─ Estou morrendo de fome. ─ Comentei olhando para o meu prato cheio em cima da mesa e pronto para abocanhar alguns pedaços de frango grelhado.
─ Uou! Que prato cheio, Louis. ─ Niall disse com os olhos arregalados.
Fiquei sem jeito com o seu comentário e abaixei os olhos para o prato. Niall não havia feito por mal, mas mesmo assim fiquei envergonhado.
─ Mas nada se compara ao seu. Não é mesmo? ─ Zayn zombou. Era realmente de se espantar a quantidade de comida que o loiro iria comer.
─ Nunca se sabe quando será a nossa última refeição. Por isso, eu sempre como o quanto couber aqui dentro. ─ Apontou para a barriga e sorriu. ─ Esse é o meu lema.
Harry pôs a cabeça em minha frente e fez uma boca de peixinho adorável. Com o gesto, suas covinhas surgiram em cada uma das bochechas.
─ Estou com vontade de morder esse seu nariz. ─ Falou.
─ Não. Você já mordeu o suficiente por hoje. Ele deve estar com marquinhas de dente. ─ Reclamei.
Harry desmanchou a expressão e sorriu logo após beijando rapidamente a ponta de meu nariz e voltando a sua posição anterior ao meu lado. Minhas bochechas, como sempre, avermelharam.
─ Não sei como você aguenta o Harry. ─ Niall disse para mim de boca cheia.
─ Ei! – Harry reclamou.
─ Cara, você não deixou o Louis em paz durante a aula inteira de literatura. ─ O loiro voltou sua atenção de Harry para Zayn e Liam. ─ Era só o professor virar para o quadro para Harry importunar o Louis. Esse idiota quase arrancou o nariz do coitado.
─ Eu não ligo. ─ Sussurrei para Niall.
Harry voltou o rosto para me olhar e sorriu grande.
─ Viu?! Ele não liga. ─ O encaracolado suspendeu as sobrancelhas. ─ O Louis gosta das minhas mordidas. Ama!
─ Amo não. ─ Cutuquei seu braço e escondi a risada com uma das mãos.
─ Ama sim. ─ Retrucou.
─ Amo n-
─ Olá! ─ Beatrice interrompeu nossa pequena discussão. Ela estava junto sorria de orelha a orelha, mas assim que me viu tentou disfarçar a expressão de repúdio. – Posso sentar com vocês? A Nicole já almoçou com a turma de violão.
─ Claro. Senta aí! ─ Niall fez um gesto com a mão e nem a olhou. Estava concentrado demais em seu prato.
Um incômodo dentro de mim cresceu com sua presença. Era inevitável perceber suas olhadas nada discretas para Harry. Para o meu alívio, o encaracolado não retribuía. Fez carinho em minha perna e sorriu amorosamente quando o olhei com meu rosto pegando fogo.
─ Beatrice, posso te perguntar uma coisa? ─ Harry pigarreou e mexeu no prato distraidamente.
─ Claro amor. ─ Beatrice o olhou esperançosa. Seus olhos brilharam na direção de Harry e eu a encarei com uma raiva crescente e contida.
Amor? Quem ela pensa que é para chamar Harry de amor?
─ Você falou que eu iria te convidar para sair? ─ Harry perguntou e passou a mão de leve pela minha perna novamente.
O fato de Harry ter feito aquela pergunta não significava que ele desconfiasse do que eu tinha dito. Era apenas uma maneira de trazer o assunto de uma maneira delicada, além de não chegar já acusando.
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Shy Soul (Larry Stylinson)
Science FictionLouis Tomlinson, um garoto tímido e reservado de Doncaster, sempre foi apaixonado por música e desde muito cedo aprendeu a tocar violoncelo, considerando esse instrumento uma parte de si e tornando-se assim o orgulho de seus pais. Após passar no tes...