Capítulo 4- Ajuda ou interesse?

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Sim, mais uma vez virei o alvo das atenções, na biblioteca! O rapaz bem que podia esperar eu primeiro pegar o livro pra depois fazer o cadastro. Aquela atitude foi meio desnecessária! Enfim, fui até o balcão preencher os dados. Enquanto ele fazia as perguntas reparei que usava uniforme do colégio. "Parece ser do segundo ano, até que é bonitinho ( Pra falar a verdade era muito bonito). Mas o que ele fazia trabalhando na biblioteca?"
-Nome?
-Gabriela
-Data de nascimento?
- 12 de janeiro de 1996
-Série?

- Primeiro ano

-Humm então você é adiantada um ano. Legal! Parece ser muito inteligente

"Eu, inteligente? me considero mais como esforçada, mas gostei desse elogio. 

Voltando ao "interrogatório":

-Número de matrícula?

-1020108765

-Número celular?

-Sério mesmo que você precisa do meu celular pra fazer esse cadastro?

-Bom, pra fazer a ficha não. Mas se quiser me dar seu número eu aceito.

"Será que eu ouvi certo? Ele pediu meu número! Meu Deus, devo estar parecendo um pimentão!Já que sou branquinha é fácil saber quando estou com vergonha."

- éééé...nove, seis, ci-i...Peraí você pediu meu número mesmo?
- Relaxa!-ele falou em tom calmo - Pedi seu celular pra te colocar em um grupo de estudos no whatsapp. Acho que vai gostar.
-Ah ta. Então pode anotar... 96548752.
Bateu o sinal. Quando cheguei em casa me dei conta que nem perguntei o nome do menino, muito menos me despedi. "Deve pensando que sou mal educada! Como pude esquecer disso? Mas também eu tava com tanta vergonha que nem consegui agir direito. Não tinha me preparado pra quando um menino pedisse meu telefone."

"Não estou acreditando que finalmente conversei com alguém que não fosse um gato ou a tia da cantina!"

Fiquei o dia todo com o celular esperando alguma mensagem chegar. Almocei com o celular. Dormi com o celular . Estudei com o celular . Até que minha mãe perguntou se estava acontecendo alguma coisa comigo. "Bom, na verdade estava acontecendo. Não sei bem o que era, mas meu coração estava muito acelerado. Deve ser a ansiedade! Eu sei que o menino quis só me ajudar ao pedir meu numero, mas.. Poxa! Ele era um menino! UM MENINO. "

Já era quase onze da noite quando me convenci que o rapaz deve ter tido uma má impressão e desistiu de falar comigo, no whatsapp. Fui fazer meu devocional bíblico e orar. Terminando, chequei o celular mais uma vez , mas nada de mensagem dele. Então fui dormir.

TRIMMM, TRIMMM, TRIMMM

"Quem será quase três horas da madrugada?... Alô!...Oi tio Otávio...O que?! Meu Deus! Vou correndo contar pro meu pai...Agorinha a gente chega aí."


Jornada de uma adolescente cristãKde žijí příběhy. Začni objevovat