61

8.3K 420 32
                                    

Ágata.

Chegamos na tal boate, caraca, era tudo muito bem sofisticado.

Coisa de rico mesmo.

Olhei pro Vargas, que tava posturadão, ih..

Ingrid faltava matar Freitas, que loucura.

Freitas cumprimentou o segurança e o mesmo entregou as pulseiras do camarote.

Sabe quando você tá com uma sensação estranha? Eu tava assim. Uma angústia, Deus é mais.

Didi: que cara é essa? - me entregou o copo.

Eu: única e exclusiva minha. - brinquei e ela riu negando. - não tô com uma sensação boa. Deve ser bobeira.

Didi: Deus é mais. - fez sinal da cruz e eu concordei.

Ficamos lá curtindo a vibe.

Os meninos estavam no escritório resolvendo uns b.os.

Logo me deu uma vontade absurda de ir ao banheiro.

Falei com Ingrid e a mesma veio me fazer companhia.

A fila não estava tão grande, então foi ligeiro.

Adentrei ao banheiro, fiz minhas necessidades e sai para enxaguar as mãos.

Do nada.. tipo, do nada mesmo apareceu alguém encapuzado e meteu um bandão em mim, fazendo com que eu caísse no chão.

Com o impacto, não tive nem reação, só sei que comecei a levar várias bicudas.

No rosto, na barriga, nas pernas.

Eu: SOCORRO. - única coisa que saiu da minha boca.

Senti minha visão ficando turva, o gosto de sangue na boca.

Apaguei.

[..]

Acordei com barulhos estranhos.

Abri os olhos avistando um local branco, fechei os olhos novamente. Meu corpo todo doía.

Olhei meu braço e estava com uma agulha, e vários fios em mim.

Que merda.

Suspirei e abri os olhos de novo. Olhei pro lado e vi Vargas de braços cruzados no sofá, olhando pro nada.

Fingi uma tosse, e quando ele me olhou assustado eu abri um sorriso fraco.

Vargas: caraca. - se levantou no pulo. - você tá bem? Nossa, que caralho Ágata... Se eu soubesse que ia rolar esse caô eu nem tinha saído do teu lado. - falou desesperado.

Eu: shiiii. - neguei. - eu tô bem, só com um pouco de dor. - forcei um sorriso. - amor, nenhum de nós saberia que ia acontecer isso. - suspirei.

Vargas: eu tava com tanta saudade.. você ficou 3 dias apagada. - arregalei os olhos. - foi pô, eu fiquei aqui todos os dias. - sorriu pegando minha mão. - a gente precisa conversar.

Eu: sobre o que? - falei meio atarantada.

Med: vejo que a paciente acordou. - apareceu um senhor de jaleco. - podemos conversar? - concordei.

Eu: todo mundo quer conversar hoje. - ri sem jeito, olhando pro Vargas.

Med: o seu caso é delicado. - franzi o cenho. - se você só você, não precisaria ficar internada, mas sua gravidez se tornou de risco. - me engasguei com a saliva, rindo descontroladamente.

Eu: não doutor... nao tem criança não. - neguei, vendo Vargas ficar sério. - quê? - fiz careta. - eu? eu tô grávida? - gaguejei.

O médico concordou, e por um momento, eu não tive uma reação específica.

Era um misto de sentimentos. Arregalei os olhos caindo na real, e comecei a chorar.

Puta que me pariu.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora