138

4.3K 292 39
                                    

Vargas.

Eu já tava muito puto, irmão.

Tem meses que o circo tá fechando pro meu lado, quando acho que vou ter paz, o capeta vem atormentar meu juízo.

Fui fazer a boa com a dona, e já vem um satanás de saia tentando me tirar da linha, vai veno. Vou ter que meter a porrada.

Ágata só olhava toda a situação, tô ligado que daqui a pouco a bomba sobrava pro meu lado.

Os hormônios dessa mulher tava ultrapassado, qualquer coisinha desconfiava, e agora com essa vagabunda na minha cola, o bagulho era louco.

Se eu tivesse pelo menos no erro, eu nem falava nada, mas porra, eu tô pelo certo pô. Mas sempre sobra pro rabo do malandro.

Eu: bora pô, sai fora daqui antes que eu mande alguém esquentar teu coro. - respirei fundo, passando a mão no rosto. Estressado.

Xxx: eu queria falar contigo. - me olhou e olhou pra Ágata.

Eu: Acho melhor tu parar de atormentar minha mulher. - me levantei indignado. - tô só te palmeando, porra. Qual é a tua mermo? - catei ela pelo braço, arrastando pro meio da rua.

Xxx: para Vargas, eu não fiz nada. - falou assustada, tentando se soltar.

Eu: QUAL É PORRA? NUM TAVA BRECANDO MEU JUÍZO? TU NUM TAVA CHEIA DE MARRA PRA CIMA DA MINHA MULHER? - falei sério, jogando a mesma no asfalto. - SUSTENTA TUAS GRACINHA, CARALHO.

Ágata: não precisa disso. - sussurrou, pegando no meu ombro.

Encarei Ágata que tava com cara de choro. Respirei fundo e catei meu radin.

Eu: aí Tody, da um jeito nessa infeliz que tá na frente da padoca. Se ela sumir, pode caçar no inferno também. - encarei a garota no chão, e neguei.

Quando mais reza, mais o demônio manda secretário pra atormentar.

Tody: pô chefe, eu ia bater um lanchinho agora. - respondeu brabo. - olha a hora que essas catilanga quer arrumar pra cabeça. Porra.

Neguei e nem respondi.

Puxei Ágata pela cintura e olhei pra trás de novo.

Eu: isso é pra qualquer um ou uma que mexer com minha mulher. - falei sério. - na próxima leva balaço nessa porra.

Todo mundo abaixou a cabeça e saiu andando.

[..]

Ágata tava toda pensativa, calada a beça.

Ihhh.

Eu: qual foi? - estacionei o carro na frente da boca.

Ágata: nada não. - respondeu rápido. Ergui a sobrancelha.

Desde a hora da padaria ela não fala mais de cinco palavras formadas. Algo tem, tô até vendo.

Eu: vou ali rapidinho, pode crê? - ela concordou. - quer vim junto? - ela me olhou e negou, sorrindo sem mostrar os dentes.

Pronto, alugou a porra do triplex na minha mente.

Respirei fundo, passando a mão no cavanhaque, mas concordei e fui até a salinha de droga.

Freitas: e aí, boyzao. - bateu devagar no meu ombro.

Eu: boyzao é meu ovo. - falei sério e ele riu. - já resolveu o b.o com essa satanás?

Freitas: Tody deu uns porradão. - disse despreocupado.

Eu: se eu entrar aí, eu pipoco mermo. - passei a mão no rosto, estressado a beça.

Freitas: qual foi? - me olhou curioso.

Eu: esse demônio pô, tô nem sabendo qual o proceder dela. - catei um cigarro de maconha, acendendo o mesmo. - tem é cota, irmão, tá na cola... Parecendo bicho no cio. Já tá querendo sujar pro meu lado. Ágata já tá toda desconfiada. - neguei.

Freitas: e tu tá aprontando é? - ergui a sobrancelha.

Eu: me respeita, porra. - encarei ele. - sou moleque não. Tô com a Ágata ! - Freitas concordou.

Tody: não aguento mais olhar a cara lavada daquela quenga. - saiu da salinha, resmungando. - tô brocado porra.

Eu: da um jeito nela, Freitas. - apontei pro baitola ao meu lado. - quero paz no meu juízo.

Tody: agora posso comer? Eu vou desmaiar aqui, Vargas. - falou nervoso.

Eu: vai, seu merda. - Tody mandou dedo e eu neguei.

Tody.

(Beleza exótica, mas é gente boa, manas) Kkkkkkkkkk

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Où les histoires vivent. Découvrez maintenant