[ 01 ] Mr. Malik [Editado]

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5 de Dezembro de 2015 

Os grandes portões brancos abriram-se à minha frente e todo o meu corpo fico traumatizado pelo o medo. Através do vidro da frente do carro, eu pude ver a grande casa branca, casa essa onde eu iria ficar durante um ano, eu iria estar afastada de tudo e ao controlo de um homem desconhecido. Assim que o carro atravessou os portões, eu só queria que ele fizesse marcha atrás e me levasse de volta para casa. A minha mente e corpo não estavam nem um pouco preparados para o que aí vinha. 

A porta do meu lado abriu-se e eu olhei para o homem já com alguma idade, a sua expressão não era a mais amigável, por isso aprecei-me a sair do carro não querendo começar já a arranjar problemas neste novo local para mim. 

" O Mr. Malik espera-a no seu escritório, basta pedir a uma das empregadas para lhe indicar o caminho. " ele fala enquanto retira as minhas malas do porta bagagens, e assim que as mesmas estão ao meu lado eu agradeço. " Mr. Malik, não gosta de esperar. " ele avisa ao ver que eu ainda nem me tinha mexido. 

" Sim, claro. " murmuro um tanto atrapalhada e viro-me para a grande casa à minha frente. No andar de cima consigo avistar uma silhueta masculina, o que me faz pensar que seja o tal Mr. Malik. 

Respiro fundo e agarro as minhas malas, caminho para o alpendre de casa e antes que o meu indicador pressione a campainha a porta abre-se revelando uma senhora com um ar amoroso. Como se ela já soubesse o que eu iria pretender, ela começou a andar à minha frente depois de me dar um pequeno sorriso, caminhei calmamente atrás dela observando a casa elegante onde me encontrava. 

" Mr. Malik a menina Zoey Clark, já chegou. " oiço a mulher falar, após abrir a porta enorme à nossa frente. 

" Mande-a entrar. " ele ordena num tom áspero e o medo que eu já tinha aumentou apenas com aquela simples frase. A idosa olhou para mim, e acenou apenas com a cabeça e eu cedi um pouco, entrei dentro daquele escritório e logo a porta se fechou atrás de mim. 

Porque é que ela não ficou aqui comigo? Ela poderia ter ficado, sempre era um mais valia e eu teria com certeza menos medo do homem virado de costas para mim. Não me pronunciei de nenhuma forma, fiquei apenas parada no mesmo sítio onde me encontrava, junto da porta enquanto que ele continuava a olhar para a janela. Quanto tempo é que ele fica ali, a olhar para o seu grande jardim? Tossi propositadamente para chamar a atenção do homem elegante cujo nome é Malik, provavelmente é o sobrenome. 

as suas mãos enfiaram-se dentro dos bolsos das calças do seu fato preto. " Zoey Clark, certo? " indaga num tom de voz indiferente e rude. 

aceno afirmativamente com a cabeça, mas ao lembrar-me que o mesmo estava de costas falo. " Sim. " digo apenas. Ele roda nos seus calcanhares e agora ele estava de frente para mim, quase que me engasguei ao ver o quão novo ele era e ao aperceber-me da forma como o descrevi durante todo o percurso até aqui, senti-me um pouco mal. O moreno deu um sorriso de lado, como se me tivesse lido os pensamentos e eu senti as minhas bochechas aquecerem de um modo anormal. " Os meus pais, mandaram-me para aqui p- " ele num ato rápido começa a falar, talvez ele saiba o motivo de eu cá estar visto que foi ele quem me comprou, como se eu fosse um objeto. 

" Fui eu quem te comprou, eu sei o porquê de estares aqui. " mais uma vez assinto, aponta para a cadeira à sua frente e eu calmamente me sento tal como ele. Ele pega numa caneta dourada e brinca com a mesma entre os seus grandes dedos. " Tens alguma experiência sexual? " 

" Não lhe irei responder a isso. Peço desculpa, mas é uma coisa da minha vida que eu não pretendo... " mais uma vez sou interrompida. 

 " Vou tomar isso como um não. " ele dá um sorriso, que eu nem sequer sei descrever, não percebi se era um sorriso pervertido, amável ou até mesmo amigável, por isso irei optar pela primeira visto que foi logo a primeira coisa que pensei. " Trataremos da tua virgindade mais tarde. " ele avisa e eu arregalo os olhos. 

" O quê? " questiono exaltada e o mesmo pede-me silêncio. " Você não pode fazer isso! Que raio de pessoa é você? " grito com o homem à minha frente e pela cara que fez penso que não gostou. 

" Então podemos tratar disso mesmo agora. " ele levantou-se do seu lugar e eu não sei se ele andou devagar ou rápido, porque quando abri os olhos ele já estava ao meu lado. " Levanta-te! " ordena. 

Com algum medo levanto-me da cadeira bastante confortável, o homem vestido num fato à minha frente pousa a sua mão na minha cintura. O seu rosto aproxima-se do meu pescoço e sinto beijos e chupões serem depositados no mesmo, um certo nojo toma conta do meu corpo ao sentir as suas mãos nele. Meto as minhas pequenas mãos nos seus largos ombros e tento afasta-lo o  máximo de mim e quando tento cometer essa ação Mr. Malik aperta a minha cintura com força, fazendo com que um barulho estranho para mim, saia por entre os meus lábios rosado. 

Os seus dentes cravam na pele do meu pescoço mais uma vez e quando dou por mim a minha camisola e sutiã já não habitam o meu corpo, sinto lágrimas escorrerem pelo o meu corpo. E a todo o custo eu tento afasta-lo do meu corpo. 

" Pára quieta Clark! " ele rosna entre dentes e o meu maior erro foi bater-lhe na cara pois logo de seguida um estalo ainda mais forte que o meu foi implantado no meu rosto e eu fui empurrada para o sofá de pele. Tentei tapar o meu corpo, eu estava literalmente encolhida naquele sofá, que agora me parecia pequeno demais, o seu cinto foi retirado, tal como a sua gravata, casaco e camisa branca. " A primeira regra que terás de aprender é que ninguém grita comigo. " o seu cinto bate na minha coxa e eu grito de uma forma dolorosa. " Segunda regra, tu não podes negar uma ordem minha. " e bate-me mais uma vez com o cinto e eu tento afastar-me. " Terceira regra, quem comanda tudo sou eu e não tu. " grito mais uma vez ao sentir o cinto e naquele momento eu só desejava que aquilo fosse um mero sonho. " E por último, mas não muito importante eu vou fuder-te e é agora. " fico chocada com as suas palavras. 

As minhas cuecas são literalmente arrancadas de mim e a minha primeira reação é cuspir na sua cara, a sua mão mais uma vez toca no meu rosto e o meu choro parece intensificar-se ainda mais. Uma dor apodera-se da minha intimidade e quando olho para baixo, Mr. Malik está dentro de mim, a movimentar-se com bastante força e magoando-me sem piedade, era como se o meu pedido para que ele parasse fosse absurdo. Os meus gritos misturados com gemidos eram de dor e nem um deles transmitiam prazer, mesmo eu sendo inocente eu já tinha lido numa das revistas de fofocas da minha mãe, que ambas as pessoas que estavam na relação tinham de sentir prazer. Mas eu não estava a senti-lo e parte de mim estava destruída o sonho de perder a minha virgindade com um homem que eu amo, acabou de ser destruído. O meu mundo cor de rosa acabou de se tornar no mundo mais escuro, e isso aconteceu no momento em que eu entrei dentro desta casa. 

Assim que ele saiu finalmente de dentro de mim, eu nem mexer-me conseguia. A minha intimidade doía, tudo em mim estava dorido, a minha intimidade sangrava e eu sabia que não era o período mas provavelmente as feridas causadas por ele. 

" Sai daqui! " ele pede num tom neutro, tento levantar-me daquele sofá e assim que o faço o meu corpo fraco cai no sofá. " Levanta-te merda! " ele chuta o meu corpo, choramingo com tal acto. 

" E-Eu não consigo... " sussurro a medo. 

A sua mão agarra no meu braço, o seu toque não é nem um pouco gentil. Sou literalmente atirada para fora do escritório, com as minhas roupas rasgadas nas mãos e olho para todo o lado tentando encontrar um caminho naquele extenso corredor. Talvez a senhora que me trouxe ao escritório deste monstro apareça, é como se ela tivesse adivinhado, ela aparece no cimo das escadas e corre para junto de mim ajudando-me a ir para sei lá onde. 

x uma hora depois x 

Visto uma camisola de malha comprida e umas calças de fato de treino e caminho lentamente para a enorme cama daquele quarto apenas iluminado pela luz luar. Deito-me sobre o cobertor branco e tento encontrar uma posição confortável para o meu corpo agora destruído, era como eu o sentia e era como eu me sentia. Destruída

Assim que os meus olhos começam a pesar, sinto uma presença na cama instantaneamente encolho-me na enorme cama e tento fingir que estou a dormir. Mesmo que provavelmente o ser me tenha sentido a mexer.  

" Desculpa..." abro os olhos e nego levemente com a cabeça, sentindo os meus olhos lacrimejarem mais uma vez e começo a chorar mais uma vez. " Eu sei que estás acordada, dói-te alguma coisa? " indaga calmamente. 





Prisioner « zayn »  ✔Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum