Capítulo 15- Resolvendo problemas

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Oiiii pessoalzito ;) Depois da minha mini férias postei mais um capítulo. Desculpe a demora.
Não se esqueçam das estrelinhas e comentários. Boa leitura florzinhas :*
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Passaram-se dois meses depois da discussão de Pedro com Diego e o clima não estava nada bom. Pedro realmente foi conversar o pai de Diego e contou tudo o que o amigo fazia escondido. Resultado disso foi o afastamento total entre eles.

Eram três horas da tarde e eu estava na biblioteca da escola estudando, quando de repente recebo uma mensagem no celular. Olhei e vi que era do "anônimo". Eu havia pensado que ele tinha desistido de me perturbar, mas estava enganada.

<Whatsapp on>

XXX-XXX: Confesso...não consigo ficar sem falar com vc! Eu sei que é uma loucura conversar com um estranho, mas garanto que não estou com segundas intenções. Só te achei interessante, pois pelo que percebi vc é igual a mim... tímida

Eu: Se vc pelo menos se identificasse eu conversaria

XXX-XXX: Não posso :( Tenho medo de vc não gostar de mim depois de saber quem sou. Me dá uma chance? :'(

Eu: Hum...tá bom

XXX-XXX: Obrigado ;)

<Whatsapp off>

Não sabia se eu estava agindo certo, mas alguma coisa me dizia pra dar uma chance pra essa pessoa. Sabia o tanto que era perigoso conversar com estranhos virtualmente, no entanto queria descobrir quem era esse ser que estava me observando.
Quando ia guardar o celular, Pedro me manda uma mensagem falando que estava nos banquinhos perto da cantina e queria conversar comigo. Pelo jeito ninguém me deixaria estudar.
Fui até ele e vi que estava com o semblante abatido.
- Aconteceu alguma coisa, Pedro?-disse sentando - me ao seu lado, mas com uma distância considerável, pois ainda não tinha me acostumado a ficar muito perto de algum menino.
-Você não vai acreditar no que eu vi, Gabi! -falou em um tom aflito.
-É sobre o Diego?
-Sim!Hoje na hora do almoço fui pedir desculpas a ele por ter brigado na sorveteria e...
-Ahhh então você admitiu que estava errado ao não acreditar no arrependimento dele?
-Pois é, reconheci que não podia desacreditar nele. Por isso fui conversar. Mas eu também estava disposto a ajudar Diego a mudar de vida, porque não suporto ver um amigo meu caminhando em direção errada.
-Fez certo! Mas o que aconteceu que te deixou triste?
-É que quando fui falar com Diego percebi algo estranho nele. Estava com os olhos vermelhos e alterado. Aí quando fui perguntar se estava tudo bem, ele me empurrou e falou que não precisava de ajuda minha. E bem na hora ele entrou no carro de um rapaz com um cigarro na boca, que só tinha mulheres quase semi-nuas no banco traseiro. Eu fiquei muito triste porque o pai dele já havia me avisado que o Diego estava totalmente desviado. Não queria saber mais de ir na igreja. - falou Pedro quase chorando.
Coloquei uma mão no ombro dele e disse:
-Pedro, você já fez sua parte. Agora deixa Deus tratar ele da sua maneira. Diego escolheu ir por caminhos errados e a única coisa que podemos fazer nesse momento é orar.
Pedro colocou a mão no rosto e abaixou a cabeça. Dava pra ver que ele estava desesperado pelo amigo. Então fizemos um propósito de orar durante um mês pela vida do Diego.
Senti de dar um abraço em Pedro. Lembro que toda vez que eu chegava da escola chorando, por causa das chacotas que meus colegas faziam de mim, minha mãe me dava um abraço e me enchia de beijos. Aquilo me reconfortava e me fazia lembrar que ainda tinham pessoas que me amavam. Então resolvi romper a barreira que tinha criado por vergonha e dei um abraço nele. Pensei que eu iria começar a gelar por estar tão perto de um menino, mas aquilo era diferente. Era como se fosse um abraço de irmãos, ou melhores amigos. Pedro tinha se tornado, além dos meus pais, meu confidente. Não nos conhecíamos a muito tempo, mas a confiança que tínhamos um no outro nos fez aproximarmos rapidamente.
-Pedro, tenho uma coisa pra te contar também. Sabe aquele anônimo das mensagens?
-Sei sim. Ele voltou a te perturbar?
-Pois é, voltou. Mas resolvi dar uma chance. Parece que ele é igual a mim, tímida. Bom, melhorei demais a timidez, e quero ajudar essa pessoa.
Pedro me olhou com cara assustada e disse:
-Gabriela! Não acredito que você vai conversar com aquele cara. Nem conhece ele direito. Como vai garantir que ele vai falar a verdade pra você?
-Ai Pedro! Eu não vou contar toda a minha vida pra um estranho não. Só vou conversar, nada mais.- falei indignada por Pedro achar que irei cair em qualquer conversinha.
-Mesmo as suas intenções sendo boas, é melhor vigiar. Não quero que algo de ruim aconteça com você.
-Prometo que vou me cuidar pai!- disse brincando.
-Prefiro que se cuide não conversando com ele. Hoje em dia a maioria dos garotos só querem aproveitar de vocês, meninas.
-Mas não tem perigo, pois não irei me encontrar com ele.
-Hum, você que sabe. Já dei minha opinião. -disse sério.
-Que bom que sabe que sei de tudo - falei dando um empurrão no ombro dele, pra melhorar o clima.
-Senhorita sabichona!- falou fazendo reverência a mim.
Depois de conversarmos mais um pouco voltei a biblioteca para estudar. Mas ao sentar recebo outra mensagem no whatsapp. Já estava definido que eu não ia conseguir estudar.
Era uma mensagem do anônimo

Jornada de uma adolescente cristãWhere stories live. Discover now