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Ágata.

Depois do rolê, Hugo me trouxe em casa.

Agradeci pela noite, e fui andando até a portaria.

Logo vejo seu Mário, sorrio de lado, cumprimentando o mesmo.

Mário: senhorita Ágata? - olhei pra trás. - deixaram isso mais cedo. - apareceu com uma caixa média.

Olhei confusa, mas voltei e peguei.

Eu: não deixaram nome? - perguntei curiosa, e o mesmo negou.

Mário: não deixaram nem eu ver o rosto direito. - falou pensativo.

Eu: obrigada, seu Mário. - sorri. - bom serviço pro senhor.

Ele assentiu e eu fui pro meu apartamento.

Assim que cheguei, coloquei a caixa na mesa e fui pro meu quarto.

Tirei minha sandália, tomei um banho e vesti meu pijama.

[..]

Acordei com muita dor no pé da barriga. Tava fora de base essa dor.

Respirei fundo tentando manter a calma, mas tava impossível.

Peguei meu celular e tinha ligações do Vargas, da Ingrid e do Hugo. Revirei os olhos pra ligação do diabo. Hoje não era um bom dia para se discutir.

Me sentei na cama e senti um líquido quente. Arregalei os olhos e abaixei o olhar.

Eu: meu Deus. - sussurrei, colocando a mão na boca.

Minha vista começou a ficar turva, comecei a soar frio e me tremer.

Minha voz parecia ter sumido, mas eu tava passando mal.

Eu: E-ERIC. - gritei, apavorada.

O local na qual eu tava sentada, tava uma poça de sangue.

Eu: MEU DEUS... - comecei a chorar.

Estava perdendo meus sentidos quando vejo Eric e Ingrid entrando no quarto. Apavorados. E eu apagando.

_

Vargas.

Eu: fala mermo, purpurina. - atendi o celular, enquanto os moleque batia no usuário safado que tava devendo.

Eric: Vargas a gente precisa de você aqui no hospital. - ergui a sobrancelha, me afastando do tumulto.

Eu: qual foi, purpurina? O que rolou? - falei me tocando, e pensando na Ágata.

Eric: Ágata acordou passando mal. Sangrando. Desmaiou e trouxemos no hospital. - respirei fundo.

Eu: porra. - passei a mão no rosto. - tô chegando pô, tô chegando.

Desliguei o celular atordoado. Me distanciei dos mano e fui até meu carro. Nem quis pensar muito, irmão.

Adentrei no mesmo, saindo dali a milhão.

Passava sinal vermelho, tava a mil por hora. Pensando em nada, meu chapa.

[..]

Eu: o que aconteceu, porra? - falei, andando de um lado pro outro.

Eric: eu já falei. - respirou. - ela acordou me gritando.

Eu: mais ela se estressou? Caralho. - coloquei a mão na cabeça.

Eric: não, Vargas. Ela chegou ontem da rua, tomou banho e foi dormir. - encarei aquele viado.

Eu: é uma porra mermo. - neguei. - e o médico já deu alguma resposta? - ele negou. Fiquei calado.

Tava no auge do meu estresse.

Eu odiava tá no hospital. Mais mano, nesse momento, nada passava na minha mente a não serva minha cria.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora