• Capítulo 34: Entre pai e filha •

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13.06

Apenas eu e meu pai estávamos em casa, minha mãe e Dakota aproveitaram a tarde livre pra irem ao cinema assistir um filme de terror cujo nome não lembro. Meu cérebro se recusa a funcionar quando se trata desse tipo de coisa. Nós dois tivemos preferência em passar o restante do dia fazendo atividades caseiras ao invés de ouvir gritos vindo de uma tela gigante em uma sala escura cheia de gente.

Eu estava animada em passar um tempo sozinha com ele, e melhorou ainda mais quando sugeriu que fizéssemos os cookies favoritos de Claire. O cheiro de chocolate branco e o de manteiga derretida inundavam a cozinha, fazendo meu estômago roncar a cada dez minutos. O sol vibrante lá fora invadia o cômodo pelas janelas, banhando tudo com uma luz amarelada. A trilha sonora do dia vinha do laptop do meu pai que tocava The Sundays, uma banda que ele adora e me fez começar a gostar também.

— Tem certeza que está tudo bem deixarmos vocês duas sozinhas durante o próximo fim de semana?

— Pai, não é como se fosse a primeira vez que ficamos sozinhas em casa — respondi, enquanto coletava pedaços das barras de chocolate que ele estava cortando sob a tábua na bancada. — Vocês viajam o tempo todo.

— Eu sei, eu sei — seu tom soava propositalmente dramático e preocupado ao mesmo tempo. — Mas ligamos toda noite para a sua tia, para ter certeza de que estava tudo certo.

Eu não sabia disso, tia Nancy nunca havia comentado sobre ligações diárias com meus pais. E não é como se ela viesse nos checar todos os dias, mas não contei isso para ele. No dia 21 deste mês meus pais completarão vinte anos de casamento. Peter está planejando sair com Claire em uma viagem surpresa para comemorar as bodas de porcelana. Ele passou uma hora me contando os detalhes de tudo. A viagem de carro pelo litoral, a visita ao restaurante favorito de mamãe, as paradas nas suas praias preferidas, os passeios que fez questão de agendar. Ficou tão animado enquanto falava que quase se cortou umas três vezes.

— Três dias não é muito, podem ir de boa.

— Tem certeza que não precisa que eu ligue para Nancy? Ela anda ocupada tentando lidar com Loren, mas posso pedir para que dê uma passada aqui.

Ri baixinho, imaginando o caos que deveria estar a casa dela e me perguntando como seria possível lidar com a Loren.

— Não precisa, vamos ficar bem — disse, notando que mais uma vez ele olhava pra mim ao invés de focar na faca que estava manuseando. — Pai, preste atenção ao que tá fazendo! Vai acabar perdendo seus dedos.

Ele bufou em teimosia, mas voltou a se atentar à faca.
Eu gosto da tia Nancy, ela é legal quando quer e boa para jogar conversa fora, e o café dela é uma delícia, mas admito que gosto mais da ideia de ter a casa toda para mim (e minha irmã). Sem nossa tia procurando assuntos sobre os quais discutir, sem nos entupir de chá por qualquer motivo, sem o cheiro de cigarro velho queimando nossos narizes por horas.

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⏰ Última atualização: Apr 08 ⏰

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