Capítulo 35

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(Não Revisado)

O pessoal não protestou muito quando pedi para que fôssemos embora.

Despedi-me dos tios de Tomás que eram pessoas incríveis e acenei um simples tchau para Pierre, esperaria voltar antes de irmos embora para São Paulo para que eu possa me despedir dos gêmeos.

Quando chegamos a casa entramos todos em silêncio, cada um para o seu quarto descansar um pouco. Deitei-me na cama pegando meu celular para enviar uma mensagem para minha mãe, Caio não havia dito nada o percurso todo, o clima havia ficado pesado. Ele precisava se conter um pouco, aliás, Pierre nem havia me tocado.

— Vai continuar de cara feia? – ele perguntou enquanto encarava o teto.

— Não estou de cara feia – respondi.

— Mas parece.

— Precisa aquilo tudo Caio? Ele nem me tocou.

— Clarissa eu sou homem e sei o que se passava na cabeça dele naquele momento.

— Você lê mentes agora? – me sentei na cama o encarando.

— Não, eu apenas sei.

— OK, mas você se esqueceu que estávamos na casa dos pais dele e você iria bater nele.

— Depois eu me desculpava com a Sandra e o Jean – deu de ombros.

— Você realmente está enlouquecendo.

Caio se sentou na cama de frente para mim me encarando completamente sério.

— Você diz isso como se não fosse tão possessiva quanto eu.

— Não estou tirando o meu da reta Caio, sei exatamente como sou. Só acho que dessa vez você exagerou, eu já ia voltar para onde todos estavam.

— Foda-se! Eu conheço Pierre á anos e ele não é o anjo que aparenta ser.

— Eu não disse que ele é um anjo – revirei os olhos.

— Não revire os olhos para mim Fortunato, isso me irrita.

— Você deve estar na TPM não é possível – me levantei – vou dar uma volta, tchau.

Sai do quarto fechando a porta atrás de mim.

Resolvi ir caminhar por toda aquela imensidão já que a casa estava em um tremendo silêncio, aquilo era muito lindo e calmo, para mim só serviria mesmo para passar um feriado ou final de semana ao contrario eu ficaria louca. Já era acostumada com a loucura da cidade grande, prédios, casas e muito trânsito e até mesmo aquela poluição horrível já fazia parte da minha vida.

Sentei-me no balanço olhando para o verde predominante á minha frente, sorri sentindo a brisa daquela tarde quente.

— Oi.

Olhei para o lado onde Jasmine se sentava no balanço, sorri.

— Pensei que tinha ido dormir – comentei.

— Tentei, mas não consegui então resolvi vir dar uma volta e acho que não sou a única – sorriu.

— Pois é – suspirei passando a mão na minha saia – rolou um estresse entre eu e o seu irmão.

— Entendi.

— Você também é assim? Digo ciumenta demais quando está em algum relacionamento.

— Sou sim, acho que é de família – fez uma careta – mas Clari o fato é que Caio nunca se apaixonou antes e quando isso aconteceu foi logo pela pessoa mais geniosa do mundo – rimos – cheguei á somente um ano na vida dele e já o entendo completamente, às vezes Caio se sente ameaçado e pensa em mil e uma besteiras como você desistir dele e seguir sua vida com outro, acho que ele não agüentaria. Aquela separação conturbada de vocês no ano passado o deixou com mais duvidas ainda se vocês podiam seguir com alguma coisa sabe? O casamento pra ele foi como uma prova e um calmante de que vocês estariam juntos, mas nada é para sempre não é? – me encarou, eu apenas assenti.

A Filha da Empregada 2 - FINALIZADAWhere stories live. Discover now