Dr. Alan olhava no relógio de pulso as horas enquanto dirigia. Tirava rapidamente os olhos da pista e voltava-os para as mãos sobre o volante. Faltavam poucos minutos para as sete horas, mas não estava preocupado. Conseguiria percorrer o caminho, ainda necessário, para chegar a tempo na casa de Sarah.
Fez a última curva e finalmente estava na rua da casa onde visitaria a criança de nove anos. Mantinha os olhos à esquerda. Parou, então, em frente a garagem. Pegou sua mala no banco de trás e foi em direção a porta. Bateu duas vezes e sem demora, esta fora aberta.
Sarah tinha uma expressão de alívio ao ver o psicólogo a frente dela. Ambos sorriram, se cumprimentando.
- Dr. Alan! Que bom vê-lo! - Sarah o abraçou calorosamente.
O médico retribuiu.
- O prazer é meu, Srta. Forgent. - se soltaram.
- Por favor entre. Tenho que lhe explicar algumas coisas antes de conversar com Kat. - deu espaço, saindo de frente da porta. Logo em seguida os dois estavam sentados no sofá.
- Então, senhorita, por que me ligou ontem em um completo desespero? - Dr. Alan deixara sua mala ao seu lado no sofá e tinha total atenção voltada para a mãe de sua paciente.
- Estou com muito medo. - mordeu o lábio e respirou fundo.
- Diga-me, então, o porquê. As crises de esquizofrenia voltaram? Anda vendo coisas de mais?
- Não. Digamos que o passado voltou... - focou os olhos no do homem ao seu lado.
Dr. Alan se ajeitou no sofá. Demonstrava estar completamente intrigado.
- Passado? Seria...
- Sim, doutor. Exatamente isso. Você se lembra da história da garota, não é? A história que te contei. - Sarah o interrompeu rapidamente.
- Lembro-me bem... Ela... Voltou? - perguntou hesitante, cerrando os olhos em seguida com medo de ter feito a pergunta na hora errada.
Sarah concordou com um balançar curto de cabeça.
- E Kat...
- Sim. Kat agora também brinca com ela. - engoliu em seco.
O psicólogo não respondeu. Ficou com os olhos estatelados, absorvendo as informações que lhe foram arremessadas.
Se essa garota é da maneira que Sarah me contara... Kat está em perigo!
- Sarah! - o médico a chamou após um minuto refletindo sobre.
A mulher virou o rosto para ele.
- Posso falar com a pequenina agora? - perguntou pegando sua mala.
- Vou chamá-la. - Sarah se levantou e antes que pudesse se retirar para chamar a filha, o psicólogo a interrompeu.
- Não! - fez uma curta pausa enquanto a atenção dela voltava a ele. - Se me permite, posso ir ao quarto dela? Será melhor conversarmos lá.
- Claro! Por favor, me siga.
Sarah parou em frente a porta do quarto, onde sua filha brincava e conversava com seus brinquedos à mesa do chá.
- Filha! Temos visita.
Os olhos de Kat pularam imediatamente para a porta com uma animação, porém logo sumiu ao ver a face do médico que tanto conversara com ela. Trocaram curtos olhares sem falar nada.
- Não vai cumprimentá-lo, querida? - Sarah reforçou.
- Oi Kat! Como você cresceu. - puxou assunto enquanto entrava no quarto.
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Vamos Brincar, Kat?
Horror- Filha... Com quem você está falando? - Com o Teddy, mamãe. Um tilintar de xícaras ecoa no quarto. - E sobre o que vocês estão falando? - Sobre a garota no final do corredor. Acho que ela quer brincar de comidinha co...