Capítulo 3-Foco, força e fé

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-Mais um dia de aula! Amém, pelo menos estou tendo uma oportunidade de estudar em um colégio bom.
Minha família era de classe média. Não vivíamos no luxo,mas o que meus pais ganhavam sempre deu pra sustentar a família, que era composta pelos meus pais e eu. Só que há um tempo atrás minha avó tinha sido diagnosticada com câncer no figado (culpa da bebida alcoólica), e ele estava ajudando nas despesas do tratamento.

Então tivemos que diminuir o orçamento da família. Com isso, meus pais não tinham condições de pagar um bom colégio pra mim. Mas Deus é tão bom, que uma tia minha resolveu financiar meus estudos. Tia Amélia, considerava ela como avó. Já que a minha avó materna morreu ao ganhar minha mãe, ela que passou a cuidar da irmã. Então graças à Deus e à tia Amélia consegui estudar no melhor colégio da cidade.

Pra quem tinha um sonho desde pequena, que nem eu, precisava me preparar bem. Pois o curso que eu queria era muito concorrido. MEDICINA! Sempre fui apaixonada por essa profissão. Meu sonho era ajudar essas pessoas carentes. Essas que ninguém dá valor. Muitos me desacreditaram, dizendo que só filho de rico conseguia virar médico. E outros falavam que todos que viravam médicos começam a dar valor só ao dinheiro e acabam esquecendo das boas ações. Eu e Deus sabia que meu desejo era mais forte que qualquer opinião! Um ponto positivo meu era FOCO.

Já havia aproximadamente duas semanas que as aulas tinham começado. E o único amigo que arranjei foi um gatinho que aparecia sempre no recreio, perto da biblioteca. Eu tinha vencido o medo de comprar lanche, na cantina. Era uma grande evolução da minha timidez, já que pra ir à cantina tinha que enfrentar o "corredor de meninos". Comprava algo pra comer (sempre bobeiras, porque precisava ganhar uns quilinhos, talvez uns "quilões") e ia direto ver o gatinho.
Certo dia resolvi ver o que havia de interessante na biblioteca. Abri a porta de vidro e de repente todos fitaram os olhos em mim "Pronto! Estragaram meu plano de me manter invisível. Graças a essa porta barulhenta. Não queria que me notassem."
"Vença os medos, Gabriela! Vença os medos!" - sempre dizia isso pra mim mesma, pra ver se me ajudava cumprir a promessa de enfrentar minha timidez.
Respirei fundo e andei em direção à sessão de livros de biologia. Mas fui interrompida -Ei, moça! Antes de pegar algum livro precisa fazer seu cadastro aqui. -disse o bibliotecário, melhor...gritou.


Jornada de uma adolescente cristãWhere stories live. Discover now