XIII. Família Tomlinson

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A música da mídia tem relação com o capítulo. Imaginem o Harry e o Louis, ok?

-x-

Caminhamos de mãos dadas até a última sala daquele corredor. Assim que chegamos a porta, Harry a abriu e nós dois entramos carregando as mochilas e o meu violoncelo.

─ Eu conheço essa sala. ─ Falei observando o piano parado no meio do pequeno palco. ─ Foi aqui que eu te vi pela primeira vez. Quer dizer, eu vi as suas costas e seus cachos. ─ Ri suavemente.

─ É? Eu estava tocando? ─ Acenei com a cabeça. ─ E como eu não te vi?

Meu rosto corou com a pergunta e baixei os olhos encarando meu próprio tênis branco sujo. Eu realmente não queria falar sobre aquilo e contar sobre a vergonhosa ideia de ter me escondido dentro da sala de limpeza para não ser encontrado por ele naquele dia.

─ Eu... Bem... Fiquei te ouvindo tocar perto da porta. Quando você terminou a música, eu estava prestes a sair, mas a porta rangeu e, bem... ─ Queria mudar de assunto. Levantei a cabeça e seus olhos me observavam atentos e curiosos, além de amáveis. ─ Tem alguma cadeira aqui?

Harry desviou sua atenção para vasculhar a sala.

─ Essa aqui serve? ─ Perguntou apontando para uma cadeira estofada vermelha e confortável.

─ Uhum. ─ Sorri e fui até ela, andando desajeitado por carregar a mochila e o violoncelo.

─ Quer ajuda?

─ Não precisa. Já consegui. ─ Soltando um pouco ar, sorri e peguei a cadeira arrastando mais para perto do piano. Vendo meu esforço, Harry correu até mim e segurou o violoncelo.

─ Lou, você já tocou piano alguma vez? ─ Perguntou assim que me acomodei na cadeira.

─ Nope. ─ Neguei timidamente.

─ Então venha aqui. ─ Indicou um espaço ao seu lado no banco de frente para o piano. Andei debilmente até ele. Harry me deu um beijo na bochecha como sempre fazia deixando um formigamento no local.

─ O que eu tenho que fazer? ─ Perguntei confuso.

─ Você vai tocar essa e aquela tecla. ─ Apontou e levou uma de minhas mãos até o local. ─ Acho melhor usar as duas mãos. Os seus dedos são tão pequenininhos.

Minhas bochechas coraram e apoiei minha cabeça em seu ombro.

─ Assim? ─ Toquei uma tecla e depois a outra e o olhei de soslaio.

─ Isso. Agora eu vou me juntar a você e quando eu disser já, você toca essas duas. Tudo bem? ─ Concordei, mas depois dei risada.

─ Eu pareço uma criança aprendendo a tocar piano. ─ Falei. Harry riu.

─ Então vou usá-lo para praticar antes de ter meus pequenos alunos.

─ Você quer dar aula de piano para crianças?

─ Sim. É o meu sonho, para falar a verdade. E você, babe? ─ Pensei por alguns segundos sobre como eu estaria futuramente.

─ Acho que quero tocar em uma Orquestra. Em Londres, provavelmente. Para ficar perto da família. Mas, se por um acaso eu conseguir aqui, não tem problema. ─ Harry sorriu, beijou minha testa e fechei os olhos para aproveitar a sensação de ter seus lábios tão perto de minha pele.

─ Ok, vamos lá. Eu começo.

Harry deslizou seus dedos pelas teclas, vez ou outra olhando para a partitura. Quando era a minha vez, ele me incentivava para apertá-las e eu ria disso, porque sinceramente o encaracolado conseguiria tocar sem ajuda alguma. Harry interrompia a canção a cada risada minha apenas para me observar e passar os dedos por entre as pequenas rugas que se formavam debaixo dos meus olhos.

Shy Soul (Larry Stylinson)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora