34 | What the fuck?

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| A m m e |


Depois de uma maldita ressaca que fui obrigada a ter por ter me embebedado no primeiro primeiro bar que vi, por estar extremamente magoada, um banho foi a melhor coisa a se fazer. Luke agiu carinhosamente comigo, como vem fazendo desde que nos casamos e eu não deveria gostar disso. Eu deveria repudiar e estranhar, afinal, é o Luke. No fim das contas, ele parece mais feliz e ela também. Isso é o que importa. Eu gosto do Luke e eu amo a Tessa. Somos amigas desde o primário e ela nunca gosta de ninguém. Deve haver algo de especial em Luke para que ela goste dele. Para que eu goste dele.

Desbloqueio meu celular e olho minhas novas mensagens. Meu grupo com as meninas não para de falar e eu não aguento mais tantas notificações.


Amber: Ele simplesmente terminou tudo? Tudo mesmo?

Tessa: Sim, e eu não entendo por quê. Eu realmente gosto dele. Ele disse várias coisas e que seria melhor assim.

May: Que merda, amiga.

Eu: O que está havendo?

Tessa: Luke veio aqui hoje e terminou tudo o que houve. Sem mais nem menos. Sabe o porquê disso?

Eu: Não faço ideia. Desculpa mesmo.

Tessa: Tudo bem. Eu queria que ele se abrisse comigo. Gosto muito dele.

Eu: Eu sinto muito mesmo. Espero que saiba que saiha que não tenho nada a ver com isso.

Tessa: Eu sei, Amme.

Eu: Tenho que ir. Amo vocês.


Respiro fundo por um instante e me levanto da cama. Caminho até o quarto do Luke para ver se ele chegou em casa. Foi para isso que ele saiu. Ele saiu para falar com a Tessa. Instantaneamente, penso que contei. Que contei a ele o que sinto. Que contei que estou me apaixonando por ele. Talvez, com toda a sua compaixão recente, ele tenha feito por mim. Meu coração não hesita em bater da forma mais rápida possível com a possibilidade. Talvez seja pena. Há mais possibilidade de ser pena.


Bato à porta do seu quarto e sua voz grita para que eu entre. Eu estou em um misto complexo de irritação e alívio. Eu sou uma egoísta do caralho.


"O que eu te disse ontem?" Eu suspiro, batendo a porta.


Minha mão está pousada na minha cintura e eu sei que meu rosto está corado. Ele se senta na cama, visto que estava sentado e passa as mãos pelos cabelos e respira fundo.


"Que sou um idiota e esse tipo de coisa." Ele dá os ombros. Ele está mentindo, porra.


"Não disse só isso." Digo, mais alto que o esperado.


"O que quer perguntar? Pergunte logo." Ele dá os ombros e eu semicerro os olhos.


"Terminou com a Tessa." Digo.


"O contrato, lembra? Não quero que dê errado. Não quero prejudicar meus amigos e nem à você." Ele murmura e eu olho bem em seus olhos azuis. Ele está claramente mentindo. Parece aliviado, irritado, curioso. Eu não sei.


"Não acredito. Eu quero que diga, Luke. Você tem que me dizer. Eu quero entender toda essa coisa." Suspiro, esfregando meu rosto com as mãos.


"Foi só isso, America."


"Não foi, caralho. Eu te disse algo mais. Eu não lembro, mas isso te influenciou. Eu odeio a mentira." Grito, irada.


"Você disse só isso." Ele aumenta seu tom.


"Meu Deus, Luke. Por que você mente para mim?" Grito ainda mais alto, jogando as mãos ao ar.


"Eu minto? O seu "está tudo bem" quando a Tessa te perguntou se você se incomodava com o que estava havendo era verdade, então? Não estou tão certa disso, America." Ele se levanta e da breves passos até mim, parando em alguma distância.


"Eu não menti!" Minto.


"Assim como não está mentindo agora?" Ele passa a gritar.


"Não pode provar que estou mentindo."


"Quando mente, fica na defensiva. Fica magoada e irritada. Quando está na defensiva, suas bochechas coram de irritação. Quando fica magoada, seus olhos lacrimejam e você costuma desviar os olhos e assentir. Quando está irritada, as bochechas coradas e você grita. Mas que porra, America. Estou com você há dois anos. Eu te observo. Eu sei como você reage às coisas. Eu sei que você está magoada. Eu sei que você não quer que eu fique com a sua melhor amiga. Sei que se incomoda. Sei que se eu estivesse com você e Tessa quando você à disse que estava tudo bem, eu saberia que você estava mentindo. Que se foda tudo isso." Sua voz permanece alta e irritada.


"Isso é um grande mentira. Por que diabos eu me importaria?"


"Isso é o que você tem que me responder." Ele semicerra os olhos. Seus olhos estão frios, mas cheios de sentimentos, como sempre ficam quando ele está puto.


"É idiotice." Mexo em meus dedos. Eu nunca notei que fazia essas coisas.


"Gosta de mim. Romanticamente." Ele olha para mim. Com uma intensidade do caralho. Quase caio, já que minhas pernas ficam bambas.


"Não. Nunca." Rio.


"Meu Deus!" Ele arregala os olhos e puxa seus cabelos. "Você disse ontem. As palavras de um bêbado, são os pensamentos de um sóbrio. E naquele
momento, nada de mexer nos dedos, olhos marejados, rosto corado. Só você me dizendo a verdade." Sua voz se torna mais baixa e calma quando ele olha para os seus pés. "Só você sendo quem você é: Sincera."


"Luke, eu..." Tento dizer, mas eu não consigo. Não inicialmente. "Terminou por isso?" Volto a manter minha voz firme e alta demais.


"Terminei porque te machuca. Porque eu não quero que você sofra por mim. Eu já arruinei coisas demais na sua vida. Seu coração é o seu bem mais precioso; o mais frágil. É uma peça de vidro que eu não quero que caia no chão. Quero-o inteiro, bonito como é. Se eu posso evitar fazer mais um estrago na sua vida, eu não vou hesitar. A única coisa que você me arruinou, foi a conquista de pegar várias gatas, mas você é a mais gata de todas elas. Eu arruinei seu sonho, sua liberdade. Arruinei suas chances, sua felicidade. Eu arruinei muitas coisas para você, Amme. Vou proteger seu coração, nem que seja preciso a destruição do meu."


"A ama?" Pergunto, finalmente direcionando meu olhar ao seu.


"Sinceramente?" Ele arqueia as sobrancelhas. Assinto. "Não. Ela é legak, interessante, mas eu juro que todas as vezes que eu beijava, queria que fosse você. Sou um idiota por isso. Um grande babaca, eu sei. Ela é incrível, mas acho que também gosto um pouco de você."


"Não quero atrapalhar sua vida." Digo, suspirando.


"Você não atrapalha, porr!" Ele aumenta o tom de voz mais uma vez.


"Sei que sim."


"Não!" Ele diz. "Você me tira do sério!" Luke bufa e vira de costas para mim.


"O que você quer que faça?" Acabo por gritar também.


"Que você entenda!"


"O que quer que eu entenda?" Berro de maneira descontrolada. Ele fica em silêncio. "O que você quer de mim, Luke?" Ainda permaneço no meu tom irritado e em altura extrema para que ele possa perceber que estou irritada.


"Caralho, America!" Ele grita. "O que você quer de mim?"


"Caralho, Luke!" Bufo. "Eu quero que você vá lá e fique com a mulher que você realmente gosta. Que a beije e não a deixe ir por nada. Nem ninguém." Refiro à última frase, a qual ainda berro, a mim mesma


E para a minha surpresa, Luke caminha até mim em passos marcantes e eu arregalo os meus olhos quando ele segura meu rosto com as suas grandes mãos e me beija.

Não é no nosso habitual beijo de encenação. É O Beijo. O melhor que já tive. Calmo, lento, intenso, profundo. Novo. Seus lábios inicialmente apenas pressionados contra os meus, agora são um embater prazeroso e gentil dos nossos lábios e nossas línguas. Meu cérebro colapsa com os toques intensos que jamais recebi de nenhum dos outros garotos/homens com quem fiquei. Eu já beijei oito garotos em toda a minha vida. Ele é o oitavo. E nesse exato momento, espero que não haja um nono.


"Seu desejo é uma ordem." Ele murmura contra os meus lábios.


Não tengo fôlego para responder; para debater. Eu sorrio. Aquilo significa muito. Talvez um começo.

Faking | Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora