cara.

Eu: chegou. - fiz careta rindo.

Freitas: bipolar do caralho. - me deu um empurrão devagar. - bailão mais tarde pô, daquele modelo.

Eu: como tá os bagulho? Tudo no esquema? - adentrei no carro.

Freitas: tudo do jeito que tu deixou, irmão. - ele deu partida no carro, e eu concordei.

Observava cada mínimo detalhe. Quase 8 anos pô, dá não.

Suspirei, e agradecendo a Deus mentalmente por ter me dado forças para cumprir tudo aquilo sem surtar.

[..]

Tody: tá porra, não acredito. - disse emocionado. Franzi o cenho. - que saudade de tu, meu brother. - me abraçou de lado e eu dei uns tapinha no peitoral do mermo.

Eu: tá fortinho em, irmão. - ri fraco.

Sabiá: o pai tá de volta, porra. - chegou mandando uns passinho.

Eu: é isso que vocês ficaram fazendo enquanto eu tava fora? - os moleque riram. - viado mermo viu.

Sabiá: engoliu o patati mermo. - fechou a cara e eu neguei.

Freitas: bora lá irmão, vou te mostrar os bagulho todo, pra tu voltar sagaz.

Encarei ele e concordei.

Tinha que ficar a pá dos bagulho do meu morro né. Vou voltar a ativa.

Né porque eu cumpri minha pena, que vou pedir perdão a Deus e entrar na igreja. Nada contra pô, sei que Deus tá me protegendo pra caralho, mas esse é meu futuro.

Adentrei a minha sala, e tava tudo mudado.

Computador, mesa nova, cadeira. Tudo novo.

Até ar condicionado nessa porra tinha.

Eu: porra é essa? - analisei tudo.

Freitas: uns ajustes que eu mandei fazer. - neguei.

Eu: baitolagem mermo viu. Ainda bem que eu voltei nessa porra. - falei sério, acendendo meu cigarro.

[..]

Resolvi tudo e vim direto pra minha casa.

Freitas tinha mandado uma muié vim arrumar tudo.

Tava nos brincos. Gosto assim.

Tomei um banho maneiro, fiz minhas higiene, escovei os dentes e sai com a toalha na cintura.

Me trajei como? Todo gatão pô, sem caô.

Tá aí uma coisa que eu não sou é humilde. Bonito demais, tá maluco.

Coloquei uma corrente de ouro no pescoço, meu Rolex de ouro.

Passei meu perfume de bandido caro e gostoso e desci.

Peguei minha carteira, meu celular e a pistola.

Tody: ae chefe, Freitas mandou vim buscar tu. - olhei pro mesmo debochado.

Eu: e eu preciso de babá desde quando, Tody? Tá maluco? - fechei a cara negando.

Tody: aquele viado do Freitas é um cuzao. - reclamou. Eu ri franco e fui até a cozinha.

Catei uma Heineken, abri a mesma e fui tirar uma fotografia.

Já fui logo postando no meu status do WhatsApp.

Já fui logo postando no meu status do WhatsApp

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Bonito demais pra deixar na galeria, pô. 🐈‍⬛

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Where stories live. Discover now