55 | Dinner.

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Sento-me à mesa com meus pais para tomar café. É um algo que não costumamos fazer tanto desde que eu saí de casa, mesmo que, quando eu me divorciei, eu tenha ficado na casa deles até encontrar meu apartamento. Eu sinto falta de momentos como esse, e o casamento da Amber é uma ótima forma de nos unir mais para coisas assim. E além do mais, ela também não tomava café conosco ha muito tempo, diferente de quando éramos adolescentes. Ela saiu de casa com quase vinte e eu com dezessete por conta das turnês, então eu raramente ficava na cidade.

"Minha cabeça dói tanto." Amber resmunga, sentando-se.

"Você tomou remédio?" Pergunto.

"Jack me deu, mas ainda não fez efeito." Ela murmura, bebendo seu suco. "Nunca mais eu bebo assim." Ela bufa.

Eu já devo ter ouvido isso da Amber umas mil vezes durante as suas manhãs e tardes de ressaca. Ela sempre bebe mais.

"Amme, sabe se o Luke está bem?" Meu pai pergunta.

"Por que eu saberia?" Franzo o cenho.

"Não sabe? Ontem ele se envolveu numa briga no bar. Eu vi num site da internet." Ele diz.

"Ah, sim."Dou os ombros. "Eu e Michael o ajudamos a se recompor."

Eu vejo o olhar de preocupação da minha mãe, mas o ignoro.
Eu a entendo. Juro que sim. Se eu tivesse uma filha que teve o coração absurdamente partido por um cara idiota que ela não consegue esquecer e se ela tivesse desistido da sua carreira por pura exaustão, eu me preocuparia. É evidente que ela quer que eu seja feliz, mas talvez seja difícil lidar com o fato de que Luke pode me partir de novo e dói nela me ver chorar por dias e demorar tanto tempo para superar um término infinitamente difícil. Eu não a culpo por dizer que eu tenho que ser cuidadosa, prestar atenção no que faço e pensar bem nas minhas decisões e nas suas consequências. Mas acho que já sou grandinha e posso errar. Erros servem para o aprendizado. De qualquer forma, eu a entendo e não fico com raiva dela por me alertar. Afinal, as mães protegem seus filhos por instinto e amor. Ela só quer me proteger.

"Eu fiquei muito preocupado." Meu pai suspira. "Os garotos estão bem? Ashton, Nathan? Eles também se envolveram."

"O Nathan apartou a briga e cuidou do Ashton." Digo.

"Sabe o porquê disso? Os sites são tendenciosos, então não acredito nos motivos deles." Meu pai revira os olhos.

"Um comentário estúpido de um cara. Luke se estressou e foi para cima dele. Ash foi defender e Nathan separou."

"Nathan é um ótimo rapaz." Minha mãe murmura.

"Sim, ele é." Ann revira os olhos. Eu a amo.

Depois do café, todos nós fomos para uma praia linda, até Luke de ressaca e com o queixo roxo e Amber se arrastando. Estamos indo à Hanauma Bay (Baía de Hanauma), onde faremos mergulho com os peixes e passaremos o restante na tarde. À noite, teremos um jantar especial antes do casamento, amanhã tarde, ao pôr do sol, na praia.



Nós mergulhamos com os peixes, vimos os corais e brincamos o dia todo. Foi absolutamente incrível. Eu conheci o mundo todo através da turnês, mas não tinha tanto tempo para conhecer as cidades. Eu conheci mais participando da SLFL, que da minha própria. Nunca parei para sentir isso. A água do mar, a brisa. Não parei para observar a vista, o lugar. Eu amava o sentimento de estar no palco, mas esse... esse sentimento de liberdade e calmaria, onde eu não preciso me apressar para nada... Essse sentimento supera qualquer um. Não sinto falta da fama. Prefiro a minha liberdade de ser.

Perguntei à Ash se ele estava bem e ele disse que não foi nada demais. Nathan passou o dia comigo e eu fico tão feliz pela nossa amizade. Nós não temos aqueles momentos em que nos beijamos como nos últimos meses, mas estamos bem assim.
Não tive a oportunidade de falar com Luke, pois sempre tinha alguém por perto e haviam muitos fãs na praia. Queriam tirar foto com ele e, impressionantemente, comigo, separados. Não conseguíamos falar a sós e eu só queria saber se ele estava bem.

Faking | Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora