• Capítulo 2: Encontros •

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16.02

Após Elisa ir embora ontem, fiquei cerca de dez minutos na praia tentando assimilar o que ouvi, mesmo nem sendo grande coisa. Só porque ela me acha encantadora não significa que necessariamente tem algo a mais para eu entender. Eu acho.

Assim que cheguei em casa, tomei um bom e longo banho para tirar o cheiro da cidade e o da maresia de meu corpo. Eu e Dakota passamos boa parte da noite assistindo alguns episódios da segunda temporada de Shadowhunters, devorando um pote de sorvete de chocolate e um balde grande de pipoca salgada.

Hoje pela manhã nada estranho aconteceu, a Ninfa não me surpreendeu com rabos de répteis e nem inseto, minha irmã surpreendentemente decidiu fazer o café da manhã e comemos pela primeira vez um prato único, waffles queimados com caramelo. Como amanhã é segunda-feira e é o primeiro dia de aula dela em uma escola nova, decidi relevar e encarar aquela tentativa de preparar algo bom.

Os planos para a tarde eram: Ir ao Brit's, vulgo melhor lanchonete da cidade, comprar o restante do material escolar de Dakota em alguma papelaria, porque simplesmente esquecemos de que cadernos são essenciais, e depois aproveitar o mar mais uma vez. O dia está com o tempo ainda mais ameno do que ontem, imaginei que talvez até desse para tocar a água.

— Acha que se eu usar esse vestido de bolinhas irei parecer infantil demais? — perguntou, enquanto circulava pelo quarto pensando provavelmente em mais uma peça para provar, e já era a quinta vez que ela me questionava sobre suas vestes.

— Não, pequeno girassol, você tem treze anos, não é errado parecer criança, até porque você é uma — respondi, após checar se minha melhor amiga tinha dado sinal de vida em alguma rede social. — Está ótima com esse.

— Você é adolescente e às vezes se veste como uma mulher de cinquenta anos. Qual a sua lógica então?

Certo, assumo que sua resposta possa ter quebrado um pouco o meu frágil coração.

— Pelas deusas, não precisa me humilhar também — Minha voz soou um pouco grosseira e rígida nesse momento, fazendo com que Dakota risse com a minha reação impulsiva. — Vista o que você quiser — falei, revirando os olhos levemente e depois olhando-a com uma expressão de quem estava prestes a ter um surto.

A sinceridade dela alcança níveis que nem eu sou mais capaz de atingir ou controlar, e tudo isso devido ao seu longo convívio com nosso pai. Ela costumava passar bastante tempo com ele, e eu, com Claire. Nós quatro sempre fomos bem apegados uns aos outros, principalmente quando éramos mais novas.

Em menos de cinco minutos fiquei pronta, e após Dakota trocar de vestido novamente, aceitando ir com um verde claro com alcinhas, finalmente saímos de casa. O início do trajeto foi nem um pouco entediante, minha irmã, que estava no banco traseiro atrás do meu, cantarolou quase todas as músicas do primeiro álbum de One Direction. As ruas estavam quase vazias, com algumas concentrações apenas no parque central da cidade.

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