02 | Honeymoon.

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Ambos chegamos rapidamente ao hotel. Haviam muitos fãs à porta, e eu queria mesmo ter dado autógrafos a cada uma, e eu sei que Luke também. Mas nossos empresários disseram a elas que era tarde, e que estávamos cansados. E de fato, era uma da manhã, e eu me senti mal por deixá-las lá. Só deu tempo de eu mandar-lhes para casa, pois amanhã eu e Luke tiraríamos foto com uma a uma e daríamos autógrafos a todas.

Viemos para Paris. Clichê, eu sei, mas que pessoa não anseia por uma lua de mel em Paris? É Paris, afinal de contas. Talvez eu seja muito generalizada.

Nosso hotel fica próximo à Torre Eiffel, e tenho certeza de que nosso quarto tem uma vista irracionalmente incrível e inesperada para a mesma. Scott, o empresário de Luke, não brinca em serviço. Mary, a minha empresária, talvez fosse escolher algo como Caribe ou semelhante a isso.
Ambos entramos no elevador. Luke aperta o número do último andar. Oh, Deus, eu morro de medo de altura.


"Ah, não me diga que ele optou por escolher o décimo quarto andar sabendo que eu tenho pavor de altura." Digo nervosamente, com a voz trêmula.


"Fui eu quem escolhi, na verdade." Ele diz orgulhoso de si, e solta uma risada.


"Você é um filho da puta, Hemmings!" Exclamo irritada. "Não sabe o quanto eu te odeio." Cuspo, tirando meus sapatos de meus pés.


"Não disse isso durante o seu discurso na festa, não foi?" Ele solta outra gargalhada, alargando o aperto de sua gravata borboleta.


"Nem você. E sei que não é um dos maiores fãs de America Young." Digo, ironicamente.


"Ah, eu gosto muito de você." Ele bagunça os cabelos louros, antes bem armados e alinhados. "Tenho até todos os teus cd's e filmes." Ele diz sarcasticamente. "E aliás, já te disse que seu nome parece de cantora country?" Ele solta uma risada alta, me deixando ainda mais irritada com ele.

"Todos os dias." Faço uma careta. "E é bem melhor que Luke Hemmings. É tão sem graça." reviro os olhos.


"Eu sou cantor, não palhaço." Ele me responde, quando a porta do elevador se abre em nosso andar.


Saio em sua frente, seguindo o longo corredor, mas com poucas portas. Logicamente deve ser um hotel caro o bastante para poucas pessoas o frequentarem.

Ele me puxa pelo braço, de súbito, pega meus sapatos de minhas mãos e me oferece um sorri pateta como o de sempre.


"Eu tenho que ser tradicional, Amme." Ele me pega em seu colo, sem dificuldade alguma, me surpreendendo e caminha até a porta no fim do corredor. "Mas tenho de ter tradicional em tudo." Ele diz, se referindo ao contexto geral da lua de mel. Ou seja: sexo.

Luke é considera o tímido da 5SOS, mas só para o público. Para mim ele é um pervertido, que só tem em mente me levar para a cama ou algo assim. Até eu acreditava na fama de bom moço tímido e amável que ele transpunha para todo o mundo, mas, quando o conheci, logo ele deixou aparente que era um safado incorrigível. Eu creio que esse modo de agie que ele tem seja apenas brincadeira - por mais que ele ainda queira me levar para a cama. E ele é bastante brincalhão, não nego. Ele, quando ia à casa da minha mãe, passava a tarde brincando com Antonella e jogando conversa fora com a minha mãe. Ao menos a relação de Luke com elas é, de fato, verdadeira, o que me alivia, pois quando isso acabar, eles ainda poderão ser amigos, e minha mãe não ficará decepcionada por achar que foi uma farsa em seu lado também. Por mais insuportável que seja, mais um motivo para que eu o aguente é que ele ao menos faz minha família feliz. E eu também quero que Liz não ache que fui falsa com ela. Eu a amo demais, como se fosse minha mãe. Lembro-me de quando ela me conheceu e não foi com a minha cara de primeira, porque achou que eu era simpática demais para ser verdade. Ela veio com várias perguntas, testando-me deveras. Hoje eu rio, porque as perguntas eram algo como: "Você é virgem?", "Quantos namorados já teve?", "Você é uma vadia?", "Bebe até ficar louca e ter de ser carregada por amigos?". Minhas respostas eram sinceras, e talvez ela tenha gostado disso. Já Andrew disse gostar de mim de cara e ver que eu a garota certa para seu filho. Ao menos isso é verdadeiro, porque a relação entre mim e Luke é mais falsa que as minhas antigas amigas do colegial.


"Hey!" Exclamo, quando ele consegue destrancar a porta depois de plena dificuldade. "Não vamos para cama." Eu digo, assim que ele me põe na cama, se inclinando sobre mim. Logo ele deposita um beijo em meus lábios, mas é afastando por meus pés em sua barriga, empurrando-o para longe. "Você é doente." Reviro os olhos.


"Eu apenas te amo, meu amor." Ele diz bem alto, quase como um grito. Luke às vezes pode ser insuportável e inconveniente. Ou melhor: ele sempre pode ser insuportável. E inconveniente.


"Eu te odeio." resmungo, me levantando da cama, apoiada em minhas duas mãos.


Caminho até as malas, que já haviam sido deixadas aqui, pego as minhas duas malas pretas e as ponho encima da cama. Abro uma de sapatos, e a outra de roupas. Eu, de fato, não deveria ter pedido à minha mãe, Liz e Antonella para arrumarem minha mala. Olhem as roupas íntimas que ela puseram! Oh, Deus, eu não creio! Tem uma calcinha menor que a outra. E os sutiãs são tão sexys, que eu nem sei de onde elas tiraram isso. Com certeza foi comprado, porque não uso roupas intimas assim. Tudo meu é simples demais.
Jesus, há em um dos bolsos da parte superior da mala que está repleto de preservativos, e Deus, tudo o que se imagina. O que mais me apavora é se minha irmã mais nova viu estas coisas. Por mais avançadas e sabidas que as crianças de hoje em dia sejam, Antonella expressa um ar demasiado inocente. Eu e ela, por mais que haja uma enorme diferença de idade, sempre fomos chegadas e bastante amigas. Ela tem quatorze. Sempre quis ser amiga da minha irmã. Eu a levava aos shows da 5SOS, Justin Bieber e One Direction - grandes amigos meus, aliás. Ela foi aos Meets & Greets de todos, com exceção dos meninos da 5SOS, pois havia acabado. Bem, iríamos gastar dinheiro à toa

Faking | Luke HemmingsKde žijí příběhy. Začni objevovat