17 | Charlie.

4.2K 331 218
                                    

MMeu telefone vibra assim que me jogo em minha nova cama. Ela me incomoda por não ser a que eu tenho costume de usar. Ela não é tão fofa e macia quanto a minha, nem tão confortável. Solto um grunhido de frustração e pego de vez meu telefone.

"Esqueça a droga do seu show no Brasil. Segunda você tem seu dia livre. Pode sair com a Antonella se quiser.
Mary"

Um sorriso se abre em meu rosto, e imediatamente disco o número de Antonella em meu telefone.

"Hey, Amme!" Ela diz, ofegante. Hum, ofegante.

"Você ainda quer sair comigo em meu aniversário? Não irei mais viajar." digo, animada e pensando em super programas para fazermos no dia do meu aniversário.

"Oh, Amme, me desculpe mesmo. Eu pensei que não fosse se importar se eu saísse com meu namorado. Você se importa?" ela pergunta. Consigo sentir o receio em sua voz.

Sim, eu me importo muito.

"Não, que nada!" minto. "Eu posso comer pipoca e assistir filmes antigos sozinha." digo. É um pouco triste. Talvez, muito triste.

"Você é a melhor irmã do mundo, sem dúvidas! Eu te amo." Ela grita, me deixando parcialmente feliz.

"Eu também te amo. Até mais." digo, desligando o telefone em seguida. E volto a dormir.

Assim que acordo, lembro-me do que Luke me disse ontem: poderíamos escolher um apartamento! Eu estou super animada.
Corro para seu quarto, e abro a porta rapidamente. Bem, não encontro a melhor coisa. Ele está deitado, e tem uma mulher em seus braços... Oh, a filha da nova empregada. Que rápidos.

Luke abre os olhos e me vê. Seu rosto fica corado, então fecho a porta imediatamente, voltando para o meu quarto devagar. Eu não me sinto muito bem hoje, e também não me sentia muito bem ontem à noite. Eu acho que tem algo muito errado comigo.

Abro a porta do meu quarto e me sento na cama. Eu ainda estou de sutiã. Nem me prestei a pôr uma blusa. Passo alguns minutos olhando para a porta branca, a espera de algo que, necessariamente, não sei o que é.

Eu não tenho o que fazer hoje.

"América?!" alguém grita do corredor, e, em seguida, a porta do meu quarto é aberta subitamente.

Luke aparece com seus cabelos despenteados e apenas uma calça de algodão parecida com a minha pendurada sobre sua cintura. Olho em seus olhos verdes, meio abobalhada. O que está havendo comigo.

"Bom dia." ele diz, encostando na porta.

"Me desculpe." peço, um tanto constrangida.

"Eu quem devo desculpas. Deveria ter te dito algo." ele diz com um sorriso bobo.

"Não me deve satisfação de com quem dorme ou não." respondo.

Em voz alta soa mais rude que em minha mente.

"Eu estou tentando ser gentil. Não entendo porque acaba de ser grossa." ele suspira.

"Não estou sendo grossa, Luke." digo calmamente, observando o garoto parecido comigo à minha frente.

"Ok, então." ele caminha até a cama e se senta ao meu lado. "Não aconteceu nada demais." ele assegura. Quem liga?

"Já te disse que não me deve satisfação e não me importo." digo sinceramente, eu acho. "Eu sabia que isso aconteceria. Ela tem cara da vadia." agora sou totalmente sincera.

"Não fale assim dela." ele me repreende.

"Eu falo da forma que eu quiser. Não é meu pai." digo como uma criança de dez anos brigando com seu coleguinha por nada.

"Mas sou seu marido." ele diz sério.

"Acha que tem moral para se achar meu marido agora? Você dormiu com a filha da empregada." rio com ironia.

"Por que é tão cabeça dura?" ele diz, passando a mão em seus cabelos louros. "Você nem a conhece." ele acusa.

"Nem você, e já estavam igual a um casal, juntos na cama." digo. Ele bufa, me deixando orgulhosa

"Está com ciúmes." ele diz, vitorioso. Rio alto com sua acusação furada.

"Ah, claro que estou." digo sarcasticamente. "Olhe bem para a minha cara de quem vai sentir ciúmes de uma garota aleatória do meu marido de mentirinha, Luke. Me poupe, se poupe, nos poupe." reviro os olhos.

"Você é fofa com ciúmes de mim." ele sorri. Me levanto e caminho até a porta e abrindo-a em seguida

"Volte para o inferno de onde veio, por favor." digo, indicando a porta com a mão.

"Claro, ciumenta." ele ri, caminhando até mim e me dando um beijo nos lábios. Lhe empurro, impaciente.

"Te odeio." grito.

"Eu também te odeio, minha ciumenta." ele diz, com humor.

Idiota. Babaca. Boçal.

Faking | Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora