33 | Drunk.

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| L u k e |



São 3:30 da manhã e eu estari mentindo se dissesse que consegui dormir. Desde que America saiu e não me disse onde ía, isso me deixou uma pilha de nervos.

Meu telefone toca na cabeceira e pulo para pegá-lo. A chamada vem do telefone da America, e é tão tarde, que me surpreende.


"Amme? Onde você está?" Digo, esfregando meus olhos.


"Luke? É o Luke Hemmings?" Uma voz um tanto quanto desesperada soa através da linha.


"Sim, é ele. Por que está com o telefone da America?" Digo, franzindo o cenho.


"Luke, eu sou muito fã de vocês. Eu trabalho em um bar no centro e encontrei a America aqui. Ela bebeu muito e eu peguei o telefone dela. Eu não sabia se ligava para você ou para a mãe dela, mas como ela mora com você, achei melhor te ligar." A garota diz muito rapidamente. "Tem muitos paparazzis aí fora e ela quer sair. Ela está um pouco diferente."


"Hum, ok." Suspiro. "Pode mantê-la aí dentro até eu chegar e me mandar a localização?"


"Sim, claro." A garota diz.


"Qual seu nome, aliás?"


"Melinda."


"Ok. Eu estou indo."



Pego o carro, ainda de pijama e dirijo até o bar onde Malinda trabalha e America está. O que diabos ela tem na cabeça?

Passo por entre todos os paparazzis até entrar no lugar que cheira a tabaco e cerveja. Homens bêbados estão rindo e, de longe, avisto uma garota acenar com a mão. Ela tem o cabelo ruivo e a pele clara. Deve ser a Melanie.


"Luke!" A garota grita. "Venha." Ela diz, movendo as mãos. A sigo calmamente e ela abre uma porta em um espaço pequeno onde America está sentada olhando para as suas mãos enquanto brinca com seus dedos e ri. Ela está completamente bêbada.


"Luke!" Ela exclama e joga as mãos ao ar.


"Vamos embora." Bufo, aproximando-me dela. "Obrigada, Melinda. Eu falo com você amanhã, tudo bem?" Suspiro.


"Sem problemas. Espero que ela fique bem." Ela diz com um sorriso e afaga meu ombro.


"Você está bonito." América mexe em meu rosto enquanto e pego no colo e a jogo em meu ombro. Estou furioso.


Passo novamente por entre os paparazzis com dificuldade e ponho America no banco de trás, deitada. Ela resmunga e bato a porta. Entro no carro e dou partida.


"Eu estou com fome." America resmunga.


"Ok." Afirmo.


Paro o carro em uma esquina e compro um cachorro-quente para ela. Mesmo ela estando bêbada e eu querendo matá-la por isso, ela fica adorável devorando um grande cachorro-quente e com no nariz sujo de ketchup. Ela olha para mim por um instate e ri. O carro está parado no estacionamento vazio do Wallmart e ela está sentada no banco da frente.


"Você é muito bonito." Ela inclina a cabeça para o lado. "Odeio você."


"Por que bebeu tanto?" Pergunto, esticando minha mão para limpar seu rosto.


"Porque eu gosto de você." Ela dá os ombros.


"Eu também gosto de você e não bebo por isso, America." Reviro os olhos.


"Você não gosta." Ela cruza os braços e acaba sujando sua roupa. "Você gosta da Tessa. Eu gosto de você."


"Como você gosta de mim?" Franzo o cenho.


"Eu estou apaixonada por você." Ela gargalha. "Muito."


Arregalo os olhos e deixo meu olhar sobre ela por um instante. Ela lambe seus dedos e bebe um pouco do seu refrigerante.


"Você não sabe bem o que está falando." Balanço a cabeça.


"Eu posso até estar bêbada, mas eu estou falando a verdade. Gosto muitão de você." Amme abre um sorriso bêbado e olha para mim. "Eu quero te beijar o tempo todo, mas você só quer beijar a Tessa." Ela bufa.


"Está com ciúmes?" Sorrio.


"Sim, Luke! Eu estou morrendo e ciúmes. Eu odeio te ver com ela. Eu odeio saber que você transa com ela e eu fico igual a uma boba, sozinha. Eu não gosto de quando você fica com ela, mas se você fica feliz, eu não ligo." Ela junta suas pernas ao seu corpo e deita sua cabeça sobre seus joelhos. "E eu não posso gostar de você. O contrato não deixa."


"Acho que a bebida mexeu com o seu cérebro." Retiro seu cabelo do seu rosto e ela sorri.


"Luke, eu gosto de você." Ela murmura.


"Amme..."


"Tudo bem se não gostar de mim." Ela mexe nos dedos dos pés.


"Eu gosto." Afago suas costas.


"Não gosta. Não como eu gosto de você." Ela esconde seu rosto entre seu cabelo.


"Tem razão, mas isso não quer dizer que eu não goste." Dou os ombros. "Bebeu por isso?"


"Bebi porque dói." Ela abre um pequeno sorriso triste e joga seu corpo contra a traseira do banco.


"Desculpa." Suspiro. "Não quero te machucar."


"Eu não me importo. Muitas coisas me machucam. Você não tem o poder da exclusividade quanto à minha dor." Ela sorri.


"Sinto muito." Mordo meu piercing.


"Não sinta." Ela assente. "Não faça isso, Luke. É sexy demais." Ela bufa, franzindo o cenho.


"Você também é sexy demais. Mesmo com os cantos da boca sujos de ketchup." Sorrio e ela gargalha.


América move seu corpi subitamente e vem parar em meu colo. Ela deita sua cabeça em meu peito e me aninha ao meu peito. Minhas mãos vão até as suas costas e pousam sobre o tecido fino da sua blusa.


"Pode fazer carinho na minha pele? Ja fez isso antes." Ela murmura e pega minhas mãos, pondo-as por debaixo da sua blusa, sobre as suas costas. Desenho coisa invisíveis sobre a sua pele e a sinto ficar arrepiada. Ela gosta disso e eu gosto disso.


Assim, America dorme sobre mim e eu permaneço desenhando figuras imagináveis e pensando se ela só simplesmente disse que gosta de mim por estar bêbada ou por realmente sentir isso. De uma forma ou outra, se isso a machuca, acaba aqui. Por mais que eu goste de passar um tempo com a Tessa, se isso fere a America, não existe mais. America é importante para mim e eu não quero que ela se sinta mal. Ela já tem dores e desconfortos o suficiente por minha culpa, e não quero dá-la mais. Ela é importante para mim e eu gosto dela. Eu realmente gosto. Mais do que eu deveria. Mais do que eu poderia.


"Oi." A voz doce da America murmura. O estacionamento do Wallmart está enchendo e já são oito da manhã.


"Olá." Digo, afastando minhas mãos.


"Minha cabeça dói." Ela suspira, afastando seu corpo.


"Eu sei. Vamos para casa. Vou cuidar de você." Beijo sua testa. Mesmo ela estando com olheiras e parecendo extremamente acabada, ela ainda está linda.


"Acho que posso fazer isso por mim mesma." Ela sorri e sai do meu colo. Sinto um vazio por ela ter partido, mesmo que para o banco do lado.


"Eu sei que sim." Afirmo, ligando o carro. "Lembra sobre ontem?"


"Não. Nada." Ela afirma e eu assinto. Melhor assim.



(...)



"Luke!" Tessa exclama assim que me encontra à sua porta. Ela fica animada sempre que me vê. É estranhamente bom.


"Oi." Abro um pequeno sorriso.


"Por que não me avisou que vinha?" Ela franze o cenho, abrindo espaço para que eu entre em seu apartamento.


"Eu preciso falar com você." Abaixo a cabeça e me sento em seu sofá.


"Ei, o que houve?" Ela franze o cenho e se senta em meu colo. Só tenho que permanecer "calmo".


"Não podemos mais ter 'isso'." Movo a mão entre nós dois.


"O quê? Por quê?" Ela diz, sentando-se ao meu lado.


"Só não podemos. As pessoas estão desconfiando e não é bom. Eu não posso ameaçar perder tudo." Balanço a cabeça.


"Podemos ser mais cuidadosos." Ela suspira.


"Eu fui cuidadoso ao máximo, e mesmo assim, fui reconhecido. Não posso arriscar."


"Luke..."


"Sinto muito." Afirmo.


"Ok, tudo bem." Ela abaixa a cabeça. "É... é melhor ir embora."


"Tessa, não fique chateada." Afago seu braço.


"Não estou. Eu só estava começando a gostar de você." Ela dá os ombros. "Mas estou bem."


"Desculpe."


"Tudo bem." Ela sorri. "Posso te dar mais um último beijo?" Ela diz eu assinto.


Tessa se inclina e me beija. Não é um beijo simples, e sim mais empenhado que o que costuma ser. Mas quando termina, eu vou embora. E quando chego em casa, vejo America sentada no sofá comendo pipoca enquanto assiste TV.


"Vamos sair." Afirmo.


"Para onde?"


"Vamos só sair."

Faking | Luke HemmingsWhere stories live. Discover now