Capítulo 9- Bullying

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Capítulo novo!!! Meninas, confesso que o assunto tratado nesse capítulo mecheu comigo. Nunca sofri bullying, mas ouvi algumas palavras que acabaram me ferindo. A biblia fala que não pode sair de uma mesma boca bênção e maldição! Devemos tomar cuidado com o que dizemos, pois cada palavra lançada tem fortes efeitos.
Agora me falem se vocês sofreram bullying no colégio ou em qualquer lugar. Quero interagir com vocês :D
AHH E TEM UMA MUSIQUINHA PRA VCS PRINCESAS *-* A TRADUÇÃO VAI ESTAR NO FINAL DO CAPÍTULO. Boa leitura!!!
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-Sem celular por duas semanas!!!! -esbravejou Seu Fernando, como castigo por eu nunca atender o celular.

-Mas pai, eu esqueci ele no silencioso. Prometo que nunca mais vou fazer isso. Duas semanas é muito tempo! -choraminguei pra ver se amenizava a minha situação.

Foram horas de lamentações pra que meu pai entendesse meu lado. Pensa comigo, é falta de educação um celular tocar na hora do culto. Imagina se na hora da pregação meu celular tocasse?? Cavaria um buraco ali mesmo pra me esconder, melhor... fingiria que não era o meu celular e deixaria tocar sem parar. Procuro não ser notada nos lugares que vou e isso seria o estopim da minha timidez. Fiz bem em deixar o celular no silencioso, mas meu pai não entende.

Depois de receber a minha sentença que foi injusta, por ter como promotora minha mãe e nenhum advogado pra me defender, fui pro quarto pensar na vida.

Não sou aquelas viciadas em celular, que passa o dia inteiro nas redes sociais, vendo o que os outros fazem, comem ou pra onde vão. Mas o celular era muito importante pra mim naquele momento. Eu tinha em meus planos utilizá - lo pra conversar com meu novo amigo. Porque não tenho muito tempo pra falar com ele no colégio, já que no recreio nossas conversas são limitadas por ele estar na biblioteca ( que ainda não sei o motivo dele ficar lá todo intervalo). E além do mais, por meio do celular consigo esconder minha timidez. Sei que já era pra eu ter deixado a vergonha lado, no entanto às vezes não consigo. A baixa autoestima vem e me faz lembrar das inúmeras vezes que fui ofendida, por não ser igual às outras meninas.

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No caminho pro colégio meu pai ainda tentou explicar porque eu merecia o castigo. Embora ele estivesse certo ao falar que nunca atendo as ligações, então não precisava de celular, eu merecia uma segunda chance. Não é assim que todos os pais provam seu amor?

Desci do carro e dei um beijo no seu Fernando, mesmo chateada. Não conseguia ficar com raiva ou parar de conversar com meus pais. Imagino o peso de educar um filho. Tento entender que não é fácil e que um dia vou passar pelo que eles passam.

No caminho até minha sala não encontrei Pedro. Na verdade nem procurei por ele, pois sempre ando sem olhar para os lados devido o medo de encontrar alguém me observando. Mas se ele estivesse no colégio já teria me chamado, como fez ontem no "corredor de meninos".

Chegando à sala me deparo com o dito cujo na porta me esperando.

-Gabiii! Ainda bem que acertei onde é sua sala.

-Você é muito bom de memória em - disse meio surpresa por encontrá-lo

-Um pouco -deu um sorriso meio sem graça -Mas eu vim aqui pra te pedir desculpas por ontem. Convidei você pra ir a minha igreja e nem te fiz companhia.

-Ah, não tem problema. Você estava ocupado, eu entendo. Além do mais as meninas me fizeram companhia. -falei tentando convencer a ele que era normal, mas no fundo eu fiquei indignada por ter ficado praticamente sozinha, enquanto ele conversava com as amigas.

Jornada de uma adolescente cristãWhere stories live. Discover now