(Não Revisado)
Por Clarissa
Em branco.
Era exatamente assim que a minha mente está.
Acordar em quarto em branco com uma enorme parede de vidro na sua frente e com diversos aparelhos ao seu redor com dores pelo corpo todo e para piorar eu estava completamente perdida, sem entender nada daquilo, aliás, qual era o meu nome mesmo?
Só depois de um tempo e uma grande explicação eu fui começar a entender tudo aquilo.Eu me chamava Clarissa, tinha dezoito anos e já era até noiva.
O choque que vi meus pais tomar quando eu fiz a mesma pergunta da qual fiz Caio se desesperar foi uma coisa péssima. Eu tinha que me lembrar, lembrar de alguma coisa, eu precisava.
No sábado de manhã acordei com a sensação de estar sendo observada.
Passei a mão no rosto de leve e abri os olhos lentamente, me deparei com os olhos azuis de Caio me encarando.
– Bom dia – ele disse sorrindo.
– Bom dia, faz muito tempo que você está aqui? – perguntei tentando me ajeitar naquela cama.
– Não tanto, acho que uns vinte minutos.
– Ah, pode me ajudar com a cama?
– Com certeza.
Eu podia muito bem apertar o botão ao lado dela, mas meus braços ainda doíam.
– Obrigado – agradeci – minha mãe está ai?
– Sim, ela foi tomar café.
– Hum – entortei o lábio.
Eu precisava ir ao banheiro, só que para isso precisava de ajuda. Merda.
– Por quê? Algum problema?
– Não, nada.
– Pode dizer Clari, não tenha vergonha de mim.
– É que eu preciso ir ao banheiro, mas não consigo ir sozinha.
– Eu posso te ajudar.
– Não, não precisa eu espero minha mãe ou alguma enfermeira.
Vi ele soltar um suspiro longo e passar a mão no rosto. Ele parecia frustrado.
– Me deixa te ajudar, por favor, Clarissa – me encarou.
– Ta bom.
Caio veio em minha direção, tirei o lençol que me cobria no mesmo instante que seus olhos focaram nas minhas pernas com manchas avermelhadas e roxas ele parecia ter travado.
– Doem? – perguntou sem me encarar.
– Sim, mas sei que vai passar – sorri fraco.
– Maldita – murmurou.
– Quem? – o encarei sem entender.
– Deixa quieto – me olhou – vamos vou te ajudar, qualquer coisa grita.
Eu tive que rir com aquilo ele fez o mesmo.
– Pode deixar – assenti.
Sentei-me na cama e antes de pensar em me levantar Caio me pegou como se eu fosse uma criança, fiquei surpresa com aquilo. Na verdade eu esperava me apoiar nele nada mais que isso.
– Bem mais fácil – piscou – só vou te pedir para abrir a porta tudo bem?
– Sem problemas.
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A Filha da Empregada 2 - FINALIZADA
Romance"SEGUNDO LIVRO DA SÉRIE AFDE" "Quando é amor? Ah, a gente tolera, perdoa, muda, espera e suporta até o insuportável só não desiste." Caio e Clarissa se conheceram por terem amigos em comum e assim tudo surgiu, foram tantas brigas que era de se duvid...