Capítulo 25

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(Não Revisado)

Por Caio

Há quatro dias atrás (Segunda-feira)

Estava na minha sala resolvendo alguns documentos que Saulo havia dito que não sabia como resolver algumas questões, e como eu era um pouco mais esperto que ele podia resolver, vai entender.

Minha atenção foi voltada a porta depois de uma batida dei permissão e Elisa a recepcionista do andar que eu trabalhava entrou. Ela era uma senhora já, muito inteligente e eficiente.

– Oi Elisa – sorri.

– Desculpe interromper seu trabalho senhor Sherman, mas tem uma mulher que insiste em falar com o senhor na recepção.

– Mulher? – ergui a sobrancelha.

Eram 15h, Clarissa estava no ateliê naquele momento, pelo menos eu achava.

– Sim, se chama Rebeca, trabalha aqui no prédio como secretária do seu pai.

Soltei um suspiro e passei a mão no rosto. Aquela mulher não desistia.

– Tudo bem, a deixe entrar.

– Sim senhor, com licença – disse ao fechar a porta.

Deixei os documentos no mesmo lugar apenas fitei o quadro ao lado do monitor que era a foto de Clarissa toda sorridente. Se ela soubesse que deixei Rebeca entrar na minha sala, mataria ela e depois á mim. Mas eu precisava saber o que tanto aquela mulher queria.

A porta se abriu devagar e a ruiva surgiu totalmente trajada no social e com sua bolsa jogada no ombro, caminhou elegantemente até uma das cadeiras á minha frente.

– Olá Caio – sorriu.

– Por favor, Rebeca, seja breve. O que você quer? Será que você não entende o que essa aliança representa? – ergui minha mão esquerda deixando visível a aliança de casado.

– Eu sei você é casado com a Clarissa Fortunato. Só queria te perguntar uma coisa.

– Pergunte e rápido, tenho muitas coisas para resolver. Aliás, você não devia estar trabalhando?

– O senhor Sherman me dispensou mais cedo.

– Hum.

– Caio você não se lembra de mim? Digo de um bom tempo atrás, desde o momento que nos trombamos em frente à sala de conferencias eu te reconheci na hora.

A encarei sem entender nada. Como assim se lembrar dela? Antes daquele dia nunca havia visto aquela mulher, pelo menos eu não lembrava.

– Não estou te entendendo.

Ela soltou um riso abafado negando com a cabeça.

– Talvez você não me reconheça pelos trajes de trabalho.

– Estou ficando sem paciência, diga logo – eu apertava a beira da mesa um pouco com medo do que poderia vir.

– Casa do seu amigo Tomás, pista de dança e uma foda em que você não me disse nem o seu nome.

Meus olhos se arregalaram de uma maneira que eu pensei que iam saltar do meu rosto, um calafrio percorreu todo meu corpo e depois de encará-la mais uma vez fitei o chão através da mesa de vidro. A ruiva que eu usei para tentar manter Clarissa longe da minha mente.

– Eu sei, também fiquei surpresa em te reencontrar um ano depois – ela continuou – você tem noção do quanto eu me senti usada naquela noite? Você me tratou como se eu fosse uma puta qualquer e no final não me disse nem o seu nome.

A Filha da Empregada 2 - FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora