Capítulo 08

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(Não Revisado)

Por Clarissa

Em branco.

Era exatamente assim que a minha mente está.

Acordar em quarto em branco com uma enorme parede de vidro na sua frente e com diversos aparelhos ao seu redor com dores pelo corpo todo e para piorar eu estava completamente perdida, sem entender nada daquilo, aliás, qual era o meu nome mesmo?

Só depois de um tempo e uma grande explicação eu fui começar a entender tudo aquilo.Eu me chamava Clarissa, tinha dezoito anos e já era até noiva.

O choque que vi meus pais tomar quando eu fiz a mesma pergunta da qual fiz Caio se desesperar foi uma coisa péssima. Eu tinha que me lembrar, lembrar de alguma coisa, eu precisava.

No sábado de manhã acordei com a sensação de estar sendo observada.

Passei a mão no rosto de leve e abri os olhos lentamente, me deparei com os olhos azuis de Caio me encarando.

– Bom dia – ele disse sorrindo.

– Bom dia, faz muito tempo que você está aqui? – perguntei tentando me ajeitar naquela cama.

– Não tanto, acho que uns vinte minutos.

– Ah, pode me ajudar com a cama?

– Com certeza.

Eu podia muito bem apertar o botão ao lado dela, mas meus braços ainda doíam.

– Obrigado – agradeci – minha mãe está ai?

– Sim, ela foi tomar café.

– Hum – entortei o lábio.

Eu precisava ir ao banheiro, só que para isso precisava de ajuda. Merda.

– Por quê? Algum problema?

– Não, nada.

– Pode dizer Clari, não tenha vergonha de mim.

– É que eu preciso ir ao banheiro, mas não consigo ir sozinha.

– Eu posso te ajudar.

– Não, não precisa eu espero minha mãe ou alguma enfermeira.

Vi ele soltar um suspiro longo e passar a mão no rosto. Ele parecia frustrado.

– Me deixa te ajudar, por favor, Clarissa – me encarou.

– Ta bom.

Caio veio em minha direção, tirei o lençol que me cobria no mesmo instante que seus olhos focaram nas minhas pernas com manchas avermelhadas e roxas ele parecia ter travado.

– Doem? – perguntou sem me encarar.

– Sim, mas sei que vai passar – sorri fraco.

– Maldita – murmurou.

– Quem? – o encarei sem entender.

– Deixa quieto – me olhou – vamos vou te ajudar, qualquer coisa grita.

Eu tive que rir com aquilo ele fez o mesmo.

– Pode deixar – assenti.

Sentei-me na cama e antes de pensar em me levantar Caio me pegou como se eu fosse uma criança, fiquei surpresa com aquilo. Na verdade eu esperava me apoiar nele nada mais que isso.

– Bem mais fácil – piscou – só vou te pedir para abrir a porta tudo bem?

– Sem problemas.

A Filha da Empregada 2 - FINALIZADAWhere stories live. Discover now