Vamos Brincar, Kat?

Capítulo 25

Os passos de Sarah ecoavam rápidos e firmes em direção ao quarto da filha. Um grito agudo viera até seus ouvidos esbarrando em seu sonho. Acordou assustada com o desespero de Kat.

- Filha? - perguntou ao aparecer através da porta.

- Mamãe! - Kat soltou a palavra juntamente ao ar preso em seu pulmão. Sua coluna curvou-se para a frente e se jogou ao chão descalço. Correu com os braços abertos e agarrou as pernas de Sarah.

- O que foi, querida? Outro pesadelo? - passava os dedos entre os fios do cabelo de sua filha. Engoliu em seco enquanto examinava o quarto escuro a seu redor. Nenhum sinal de outra presença.

- Sim... - a agonia presente em sua voz era marcante. Seus braços ao redor de sua mãe não se soltariam facilmente. Era a única segurança que poderia ter naquele momento.

- Quer dormir com a mamãe? - Sarah perguntou ao se agachar ficando face a face com Kat.

A garotinha não respondeu com palavras. Balançou lentamente a cabeça com os olhos fechados. Era refletido no rosto uma lágrima solitária sobre a bochecha rosada. Sarah passou o dedo sobre essa secando-a.

- Shh... Ta tudo bem, querida. Foi só um pesadelo. - Kat abriu os olhos lentamente e piscou duas vezes demonstrando seu cansaço. - Vamos deitar, meu amor. - Sarah se levantou e pegou a filha no colo. Chegou à cama e pegou o travesseiro sobre essa. Olhou pela janela lateral e mesmo assim pôde ver parado na rua a ponta de um carro.

Não costumam ficar carros aqui na rua... Muito menos a essa hora da noite...

Estranhou até o pequeno fato do carro parado. Tudo estava tão confuso ultimamente que nada parecia estar em seu devido lugar. Tudo parecia se interligar ao demônio da Mel. Fechou o olho e esticou o pescoço. Suspirou, afastando os fatos de sua mente.

Esticou com uma das mãos o cobertor sobre a cama e voltou para seu quarto. Kat não aguentou esperar as pequenas ações de Sarah. Adormeceu sobre o ombro da mãe. Sarah colocou a filha bem deitada ao seu lado na cama. Pareceu querer acordar.

- An? - emitiu um curto som e voltou a dormir.

- Pode dormir, querida. Shh... - passou dois dedos sobre seus olhos cerrando-os ainda mais. Beijou o rosto da filha e antes mesmo que pudesse se deitar o toque do celular chamou sua atenção.

Berrava e berrava sobre a escrivaninha. Sarah pegou-o mais rápido possível para não acordar Kat.

- Alô! - falou imediatamente ao colocá-lo no ouvido.

- Mamãe? - a garotinha se remexeu na cama. Levantou a cabeça e olhou confusa para o telefone na mão de Sarah. - Quem é? - perguntou ainda sonolenta.

- Shh... Ninguém. Dorme, meu amor. - tampou a entrada de som do celular. Esperou um pouco para que Kat voltasse a dormir e deu a devida atenção para o outro lado do telefone.

Sarah? Sarah?

Uma voz familiar chamava-a insistentemente.

- Jerome? - perguntou meio confusa e com o coração se pondo a acelerar.

Exato! Sarah, está tudo bem com Kat?

Perguntou de supetão.

A mulher hesitou.

- Como?

Kat está bem?

Jerome reforçou e em seguida Sarah percebeu que pensara em voz alta.

- Está dormindo muito bem, obrigada. - não queria usar do sarcasmo, porém esse veio de inesperado. Mordeu o lábio inferior. - Por quê?

Temos uma viatura fazendo ronda pela cidade e disse ter ouvido gritos vindo do endereço que apontava diretamente da sua casa.

Jerome respondeu sem pensar.

- Fazendo ronda? - Sarah riu tentando despistar sua revolta.

Exato, Sarah!

Fez uma curta pausa. -

Está tudo bem com Kat, você tem certeza, não é?

- Absoluta... - Sarah riu novamente. Mandou uma rápida olhada pra sua filha na cama dormindo graciosamente como se nada tivesse acontecido. - Mas só estou achando uma coisa engraçada.

O quê?

- É estranho e irônico ao mesmo tempo. Uma ronda bem na minha rua, ouvindo gritos vindo diretamente da minha casa. - saiu do quarto chegando ao corredor. - Jerome...

Sim?

- Vocês estão nos vigiando? - olhou para o quarto de Dona Célia que dormia profundamente. Seguiu andando pelo corredor.

É claro que não, Sarah.

- Você tem certeza? - desceu as escadas e chegou a janela da sala. Olhou para a frente de sua casa e duas viaturas estavam ali paradas.

Total certeza. Não precisamos disso, Sarah.

- Seus, descarados. - xingou-os fortemente e desligou a ligação.

O carro! Era óbvio. Ninguém fica nessa rua a uma hora da noite.

Sentia sua cabeça esquentar. Estava sendo vigiada pela polícia. Cercada!

Acham que minha filha é uma assassina!

Bufou parada em frente a janela. O olhar fixo nas viaturas completamente apagadas estampava nítida fúria. Não conseguia se conter. Socou a beirada da janela. Iria socar novamente, porém com a mão cerrada e hesitante, não o fez. Tirou o olhar da janela.

Vamos dormir, Sarah... Acalme-se... Respira...

Tentava em pensamentos confusos se controlar. Forçava a respiração a se normalizar. Expirando e inspirando lentamente. Mandou um último olhar para as viaturas e rangeu os dentes. Voltou para a sala e com o olhar perdido, pôs-se a voltar para seu quarto. Precisava dormir, refrescar as ideias. A passos lentos cruzou o temido corredor sem prestar atenção em nada. Fazia os passos involuntários, a sua frente não se via nada. Precisava descansar. A fúria aos poucos se esvaia. Parou em frente a porta de seu quarto com o olhar arregalado.

- Kat? - a cama agora estava vazia.

Ouviu, então, um arrastar no quarto de sua filha. Alguns sons abafados tentando se soltar.

- Kat? - perguntou enquanto correu em direção ao cômodo?

Não havia também nada. Sua respiração começara a se acelerar. O desespero voltara.

- Kat! - berrou.

- O que foi, Sarah? - Dona Célia estava parada na porta do quarto da neta com um olhar sonolento, mas preocupado.

A filha não respondeu. Nem mesmo virara para trás. A última coisa que ouviu antes de desmaiar foi o som das sirenes ligadas e o arrastar dos pneus sumindo ao longo da rua.

PESSOALLLLLLL

MEU DEUS
QUE ISSO
NAUM PODI CE
GANHAMOS UM WATTYSSSS
AHHHHHHH

É ISSO MESMO. VBKAT ACABA DE GANHAR UM WATTYS NA CATEGORIA "MAIOR SORTE DE PRINCIPIANTE"

GENTE. SÉRIO. OS KATER'S SÃO OS MELHORES. MUITO OBRIGADO A TODOS VOCÊS. MINHA FAMÍLIA. AMIGOS. TODOSSSSSS.
TEREMOS CAPÍTULO HOJE, AMANHÃ E DEPOIS DE AMANHÃ PARA TENTAR AGRADECER COM O MÍNIMO PELA AJUDA QUE VOCÊS ME DÃO.

CARA... VOCÊS SÃO PERFEITOS. OBRIGADO POR TUDO.